Fúria

Foto de Sonia Delsin

QUATROCENTOS ANOS DE SILÊNCIO

Ele esteve adormecido por quatro séculos.
Estava lá e o povo sabia que a qualquer hora podia despertar.
O povo todo sabia que ele podia a qualquer instante cuspir fogo.
A belíssima montanha escondia um segredo e o povo da ilha sabia que de repente o gigante podia acordar.
E ele acordou soltando gases tóxicos.
Pelas encostas da montanha um rio de fogo correu.
O gigante despertou com toda a sua fúria.
A belíssima paisagem ao redor foi destruída.
Tudo se transformou em cinzas.
É doloroso demais ver agora o que restou da beleza da ilha.
Mas o homem sabe que os vulcões despertam.
O homem sabe que eles são arrasadores.
O homem sabe...

Foto de Bernardo Almeida

O escolhido

O lenço caiu das suas mãos pela última vez
O sol se pôs
A vida escureceu
Os lamentos ficaram para trás
Seis ou sete anos de penúrias
Azares de um espelho quebrado
Amparos momentâneos
Maior parte sente teu beijo
Ainda doce, mesmo que já amargo
Em minha boca escorre
O seu mel
Minha alma entreguei a ti
Pobre de mim
Fiz da sua ferida, minha cicatriz
Só por que lamentei?
A fúria dos deuses pode ser muito mais feroz
Suas leis, muito mais severas
Mas eu?
Pobre de mim
Por que escolhido dentre tantos?
Nunca tive aptidão para a dor
Mas serei a sua personificação
Sua imagem e semelhança resplandece em um semblante triste
Banhado de sangue
Derramado impiedosamente
Por um Cristo que cala
Diante da mentira
Por um Cristo que fala
Diante da esperança

Bernardo Almeida (www.bernardoalmeida.jor.br)

Foto de eda

"Desejos!!!

"Desejos!!!

Suavemente, tocas-me a alma e o corpo... Derretes-me com o teu sorriso doce... O teu terno olhar... seduz-me... conquista-me... Perco-me, de livre vontade, em ti!

Beijo-te levemente os lábios e tu retribuis... beijo-te atrás da orelha e sinto-te vibrar... vou descendo pelo pescoço... desabotoando timidamente a camisa, desnudando-te o peito, que se oferece à minha boca... beijo-o avidamente. Fome de ti, do teu corpo, do teu sabor, do teu cheiro...

Estás visivelmente excitado (tal como eu) e acaricias-me o cabelo, numa entrega total, sem limites, sem pudores, sem receios...

Concentro-me um pouco no teu umbigo... sei que te deixa louco... a proximidade com algo que já pulsa e clama pela minha boca... já sinto o teu odor, que me deixa sem qualquer duvida quanto ao teu estado... vou beijando e mordendo levemente abaixo do umbigo, mas páro antes de lá chegar...

Liberto-te das calças, que te prendem... Olho-te nos olhos... estás visivelmente excitado, numa ansia de me sentir, de me possuir... e, no entanto, o teu olhar... que tanto me seduz!... permanece doce e terno. Sinto-te derreter a cada toque meu, a cada palavra minha...

Concentro-me em ti, no que clama quase desesperadamente por mim... beijo-te, mordo-te, sugo-te...estás inteiro em mim e sei que estás quase a atingir o climax... sentir o teu prazer deixa-me louca!

De repente, fazes-me parar, encostas-me à parede e entras, em fúria, em mim... com desejo, com tesão, com força! Explodes num orgasmo que me faz rapidamente seguir-te e atingir o orgasmo também!

Extenuados, ficamos assim, eu encostada à parede, tu apoiado em mim... Ambos com um sorriso nos lábios e a satisfação estampada nos nossos rostos..."Te Amo"

Autora:Eu.

