Foto de betimartins

Se eu tivesse poder de um anjo

Se eu tivesse poder de um anjo

Queria poder ser um anjo, para os teus conceitos mudar e poder te guiar na luz de Deus e da verdade. Eu não sou anjo sou mortal, racional, mas com defeitos e qualidades que tento com o tempo melhorar aos poucos.
Quero te contar porque queria ser um anjo de luz na tua vida, para poder mudar, caminhar e lutar contigo meu belo irmão que sofres a cada dia mais.
Se fosse um anjo te traria o sol nos dias frios para aquecer a tua alma.
Se fosse anjo, traria a lua grande bem iluminada para poderes sonhar com o amor.
Se fosse anjo traria sementes para a terra, sementes de amor, abundância e fraternidade.
Se fosse um anjo, abraçaria quando a tua alma esta a chorar aflita e sozinha.
Se fosse um anjo, repovoava a terra com a paz única e universal onde o amor era constante nos corações.
Se eu fosse um anjo, levaria em meu vôo, para outros planos onde o paraíso é constante e não mora o sofrimento e a solidão.
Se eu fosse um anjo, jamais te magoaria, jamais deixaria te fazerem mal como ainda fazem a ti, bela criança.
Se eu fosse um verdadeiro anjo, sorria de felicidade por estar no colo de Deus orando e vigiando o meu irmão.
Mas como não sou anjo, sonho, escrevo, choro de tristeza,
vendo o mundo tão destruído, na fé, no amor, na amizade e na verdadeira fraternidade.
Talvez seja anjo um dia, mas na certeza porém que serei anjo triste derramando as lágrimas amargas e azedas pelo meu irmão…

Betimartins

Foto de Larissa Ribeiro Dos Santos

Os jovens também sofrem

Namoro a 1 ano e 2 meses. Tudo começou através de uma prima minha, ele é primo dela.. Eu vivia muito na casa dela, e ele também..
Ele namorava com uma tia minha, irmã da minha mãe, mais isso não vem ao caso, porque ela traia muito ele, e ele já esta cansado disso, e já tinha terminado com ela várias vezes, mais ela usava a filhinha dela pra ficar com ele, porque sabia que ele tinha a filha dela como filha dele!
Mas no dia 29/11/09 foi quando tudo começou, fomos a praia com uma outra irmã da minha mãe, a mãe da minha prima (surda e muda).
Ele tinha combina tudo com ela.. Logo assim que agente chegamos na Praia, ela e o namorado me chamaram pra comprar açaí com eles e é claro que o ele foi também. Quando chegamos lá compramos o que queríamos comprar e eu pedi pra que voltássemos logo, mais ela disse que ia dar uma volta, e depois agente voltava pra onde a mãe dela estava.. e fomos dar uma volta como ela queria, mais eu vi que estávamos indo pra muito longe e disse que estava com medo e que ia voltar, ai eles voltaram comigo, e no meio do caminho o ele me agarrou e me roubou um beijo..
( eu estava muito nervosa nessa hora ), e quase chegando lá onde minha tia estava, ele me deu outro beijo..
Depois dali, perdi a vergonha e quando estávamos voltando pra casa, fui agarrada com ele no ônibus.. Era tudo o que eu queria.
Eu não imaginava que tudo aquilo ia dar em namoro, eu achava que ia acabar ali mesmo, mais não, eu estava errada!
Um mês e meio depois ele me pediu em namoro, e eu aceitei. E ficamos namorando escondido durante três semanas, porque minha irmã de 13 anos descobriu e ela puxava muito o saco da minha mãe, e ela disse que se agente não contasse pra minha mãe que ela ia contar, então não tivemos outra escolha. Fiquei muito nervosa quando ele foi conversar com minha mãe ( isso aconteceu num sábado ), nunca imaginei que ela ia deixar agente continuar namorando, mais fiquei muito feliz com a resposta dela. Mas ela disse que agente tinha que enfrentar meu pai, porque ela não ia ficar escondendo isso dele. E isso aconteceu no dia seguindo no churrasco na casa da minha tia. Demorou um pouco para cair a ficha dele, Mas ele também aceitou e dai começamos a namorar em casa.. e se passaram 4 meses...
Já tinha me mudado, porque meus pais tinham se separado, mais continuamos a namorar, isso não nos impediu em nada. Mas quando contei pra minha mãe que eu não era mais VIRGEM ela deu um show,
ela imediatamente ligou pro meu pai, e contou tudo pra ele, e eles viraram a cabeça, queriam dar parte do Eric pelo fato dele ser maior de idade e eu menor, mais não foi isso que aconteceu, eu não era mais VIRGEM porque eu mesmo quis, ele não me forçou a nada. Mas só sei que ela tirou meu celular, me proibiu de vê- lo.. Mas isso não nos feriu em nada, apenas ela me fazia sofrer porque me deixava sem ele.. me proibia de tudo, colocava gente pra me vigiar, mais um mês depois ela liberou tudo de novo, só que durante esses dias que ficamos sem nos ver isso só fez com que o Eric guardasse mágoas dela, mais ele estava disposto a engulir todo o ódio que ele tinha guardado dela, só pra poder ficar comigo.. Mas a poeira abaixou e tudo ficou calmo.
Mas a um tempo atrás minha mãe começou a Namorar com um cara que se vestia de traveco ( mais ela e nem ninguém não sabia ), mais ela começou a trair ele com um amigo do meu namorado ), mais eu achei o que ela fez super errado, mais fiquei quieta, mais quando ela descobriu que o namorado ela era traveco ela terminou e ficou namorando com o esse amigo do meu namorado, e então conheceu o primo do meu namorado, ai o meu namorado não estava nem um pouco gostando das atitudes dela de estar traindo o amigo dele, ao invés de terminar.. Ai ele mesmo contou tudo pro amigo do meu namorado, e minha mãe ficou muito brava com ele.. ligou pra ele e falou que ele era um falso, e que não queria mais ele dentro da casa dela, se ele quisesse ficar mesmo comigo agente que se virasse, mais aqui em casa ela não queria mais, e nem queria deixar eu ir pra casa dele mais.
Hoje tenho 15 anos e ele 20, e ainda sofremos tendo que ficar um longe do outro, tendo que se conter em se ver apenas aos domingos, porque ele trabalha, mais espero que seja apenas mais uma fase, mais meu DEUS que fase grande.!
Mas já coloquei uma coisa na minha cabeça, por mais que eu ainda não seja dona de mim mesma, vou lutar com todas as minhas forças para ficar com meu amor, e ele o mesmo.. Não direi que ainda não consegui ser feliz, não jamais. Feliz fui sim e ainda sou só por estar com ele me deixa muito feliz, mais ainda não é o bastante, mais tenho fé em DEUS, que é isso que ele quer, que sejamos muito feliz. Porque não passei por tudo isso pra ser em vão.. Tenho a Esperança de ser Feliz e com ele.. o Amor da Minha vida !

