*
JÁ NÃO HÁ PRANTO!
*
«Já não há pranto por mais triste qu`água
corra! Num deslize
Desfile e relinche deste corpo de rédeas
cortadas
Vigora agora o resfolgo dorido a lês
imóvel
Um pranto, um rio doces névoas
esbranquiçadas
E em seu recanto o impossível
descanso! Descaso de um acaso
manso
Há naquela praça da redonda lua
Um conto que foi sonho
E hoje é teoria.
No pranto das águas os peixes
sem canto
Estreitam as margens na avulsa
dor, sem mar revolto
Num gesto a réstia de pegar um búzio
e ouvir seu marulhar
Azar! Só ouviu silêncio
Um tal de matar.»
Joaninhavoa
(helenafarias)
31/10/2009