Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Amor - Amor aos Filhos

Poemas de Amor – Amor aos Filhos

Das noites de luar perolado,
De romances sustentados pelo amor,
Espargem sementes encantadas
Que desejam ver a luz do sol.

Afeto e carinho cultivados,
Emanados de laudares de esperança,
Dedicação intensa ao delicado
Ser flordelisado de bonança.

Cresce o rebento e o perigo
Da vida rodeada de cuidado.
Grinaldas de ave-marias ao querido,
Cirandas de palavras ao ouvido.

Do jardim de infância à mocidade,
O terror nas horas do crepúsculo,
O anoitecer que não devolve o amado,
Para os pais, aquele ser minúsculo.

Os olhos úmidos no luar de cera,
Emurchecendo a cada nascer do sol,
Lacrimeja rezas de proteção àquele
Que o mundo retirou do seu regaço.

Então, do bando negro de saudades,
Ástreos clarões de luminosos círios
Surgem, com cores dos céus clareados
Pelas grinaldas de preces e de lírios.

No aconchego do lar, o ser supremo,
Entre festões de flores e abraços,
É acolhido na mandala de amores,
Dos pais, na fé, feito rosas violáceas.

Marilene Anacleto

Foto de Fernando Vieira

Menina bonita

Menina Bonita
(Fernando Vieira)

Olha a menina faceira que passa
Olha a menina bonita de fé
Caminha pela calçada descalça
Exibindo uma tatuagem no pé

Por que é? Por que é?
O que é? O que é?

Que essa menina ta fazendo por ai
Seu destino eu não sei
Mas o quê que será
Da menina bonita que eu vi passar

Seu futuro talvez um alguém para amar
Muitos anos há ele se dedicar
Esse homem meu irmão um sortudo então será
Pois ficou com a menina que eu vi passar

Foto de Lucélia Lima

Aula de Bateria

Não joga a baqueta
Vê se pega uma caneta
Não desconta nela
Vem olhar pela janela
Todo mundo fica louco
Mas ela nem um pouco
Até no ônibus vai tocar
Se o motorista autorizar
Não tem coordenação no pé
Só inventa e toca com Fé
Para coisa leva jeito
No sorriso faz trejeito
Mas quando erra
Tudo cai por terra
Olha bem de frente
Sabe que ela é diferente
Vê se desvia seu olhar
Deixa a menina tocar!!!

Lucélia Lima
12/01/2007

Foto de rosa brava

SER DIFeRENTE

Ser diferente
por vezes é uma alegria
vives constantemente
em plena magia

cada um sim
tem de viver como é
tanto para mim como para ti
é necessário fé

porque há certas diferenças
difíceis de suportar
nos colocam em desavenças
nos deixam a chorar

no entanto há esperança
no fundo de cada pessoa
que se crie aliança
assim ninguém se magoa

cada um
é especial para Deus
nenhum melhor que algum
todos filhos seus

Foto de Shapoka

O chão que plantamos

Parei de escrever, bem dizer acabei de morrer.
É tanta enganação e desilusão, que venho tendo fé de Deus a "Matrix",
por mais que eu já seja vivido, quase tudo me surpreende,
coisas que tinha certeza, hoje não tenho mais.
De que quem semeia o melhor grão, já não consegue mais colher o melhor fruto.
Nesse extenso chão amor, nem sempre é o melhor terreno para semear.
Pois poucos vivem o amor como se deve.
Nada me faz acreditar, vivo o fictício esperando um "all in" pra vir à realidade,
Nossa história, o tempo a vida passam muito rápidos, e eu só vejo blefe.
Como se estivesse num filme vitalício, e eu só pudesse ler a sinopse,
e ser o coadjuvante em segunda pessoa, com um texto de duas linhas.
Pra tentar entender quem será feliz, nessa história onde não tem fim.
Laços que se embolam e viram nó cego, onde não consigo desfazer mais,
porque roí todas minhas unhas, porque perdi a força nas mãos.
Enquanto sobra paciência, me resta a distração.
Ai vem o sol da vida rachando minha alma,
onde ao passar do tempo,
não haverá mais plantação.

Foto de Vágner Dias

Caderno Rabiscado

Procura-se um caderno.
Eu perdi um pequeno caderno, ele é muito importante pra mim.

É um caderno pequeno de capa dura, cor azul. De 96 folhas a marca é Jandaia e suas dimensões são 140 por 200 mm.

Não terá muito valor pra quem o encontrar, mas para mim tem valor inestimável.

Em sua pequena capa azul está escrito em letras grandes e pretas: dois mil e dez, seguido dos números 2010, indicando o ano. Quase todas as 96 folhas estão escritas, o caderno está quase todo rabiscado. Cada um daqueles rabiscos é importante pra mim.

O caderno todo mais parece um rascunho que foi descartado, eles também contem alguns números de telefone anotados, alguns desenhos. As maiorias das coisas que estão escritas são pensamento meus, mas ele também está cheio de citações. Como por exemplo, logo na primeira pagina tem um trecho de um poema de Vinicius de Morais, a parte transcrita é a seguinte:

Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os menbros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.

O mais triste é que havia um conto, que eu não salvei em nenhum outro lugar, eu já estava passando a limpo, ele estava quase terminado. Era um bom conto de Amor que falava sobre meus versos simples.