-> Espero que vcs possam entender minha história, mais não vai ser a Minha mãe e nem ninguém que vai fazer com que eu desista do meu sonho. Eu o- amo muito e é ele que vai me fazer feliz.!

Foto de PATRÍCIA PERIOTO

Amor Divino

AMOR DIVINO
O amor de Deus é uma sabedoria digna de ser honrada.
Aqueles a quem ela se mostra, amam-na logo que a veêm,
logo que reconhecem os prodígios que realiza.

Anseio sabedoria para enfrentar os caminhos da vida;
Anseio po fé para acreditar e confiar na verdade;
Anseio o amor para amar e respeitar meus semelhantes.

Foto de Leonardo André

Aonde estás que não me ouves ?

Eu te procuro todos os dias da minha vida;
Eu te procuro em cada sonho, em todas as noites;
Eu te procuro quando preciso carinho;
Eu te procuro quando necessito de atenção;
Eu te procuro de manhã sobre a cama;
Eu te procuro na hora do café;
Eu te procuro na hora do banho
Eu te procuro quando me falta a fé;
Eu te procuro quando faz falta um beijo;
Eu te procuro quando quero abraçar;
Eu te procuro quando vem o desejo;
Eu te procuro quando quero amar;
Eu te procuro na minha tristeza;
Eu te procuro na minha emoção;
Eu te procuro na minha alegria;
Eu te procuro na minha aflição;
Eu te procuro porque em ti eu confio;
Eu te procuro porque me sinto feliz;
Eu te procuro porque és minha amada
Eu te procuro porque sempre te quis...

EU TE PROCURO, TÃO SOMENTE PORQUE TE AMO.

