O pouso foi à noite na planície,
Luzes coloriam o escuro povoado.
O cheiro do Calandre impregnava-o e,
ele avançava por um facho de luz adentro...
Ele era como um fantasma. Um domador de feras
enfurecidas, dominando a fúria incontrolável da fêmea.
Ele, que por extremamente alegre que pudesse
parecer, estava perdido em seu próprio emaranhado.
E como cascata, como cachoeira, fazia jorrar palavras,
Desinquietava qualquer partícula passível de movimento,
Aflorava qualquer desejo encoberto ou incestuoso,
Fazia fluir qualquer gesto a muito esquecido.
Ele era assim...
Um furacão em desertos arábicos! Um furacão
desses que varrem o âmago da areia, que
penetra em qualquer espaço invisível, que desatina
qualquer cabeça feita, que ofusca qualquer
espelho, que tem a pele áspera...
Assim era ele... Viajante! Experiente e tolo, amargo e doce, imbecil e
gênio, impiedoso e terno, furacão e leveza de pouso de
pouso de colibri, transparente como vidro,
opaco e desconhecido com Deus!
Assim era ele...
Acabou a viagem. É o pouso da chegada,
É o fim da linha...
Ao tocar no ponto fraco, o espadachim
A arte de amar só para quem sabe
Despertar o amor é ser querubim
Sentir alvoroço realizar desejos carne
O instinto age assim e anseia amor
Correspondido! Ser amado como quem ama
Um belo dia foi uma vez conheceu flor
Alimentou o corpo e é constante a chama
Adentro-me pelo jardim e os sons soam-me
Como a reprimidos risinhos de ninfas em becos
Sem saída. Vou em frente volto à direita
Depois à esquerda e ouço o som da fonte ao lado
Nada melhor que águas cristalinas e árvores de porte
Sem cajado, nem pau lá vem meu Espadachim
E no jardim encantado surge um Achtim! Despertado...
Joaninhavoa,
(helenafarias)
22 de Setembro de 2008
2ª POESIA: TE ESPERO ESPADACHIM
Amórfica...
num quanto qualquer...
vejo epitélios infectos
de seres mortais...
Podridão, vermes no chão
espremidas em lágrimas de dor...
corroídos sem viço num coração
que goteja rastilhos do amor...
Na imagem mórbida que ficou
vejo amargura em teu semblante
sina lírica, diabólica e mortal
seguimos entre o bem e o mal...
No brilho da arma reluzente
vejo um olhar trepido e ausente.
em outras vidas foi meu algoz
corpo e alma o que será de nós?
Vácuo inexistente...
efêmero e persistente...
último suspiro fecha os meus
olhos e beijas minh'alma...
Sopras ao vento cinzas de ti
e de mim...
grifada em tua espada fica essa
frase:
Voltarei...
Amo-te, meu espadachim...
(LU LENA)
3ª Poesia: ESPADACHIM PROTETOR
Gostaria como teu cavalheiro protetor
Desembainhar meu cetro de espadachim
E descrever versos em teu corpo com ardor,
Em formato de soneto como faço assim:
Em doze estocadas silábicas com fervor,
Marco o ritmo inicial que seguirei até o fim.
Após sempre em forma suave, mas com destemor
Fecho os quartetos com você abraçada em mim.
Prossigo com o florete e em toque sedutor
Marco a tua pele com o aroma do jasmim
Que lanço em ti com as pétalas dessa flor
Viçosa e cheirosa que engalana meu jardim
E de onde tiro meu poder e todo o amor,
Que me permite possuí-la assim como Espadachim.
A caixa d´água do céu foi aberta
Derramou lágrima, destruição e agonia
Santa Catarina chora seus mortos
A Igreja de Deus canta sua liturgia...
O povo brasileiro é solidário
O sul do Brasil está de cabeça pra baixo
A esperança do natal virou um caos
A felicidade de muitos foi frita neste tacho...
O instante é de medo, conflito
A população sofre sem ter para onde ir
Nunca se ouviu tanto grito
Este estrago não se tem como medir...