Eu vou comprar outro caderno igual, tentar reescrever o conto, mas já não é mais a mesma coisa. Estou realmente triste, o sentimento de perda é muito grande. Eu nunca pensei que iria me ver triste por algo assim. Mas eu acabei enchendo os olhos de lágrimas pelo caderno quando minhas esperanças de encontrá-lo acabaram. Voltei a todos os lugares possíveis, refiz meus passos tentando encontrá-lo, mas foi complicado, porque eu o levava para todo lugar, tirava-o da mochila como num ritual e começava a escrever, às vezes passava horas. Quando não tenha nada para fazer no meu estagio. Eu nem sentia, meu caderno era tudo.

Eu estava me imaginando um dia, daqui algum tempo, folheando um livro qualquer e reconhecer o meu conto, ou alguma frase minha. Que agonia que sinto, principalmente pelo fato que alguém possa terminar o meu conto da maneira como eu não gostaria que ele terminasse. O conto que eu estava escrevendo, e quase terminando, falava sobre meu amor por uma pessoa atualmente. É narrado em primeira pessoa e trata de alguém que às vezes passar a noite inteira sentando na minha cama ou na sala com um papel e uma caneta na mão, entre lembranças e devaneios, decidindo que rumo tomar para sua vida a partir dali.

Então, peço que, se alguém encontrar meu caderno, trate-o com o mesmo carinho que eu o tratava e se resolver usar de má fé, se utilizando das coisas que já escrevi, por favor, não dê um final triste ao meu conto, pois não foi o que eu pensei pra ele.

Um final feliz é tudo o que peço.

Foto de odias pereira

" MINHA SOLIDÃO "...

Tem muita gente que quer,
Um grande amor encontrar.
Seja homem ou mulher,
Todo mundo quer amar.
Eu tenho a mesma vontade,
De encontrar um grande amor pra mim.
Até hoje só consegui amizades,
Essa minha solidão não tem fim.
Mesmo assim eu não desisto,
Pois sou muito persistente.
Tenho fé que um dia, alguem eu conquisto,
Eu ainda me sinto um homem muito atraente.
Se você moça bonita estiver solteira,
E procura um grande amor.
Quem sabe você não queira,
Conhecer um homem lindo, um sonhador.
Sou romântico meigo e carinhoso,
Formado em ciências do coração.
Preciso encontrar um amor lindo e maravilhoso,
Que termine com a minha solidão...

São José dos Campos SP
Autor : Odias Pereira
19/02/2011

Foto de Marilene Anacleto

Danças - 1 - Minha Alma Dançarina

Minha alma dançarina, feito dama de espadas,
Saiu a quebrar preconceitos, pôs-se a bater as asas.

Com a espada em punho repassou a vida, em fases,
Quebrou altares firmados, fez, com o corpo, as pazes.

Com movimentos sutis acordou a minha criança
E, nas danças, roda a roda, revivi muitas lembranças,

Dos tempos que ouvia a Alma sem o “outro” por fantasma,
A ditar regras instáveis, passíveis de enormes falhas.

As rodas e rodas dançantes acolhem o corpo, tal qual é,
Pequeno, grande cansado, com pouca ou nenhuma fé.

Do olhar do “outro vigilante”, entrego-me à alegria dos versos,
Dos tons e dos passos bailantes, que são o meu universo.

Ao desfazer-se da roda, todo e qualquer dançarino,
Sem idade, raça ou cor, vai pra casa feito menino.

Parte com a alma florida, a dançar com beija-flores
E, antes de deitar, à noite, estrelas são as lembranças
Da eternidade do agora, de infindos e eternos amores.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 31/08/05

Foto de Fernando Vieira

Ponto de partida

Ponto de partida
(Fernando Vieira)

Acorda abre os olhos
Levanta pra sentir
Esperta essa preguiça
É hora de agir

O dia amanheceu
Novo como o presente
De um futuro que é teu
Que passa rapidamente

O tempo urge meu querido
Não te demores na cama
Organiza o teu dia
Contabiliza a tua grana

Observa ao redor
Em vão, porém não viva
Faça valer o seu melhor
Valorizando a sua vida

Trabalhe sempre com amor
Sem reclamar dos afazeres
A recompensa do suor
Virá bem antes que tu creres

Enquanto isso vai buscando
Vai trilhando e estudando
A resposta pras verdades
Que você vem esperando

Firme em tua fé
Forte em tua luta
Conhecendo a ti mesmo
Melhorando tua conduta

Quem faz por onde faz
Quem não faz não tem por onde
A ajuda vem pra quem se mostra
E não pra aquele que se esconde

Acorda então pra vida
Faça disso uma rotina
Reflita junto com meus versos
Sempre que dia se termina

Pense em tudo que passou
E avalie o seu dia
Lembrando sempre que amor
É o melhor ponto de partida

Foto de Carmen Vervloet

PORTELA: SONHO INCINERADO

Tanta era a energia que tudo se incendiou,
na euforia da folia o fogo se alastrou...
Queimou alegorias, o sonho cinza ficou
destruiu as fantasias, a lágrima escorregou.

A esperança deu lugar à incerteza,
todavia a fé não se abalou!
Máscaras não encobrem a tristeza,
a determinação em azul se pintou.

Na devoção de cada apaixonado portelense
a certeza de um novo caminho encontrar.
No coração folião fluminense,
sem navios e sem riquezas, o samba vai arrasar

Sem amarras e sem lamentos,
a escola com garra na avenida desfilará
Nada impedirá seu momento
Toda de azul, abençoada por Yemanjá.

As baquetas do coração
desenhando evoluções,
na força do seu pavilhão,
sambando sobre as cinzas das frustrações.

Carmen Vervloet

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