Foto de Nailde Barreto

"O olhar além da burca"

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Poligamia? Tantas quantas o “fantástico homem” puder sustentar, em regime de igualdade, sem margem para que uma ou outra possa reclamar. Tal ato fere a sua moral? Tudo isso é questão cultural, e no oriente é tido como corriqueiro, normal, visível no olhar de tantas faces, contidas, pela burca, lisa e de tantas cores, e seus adereços...
Imensa desvantagem, retratada na história da evolução, uma vida inteira de “liberdades” que se confundem com prisão, com regimento expresso, afinal, liberdade ou opressão?
Elas: sujeitas de voz passiva, que se calam silenciosamente, enquanto grita o desespero, o destempero, a mutilação; estampado em cada olhar, cabisbaixo, diante dos atos volitivos do sujeito masculino, preocupado com a procriação...
O tempo passa, as coisas mudam, e na puberdade, o “hijab” (tipo de vestimenta para cobrir o corpo) passa a ser de uso obrigatório, para impedir que a mulher faça exposição da sua figura, que transita entre a luxúria e a fé. Só é permitido deixar amostra: as mãos, os pés e os olhos. De tal modo, conseguem atrair olhares, e mesmo coberta, enfeitiçam com a dança, seduzem com o olhar, finalizam com um toque, detalhistas como serpente, e até os pés, conseguem fazer beijar...
Felicidade, digo e te instigo a pensar, é algo conectivo! Logo, não podemos afirmar que tais sujeitas, ainda que passivas, são infelizes. Em contraponto, observamos o contraste do oriente que se cobre, com ocidente que insiste em despir-se em constante “haram” (pecado).

Nailde Barreto.
13/01/2011

Foto de Deni Píàia

Conto de Natal: Menino simples

Era um menino simples, tão simples que não conhecia o Natal. Não sabia seu significado, sua origem, sua intenção, mas vivia feliz mesmo sem jamais ter ganhado um presente, um brinquedo. Sem escola, sem igreja, sem cultura. Seus brinquedos, na roça longínqua, eram o ribeirão, as árvores, as frutas, os animais silvestres, os irmãos. A esperança era o sorriso da mãe, o suor do pai, a comida no prato. A fé vinha do amanhecer, do anoitecer, do segredo das estrelas. Nunca precisou mais que isso. Um dia, a cidade. A família veio pra ficar. Na favela, com amigos, com asfalto, com shopping center, com vontades, com maldades, mas para ficar.
Cresceu, fez amigos, inimigos, conheceu a escola, as drogas, a frustração, a polícia, a revolta, solidão e o Natal. Data de ganhar presentes, de desejar mais que podia, de cobiçar e invejar o próximo, do supérfluo. Não aprendeu mais que isso sobre o Natal.

Jovem, estava pronto para a data máxima da cristandade e desta vez não passaria em branco. Ajeitou a arma na cintura, fechou o barraco vazio, pais e irmãos já haviam sido mortos pelo tráfico, desceu o morro. Andou muito enquanto planejava. Na avenida beira mar decidiu que não havia mais o que esperar. Sacou a arma, jogou-a sob os cuidados de Netuno, tomou o primeiro ônibus para a rodoviária, outro ônibus e chegou. De volta à roça. Sem Natal, sem shopping center, sem maldades, sem os pais, só. Descobriu que as estrelas ainda guardavam seus segredos, o ribeirão sussurrava amenidades, muito pouco havia mudado. Voltou a ser menino simples. No dia de Natal.

Foto de ClariceFerrari

PEDIDO

Cumprindo sua missão
Avançando séculos
Valentes defensores
Alimentados pela fé
Levados à auxiliar
E a salvar almas
Invisíveis ao olhar
Rios de lágrimas
Ousaram enxugar
Santificaram os dias
Daqueles que sofrem
Almas do bem
Luzentes seres
Urgência se faz
Zelar por paz

Foto de jessebarbosadeoliveira27

SÍLABAS DE ESCOMBROS

Miséria ano após ano anulando-nos:
Ria, mira;
Séria, mera;
P-MISERANDOS!

Indústria que se enriquece ao sol dos filhos da magna carência:
Dura, instrua;
Esquecer, doer, durma;
Lufada de ar frio que a estrela ígnea não esquenta nunca.
Fugaz oceano de alegria e rio eterno de tristeza que nos cala:
Radiosa face, fome, falta;
Esmola-Escola-Anuência-Máquina;
Sem-Terra, Sem-Teto, Sem-Aurora, Sem-Nada;
MAR-DE-GENTE-TRISTONHA-NO-JARDIM-E-EM-CASA!

Carcomida casta que lavra a seara de Garanhuns:
Carmo, caco, cava, cova;
Manada que acorda com os galos ao nascer d’aurora.
Comida comendo nenhuma coisa que se valha:
Que come mesmo é nada!

