Foto de Carmen Vervloet

A DÁDIVA DA MATERNIDADE ( Uma homenagem às Mães da Atualidade)

Uma estranha conspiração
frustrou teus desejos...
O sonho foi engessado.
O capitalismo selvagem
quase te fez perder a hora...
Era preciso estudar, conquistar, amealhar,
estabilizar a vida...
E só depois... Só depois semear
o doce fruto do amor.

Padeceste mãe, o medo da porta fechada,
a pressão da gestação não anunciada,
a insegurança do óvulo não fecundado,
do sonho frustrado...
A madrugada congelou lágrimas de dor.
A esperança amarrada por tênue fio,
quase ruiu...
Só a fé acesa em pavio molhado em óleo divino,
jamais se apagou.
Sofreste mãe, mas hoje sorris feliz!
O sol enternecido aqueceu por nove meses
o desejado fruto
germinado com o mais puro amor!
Engravidado com o fogo do coração...

Hoje, um hálito de criança
acaricia teu rosto,
um choro forte soa como música
aos teus ouvidos
e amamentas a tua cria
que só faz crescer e fortalecer
tua vocação de mãe.

Um botão em flor suspira,
enfeita o lar...
Um Anjo chegou suavemente
e brinca no jardim com o beija-flor...
E tu, mãe, derramas lágrimas de emoção
e agradece a Deus
a dádiva da maternidade!

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

Retrato de Minha Mãe

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Aos dezoito anos, era terra fecundada,
Susto a modificar a vida da professora ainda não formada.

Aos dezenove, o nascimento da filha.
E, seguiram-na, mais sete filhos.

Na vida de professora, sem ajudante certeira,
As que iam surgindo só pensavam em brincadeira.

O astro-rei adoecido precisou de grande ajuda.
A maior cuidou dos menores, fazendo as coisas miúdas.

Nas férias da escola, julho de cada ano,
Costurava, limpava casa, reformava velhos panos.

Transformava-os em cueiros, fraldas e fronhas.
Roupas e sapatos dos grandes, ficavam para os pequenos.

Cadernos a corrigir, roubaram nosso carinho.
A atenção aos alunos, tirou-nos a alegria.

Plantava, no quintal, frutas, verduras, legumes,
Não tínhamos comidas chiques mas nunca passamos fome.

A arte de reciclar, moderna nos dias de hoje,
Aprendemos no dia-a-dia, entre bananas e repolhos.

Hoje, apenas cinco filhos. Os outros seguiram caminho.
Viúva recentemente, aprende a viver sozinha.

Sua presença, a cada instante, nos ensina:
Perseverança, trabalho e fé são o caminho.

Marilene Anacleto

Foto de betimartins

Se eu tivesse poder de um anjo

Se eu tivesse poder de um anjo

Queria poder ser um anjo, para os teus conceitos mudar e poder te guiar na luz de Deus e da verdade. Eu não sou anjo sou mortal, racional, mas com defeitos e qualidades que tento com o tempo melhorar aos poucos.
Quero te contar porque queria ser um anjo de luz na tua vida, para poder mudar, caminhar e lutar contigo meu belo irmão que sofres a cada dia mais.
Se fosse um anjo te traria o sol nos dias frios para aquecer a tua alma.
Se fosse anjo, traria a lua grande bem iluminada para poderes sonhar com o amor.
Se fosse anjo traria sementes para a terra, sementes de amor, abundância e fraternidade.
Se fosse um anjo, abraçaria quando a tua alma esta a chorar aflita e sozinha.
Se fosse um anjo, repovoava a terra com a paz única e universal onde o amor era constante nos corações.
Se eu fosse um anjo, levaria em meu vôo, para outros planos onde o paraíso é constante e não mora o sofrimento e a solidão.
Se eu fosse um anjo, jamais te magoaria, jamais deixaria te fazerem mal como ainda fazem a ti, bela criança.
Se eu fosse um verdadeiro anjo, sorria de felicidade por estar no colo de Deus orando e vigiando o meu irmão.
Mas como não sou anjo, sonho, escrevo, choro de tristeza,
vendo o mundo tão destruído, na fé, no amor, na amizade e na verdadeira fraternidade.
Talvez seja anjo um dia, mas na certeza, porém que serei anjo triste derramando as lágrimas amargas e azedas pelo meu irmão…

Betimartins

Foto de Marilene Anacleto

Um Recado Para a Mãe

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Foi uma morte violenta,
Desaparecido a vários dias.
A chamada para reconhecimento
Acabou, em parte, a agonia.

