Estado-maior das forças do nada
Puro emaranhado em estilhaço,
É muito pano verde e grito depravado.
Zangado com as forças, o macete do laço,
Pagando poses e viagens, enricando o Estado...
Por sorte, fica pra massa o dilema palhaço.
Perdoai-os, ó Deus, pelo certo-errado.
Voluntários da expressão “bagaço”.
Mal servidos de água, aluguel elevado,
Luz é absurdo, muito caro o espaço.
Taxas, coletas, serviços, tudo bem bolado.
Vêem-se montas, riquezas, e no fim é escasso.
O dinheiro do povo sendo lesado.
Somos milhões de vozes num só brado.
Se todos colaborassem, seria um regaço.
O pior é que num beco está o eleitorado.
Não adianta anunciar se eu mesmo não o faço.
Sabemos que fábulas sussurram resmungadas.
Gritarmos pelas forças do nada é um fracasso.
(Poema redigido na era Collor...)
Resspeite o direito autoral.