Glebas, Sáfaras, Estilhaços, Estrados, Pratos, Agros, Labuta;
Grilhões, Gritos, Cactos, estertores, ultrajes, loucura;
Grilhões, Luares, Sonhos, Fé, Romeiros, Procura;
Grilhões, Sertões, Profusa água esconsa, Miraculosa chuva;
Grilhões, Sorrisos rurais, Sofreres faciais, Perpétua luta!
Sim, é a Seca que molda, marca, mata, enxovalha, flagela, Inunda...
Sim, é a Seca que se faz a edaz comensal, a insaciável vampira,
A carnívora planta...
Sim, é a Seca, é aquela com a qual se lucra a cúpula dos Sanguessugas...
Sim, é a Seca quem fala, quem manda e desmanda...
Sim, é a Seca que se quer:
Quer que se traduza. Traduza-a em disformes caminhos e Estradas. Traduza-a em disformes frases, orações e
Sintaxes. Traduza-a em plenos coloquialismos, línguas
Semi-padrões, a forma culta!
Finalmente, traduza-a na intradução da tenacidade
Destas pessoas que, ao lançar seus olhos ao céu,
Sempre vêem um arco-íris dar-lhes em retribuição
Uma gargalhada de esperança que semeie aquele
Antigo provérbio no ressequido chão e
Diga a estes que dias melhores certamente virão.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Hirlana

Um dia...

Um dia... quando o amor estiver acime do ódio
... quando o perdão estiver acima do desprezo
... quando a fé estiver acima da ganância
... quando um sorriso preencher o vazio de uma lágrima
... quando um abraço acalentar uma perda
... quando a caridade for de coração
... quando o trabalho for digno para todos
... quando a honestidade ganhar seu lugar no poder
... quando o luxo passar a ser apenas um item esquecido
... quando a família tiver a sua devida importância
... quando o bem comum estiver atrelado à justiça
... quando o sonho de um futuro melhor for concretizado
Neste dia, meu caro amigo...
Este dia, meu caro amigo...
Existirá...

Foto de Maria Goreti

TRÊS IRMÃS

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(Reflexão de fim de ano)

Minha inspiração tirou férias! Que alívio!

Pensar que eu me sentia na obrigação de escrever todos os dias, qualquer coisa, para que meus leitores não ficassem à deriva. Absurdo!

Natal, passou em brancas nuvens. Ano Novo também.

A poesia não se fez presente no papel, mas na minha vida Estrelas de Belém se fizeram soberanas no renascimento de três irmãs: a Fé, a Esperança e a Caridade. Também não tive ceia farta, mas, o que me foi permitido ter, fartou-me e aos meus. Não armei árvore de Natal, porém um humilde presépio, num móvel, no canto da sala de jantar. A casa estava cheia, não de gente, de memórias dos encontros de outros natais e saudades de pessoas queridas que jamais voltarão, a não ser nas lembranças vivas em nossos corações.

Vi renascer a Fé na vida, ao sentir a capacidade de amar incondicionalmente, ao me ver forçada a abandonar o vício de comprar presentes e fazer o Natal comercial. Presenteei sorrisos, sentindo o sabor das lágrimas contidas. Vi renascer a Esperança, ao ver minha mãe recuperar-se de uma pneumonia e suas possíveis consequências, graças ao amor e dedicação que pude lhe dispensar, doando-lhe todo o tempo e paciência disponíveis e indisponíveis. Diante de trabalho intenso, de noites não dormidas, vi renascer a Caridade. Aprendi, com tudo isto, que Fé não é postar as mãos e colocar os joelhos no chão, dizendo em alto e bom tom “Senhor, Senhor!”, que Esperança é muito mais que desejar “Boas Festas de Natal de Ano Bom” e que Caridade não é abrir a “burra” e espalhar dinheiro aos quatro cantos, porque, se assim fosse, eu jamais poderia me colocar no patamar das pessoas caridosas.

Aprendi também que o Natal é todos os dias, cada hora, minuto e fração de segundo de nossas vidas. Que o Ano Novo, nada mais é que um dia após o outro. Que o sonho, a ilusão de que dias melhores virão, é que nos mantém vivos, apesar das dores e dissabores. Então, eu agradeço aos Céus as fichas que caíram sobre minha cabeça nestes dias de festas!

Que este seja um ano de Fé, Esperança e Caridade – em amplo sentido – nas vidas de todos nós!

Feliz 2011!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/01/2011

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