Não sei se é o fim dos tempos
Nem sei se o tempo tem um fim
Será que os anjos não têm mais sentimentos
Ou será que esse martírio é o sinal do sim...
Nossos irmãos catarinenses choram
Nossa bandeira tremula desesperada
Nossa fé está por um triz
Ou não foi feita a tarefa de casa...
Será que Deus quebroiu o pacto feito a Noé
Será que estamos pagando pelos erros dos antepassados
Será que o homem está perdendo a fé
Ou será que o mundo é apenas uma colcha de retalhos?...
Ontem, uma tempestade de lágrimas desabou sobre mim, provocando uma inundação dentro no meu ser, destruindo todos os meus sonhos, e arrastando as minhas fantasias...
Essa tempestade trouxe-me a dor de um grande amor que terminou sem nenhuma explicacao, não me deixando entregar-me por inteira e nem dando-me a oportunidade pra que eu desse o mais puro e sincero de mim... O meu amor!
Que te fiz eu para ter a tua indiferença?
Que te fiz eu pra não mais me quereres?
Que te fiz eu pra não mais ter esperanças de um dia ter-te em meus braços, afagar os teus lindos cabelos levemente prateados e beijar todo o teu rosto até chegar à tua boca?
Que te fiz eu pra não mais contigo sonhar?
Que te fiz eu pra não mais poder ouvir-te?
Que te fiz eu pra não mais ter o direito de poder sentir-te?
Que te fiz eu pra não mais poder a mais linda frase... Eu te amo!?
Que te fiz eu pra não mais poder sentir teu carinho?
Que te fiz eu pra não mais poder sentir o sabor dos teus beijos?
Que te fiz eu pra não poder acalentar o desejo de um dia te ter por inteiro?
Que te fiz eu pra ter que renunciar-te?
Que te fiz eu pra ser obrigada a deixar para trás todos os meus sonhos?
Que te fiz eu pra nunca mais ter a alegria de te encontrar?
Que te fiz eu pra não mais poder nos amar e nem poder ficar contigo ao menos por alguns instantes?
Que te fiz eu pra que me ignores?
Que te fiz eu pra receber de ti o pior dos sentimentos... O desprezo!?
Que te fiz eu pra ser obrigada a dizer que tudo terminou sem mesmo ter tido um motivo pra que tudo chegasse ao fim?
Respondes: Que te fiz eu???
Enviado por Paulo Gondim em Sáb, 29/11/2008 - 01:01
VEREDAS
Paulo Gondim
28/11/2008
Assim foram meus caminhos
Um a um de estreitas veredas
Caminhei-os, só, todos eles
Obstinado na minha procura
Passei a vida a fio de navalha
Senti o medo que a noite espalha
Eu só, essa estranha criatura
Na lonjura sem fim do horizonte
A esperança, pouco a pouco, definhava
Os pés cansados perdiam-se no pó
E o chegar mais difícil inda ficava
Na confusão de minha mente embaralhada
Já não sabia onde daria aquela estrada
E nem sabia mais porque tanto caminhava
E no limiar absoluto desse transe
Minh’alma se desfez em agonia
Me vi nu, em vias tortuosas
Já não reconhecia mais nenhum caminho
Tornaram-se ainda mais estreitos
Irreconhecíveis, cheios de defeitos
Não vi saída e fiquei, ali, sozinho.