Foto de MAGNO RIBEIRO

SINOPSE

De equívoco em equívoco,
Distanciei-me do Teu habitat.
Ignorei tudo que já havias planejado,
E sem pestanejar me senti absoluto.
Aventurei-me por traçar sozinho outro plano;
Idealizei, projetei, executei, fracassei.

De fracasso em fracasso,
Abismos atraíam outros tantos.
Se as manhãs eram dedicadas aos sonhos,
As noites embalavam pesadelos.
Excedi-me em excesso,
Enfureci-te descomedidamente.

A fúria do Teu amor,
Causou-me espasmos em toda musculatura.
Meus ossos como que esmagados,
Deixaram expostas as fraturas das minhas transgressões.
Mesmo depois do Teu socorro,
Ainda sinto dores, enxergo cicatrizes.

Em vestígios de estrago
Enternecido aceitastes minha contrição.
Abrandastes o rigor do castigo,
Premiado fui com o Teu perdão.
Por toda expressão de Tua grandeza,
Me rendo, me prostro, Te exalto, Te adoro.

Por Magno Ribeiro em 17/4/2009 às 00h:50m

Foto de Jeff.YM

meu primeiro longo epígrafe...

já é tarde...
preciso descansar...
já não vejo as cores...
já não destilo ar...*

'no princípio, apenas nuvens, depois, os pingos.
como a dor. no início, aperto, depois, desespero na forma de lágrimas. assim foi este meu dia. tão ruim quanto eu pudesse ter previsto. prevê-lo teria sido a antecipação de um sofrimento necessário, mas somos tão pouco astutos no que diz respeito aos sentimentos.
eu não sou diferente, não em tudo.

me detive a deixar tantas palavras soltas que desolado caí numa penumbra de emoções. são tantas promessas feitas, algumas descumpridas, outras não provadas, ditas, revistas, mentidas. sou vítima de um esquema que talvez eu mesmo tenha criado, um meio de relacionamento que não interpõe muitos parênteses, que se baseia na companhia do próximo.

sou feliz ao dizer que fui agraciado com inúmeros momentos memoráveis, alegrias, risos, até o choro compartilhado. jamais teria a ousadia suficiente para contradizer os dias felizes que vivenciei ao lado de quem amo. como já disse, sou apenas uma vítima de mim mesmo.

mas eu chorei. eu derramei lágrimas por motivos tão óbvios que posso considerar, por ora, incabível a idéia de permitir a mim mesmo sofrer por isto. condicionei minhas próprias crenças a um estado de importância quase irracional. deixei-me afundar no pranto de um coração machucado, até que meus olhos ardessem em amargura, que minha cabeça latejasse em fúria e que meus lábios tremessem em mágoa.

mas todos sabemos que os contos de fadas existem único e exclusivamente no papel e na imaginação de seus autores. somos tão cruéis com nós mesmos que costumamos deixar de lado a nossa proteção, o nosso sentido crítico e nossa segurança. constantemente abrimos nossa defesa para um amigo, um amor, uma lágrima do mais desconhecido, sem nos darmos conta de que isso pode trazer consequências, ainda que isso, nem sempre, seja a pior causalidade.

quase sem sentidos...
mal posso respirar...
preso a mim mesmo...
meus pés não tocam o chão...*
dói-me, sobretudo, saber que tudo pudera ser evitado, mas foi por insistência de uma solidão duradoura que procurei me entregar ao calor de braços sinceros. eu quis perder meu tempo com quem merecia... meus passos já não condizem com meu caminho... agora só me resta chorar, chorar para encontrar, no fundo de meus olhos e de minha dor, a resposta para o que eu quero da minha vida.

'e senti como se alguém apertasse meu coração, e o choro veio, sem impedição, sem fraquejar, tomar conta do meu profundo olhar azul... nada pode ser mais sincero do que meu olhar...

'como a dor, um aperto. caminhando na chuva, escorrendo a água aos ombros, no choro. cada poça nesta longa estrada contém resquícios de minha tristeza.