Enviado por Lais Pereira em Sex, 28/11/2008 - 20:14
Nós iriamos fazer 4 anos de um primeiro beijo Lindo, nós mudamos nossas vidas, esqueciamos das coisas quando passavamos alguns dias juntos, nós abrimos nossos defeitos e cada dia conhecemos mais um do outro, nós gritamos, cantamos, brigamos quase nos matamos algumas vezes mas um tinha o outro como tudo na vida ♥ e era isso que mais importava! Nós demos beijos com amor, não beijos normais, nós conhecemos cada parte e cada cm do corpo do outro, nós realmente nos entregamos a um amor de verdade, e nós realmente fomos felizes em muitos momentos, dificil de aguentar eu não conheço ninguém que aguentaria essa distancia toda por tanto tempo, sim nó aguentamos intensamente, e o que aconteceu de errado, não foi culpa minha, não foi culpa sua, mas de certa forma nos deixamos levar por coisas futeis, eu diria eu repetiria ao mundo 1 milhão de vezes que um amor igual o que eu senti por você ♥ Deus demorará anos pra criar denovo, porque nós soubemos aproveitar cada sorriso, eu soube aproveitar cada abraço e cada segundo nos quais eu sentia que me amava de verdade, eu não sei como nem porque, um certo dia parei de me sentir amada, acho que não soube perdoar as coisas que eu tentei esquecer, sabe às vezes o destino é meio duro com as pessoas, e quem sabe tenha sido comigo? bom não sei, mas sabe quando fechei os olhos na ultima vez que eu o vi, eu me senti tão feliz, por mais uma vez não te perder, por mais uma vez me sentir amada, eu me senti, foi a unica vez depois de um fim de semana de brigas que senti que algo ia mudar, mas sabe não mudou, ou mudou não sei '?' e eu sei que por muitas vezes não se sentiu amado, eu sei porque eu conseguia sentir, que você não estava bem, eu senti até que não iria mais ser como antes e não foi, não está sendo, acho às vezes que você quer me afastar, às vezes nãão, mas sabe não importa, o que importa é que tudo que passei ao seu lado valeu ♥ e eu queria te agradecer, por todos os segundos do seu sorriso, queria te dizer, que teremos novas chances de tentar denovo, porque eu sei que tudo foi de verdade, sei lá no fundo que o que sentimos tem futuro, e que não existe futuro sem o que nós ♥ sentimos, e que os anjos irão nos guiar até onde eles puderem, porque eu e você, somos um, partes diferentes mas continuaremos sendo apenas um ♥ até que a eternidade possa nos separar de vez, eu te amo amor, sempre amarei, por todos os segundos estarei a te olhar, a tentar fazer com que a vida de jeito no amor que entre nós dois será eterno, só eu sei, só você sabe temos mais que um pacto, temos algo mais que amor, nós temos um ao outro ♥ amo você pequeno!
Cheira-me a paz de orgasmos. E quando o faço por menos que entender esse insulto, pululo por intensidades rosadas. Já me sentia original, todo descoberto, filho de altas pressões estratosféricas.
São esperanças. Pé ante pé, com a lama depurada nos calcanhares. A plantar comida, desvendando fome.
Já fomos húmus. E gritos desvairados, ranger de dentes, rasgos assoberbados de medo. Se nos devemos a algo, talvez seja ao que de original representam os nosso passos. Para tudo, menos para trás. Para trás de onde estamos.
Não esperam por nós sonetos. Nunca fomos feitos do que as estradas nos devem. Quanto muito somos o passos, pés de barro que caminham erectos, vislumbrando. Nem sequer pensamos no que se antecipa do fim. Da possível glória. Mas que glória? Sonos feitos de pedra. Rochosos vislumbres da luz eterna, daqueles sonhos que deixam o homem ainda mais solitário do que sempre foi. Será a solução para aquele mistério intrínseco que nunca soubemos explicar?
Sim, olho em frente. Ando sem ser para trás, a pensar, com achaques diversos para minimizar. Com dimensões, pretéritos por ser perfeitos, banhados em ilusões. Quero ser um desnorteado, mas nem isso consigo ser de mim. Caminho, consciente do que resta para mim.
Passos firmes, superlativos, para tudo caber na esperança de mudar. Para que o que nos torne bons, seja por fim, o fim.
Noites de insónia
Noites sem fim
Em que dou por mim
A vasculhar a memória
O que fui, o que sou
O que virei a ser
O que acabo de perder
Porque ando sempre a correr
Quando me dou ou não dou
Para onde vou
Noite de insónia
Porque não trazes a glória
A glória dos sentidos
Dos amores prometidos
Porque trazes na memória
A história dos gemidos
Dos medos vividos
Em noites de insónia