Foto de Paulo Gondim

Estranha visão

ESTRANHA VISÃO
Paulo Gondim
24/02/2009

Escombros da alma
Gestos sem calma
Fúria do ser
Inóspita visão
Ignara ilusão
Abalado sofrer

Mergulho no escuro
Um feto imaturo
Que insiste em nascer
Mesmo que lhe aborte
O medo da morte
Precisa vencer

E a fúria se espalha
Em negra mortalha
Em gritos sombrios
Mistura de gozo
Num tom pavoroso
Em ecos tão frios

Rajadas de vento
Que se faz tormento
No frio açoite
Lamento se esvai
Em grito que vai
Afora, na noite

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR SEPULTADO

AMOR SEPULTADO

Covarde que sou
O silêncio quebra meus ossos
Ao fugir das tuas mãos
E teus seios;
Como um tolo
Não lhe dei uma chance
Feito um vulto
Eu corri dos teus beijos;
Teus lábios
Murmuravam em voz alta
Gritavam
Por meu corpo sedento
A fúria da tua alma
Que encarnava
Corroía os teus pensamentos;
Hoje como castigo
E sem nada
Como um covarde
Sigo sozinho
Pela tua mão sepultada
A esperança
De seguir teu caminho.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Junho de 2001 no dia 04
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Luís César Padilha

Laços de tempestade

.
.
.
.
não se remonta um sopro
através de um suspiro
só mesmo uma ventania
pode fazer crescer
com sua fúria
a união entre
seres
e
como
formigas
instintivamente
ocorre humanização

Foto de Genilton

Toque-me

Suba pelas escadas, querida

Aprenda a perder o medo

O desconhecido é aonde conhecemos a aventura dos nossos desejos

Nada é de graça

Você tem que me compra com sua coragem

Não se preocupe em ir devagar

O mundo depois dessas janelas morreu por nós dois

E tudo vale a pena para um final apoteótico

Vamos celebra os sussurros de nossas vontade

São exclusivamente nesses momentos em que nossos sentimentos se tornam

Matérias estéticas e voluptuosas

Diga que me ama, mais diga duas vezes

Quero sentir que realmente vale a pena

Existe tempos em que é impossível não ser feliz

Cheguei em algum lugar no êxtase e encontrei você

O toque mais delirante

A face tão cheia de desejo

Se existe amor ele acabou d se torna carne

E todo exílio defronte ao sufocante prazer

A margem dos mares agressivos

A união entrelaçada da fúria necessária de libertação

O poder de devorar e ser devorado

De possuir e ser possuído

O sussurro, o delírio

O seu corpo se deslocando nas minhas devoções

Tudo perde o significado de existência

E toda existência perde seu próprio significado

Dentro da conseqüência do mundo...

Restou apenas o vazio de nossos corpos flamejantes

Dentro do equilíbrio luxurioso do meu mundo extravagante

Existe tempos em que é impossível não ser feliz

Você gosta disso? Então mais duas vezes!

Foto de sidcleyjr

Minha vida sem você, Mulher.

Dês do maternal raiz primeiras convicções
O consolo e dedicação duma mãe,
Fruto princípio conhecimento feminino.
Amizade e cultura ousam meus olhos curiosos
Ao olhar a natureza e ter ver...
Cúmplice em descobertas estranhas,
Talvez no verde da flora
Semelhança seus traços delicadas flores,
Viva a proteção ao meio ambiente!

Minha vida sem você, Mulher...
Ruptura da consciência a auto-realização humana.

Minhas lágrimas sem você
Perderia certas verdades.

A jornada sem o toque feminino
Seria órfão o sangue da linda rosa vermelha,
E paixão iria respirar o limite.

O mar sem você, perderia a calma das águas,
E a fúria das ondas transbordaria a beleza do mundo
Breve seria a única coisa existente em teu nome
O amor, que levo sobre o peito.

Macro

:\
obs. Saudade de Postar aqui .

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