Anos e anos, rios de lágrimas verteram
Em meio a Ave-Marias desfiadas
Em rosários, para aquele filho
Que viveu uma vida complicada.

E um dia, num claro sonho ele veio,
Agradeceu por cuidarem do filho.
Disse que, há mais de quinze anos,
Perambulava noutro mundo sem destino.

Mas agora estava cansado, muito cansado.
Antes que pedisse para ser, por anjos, levado,
Pediu que agradecesse àquela mãe
Pelos quinze anos de oração a ele dedicados.

“- Eu sei que ela me ama de verdade,
Não houve um dia que por mim não orasse.
Confiei nos amigos, mais do que na família,
Perdoem-me pelo sofrimento que causei em vida.

Eu gostaria de dar a ela um buquê de rosas,
Rosas de cor champagne, bem bonitas,
Muito enfeitadas, como ela merece,
Para alegrar-lhe um pouquinho a vida.”

E se foi, por Anjos de Branco levado,
Para o descanso que tanto queria,
E nos deixou muito emocionados
Por reconhecer que a vida ainda existia.

Comprei o buquê de rosas, em segredo.
No almoço do Dia das Mães, com a família,
Relatei o sonho claro que tivera
E vi, naqueles olhos, lágrimas de alegria.

E a oração do rosário continua,
Para o marido, para os filhos e o genro.
A fé que tem na Virgem Maria
É muito maior do que o próprio pensamento.

Marilene Anacleto

Foto de Elias Akhenaton

O VOO DO CONDOR

Voa grande Pássaro Rei
Entre as altas montanhas.
Teu elegante e destemido voo
Faz de ti majestoso,
Inspirando meu pensamento.

Quero contigo voar
Em direção ao sol e o mais
Próximo do céu azul transmutar
Às tristezas que vez ou outra
Atormentam meu espírito.

Voa pássaro alado!
Quero ter tua força,
Garra e determinação
Para vencer as barreiras que
Encontrar em minha peregrinação.

Quem dera pudesse realmente
Contigo voar, pudesse estar
Em teu santuário, mas não posso.
Meus versos são apenas inspiração,
Um voo com as asas da
Minha imaginação,
Mas com os pés no chão.

Peço ao Deus maior que me dê;
Fé, força e determinação,
Para cumprir minha missão,
Com amor no coração
E com teu espírito destemido
De condor.

-**-Elias Akhenaton-**-

Foto de odias pereira

" VOU DOAR UM ORGÃO PRA VOCÊ "

Já consultei o meu coração,
Não deixarei você mais esperar.
Você vai receber de mim um orgão, a adoção,
A sua vida eu vou salvar.
Eu sofro tambem junto com você,
Ao te ver lutando com essa doença.
Agora você vai receber,
Um orgão a adoção a crença.
Eu já fiz todos os exames,
Pra comparar a compatibilidade.
Ore a Deus e clame,
pois esta chegando ao fim essa doença, e terás felicidade.
O amor que eu tenho por você,
É mais forte que qualquer mal do mundo.
Dou de mim qualquer orgão, para não te ver morrer,
Pois o meu amor é muito forte, é mais que profundo.
Quero te ver sarar,
Tu voltarás a sorrir.
Quero denovo te ver cantar,
E a felicidade aderir.
Tenha muita fé , e lute por sua vida,
Aqui nós estamos orando e torcendo.
Por você minha querida,
Esse mal que te atordoa, nós vamos acabar vencendo...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
29/04/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Super Humano

Abre-se o gibi. A primeira página está colorida por tons fantásticos, criaturas flamejantes saltavam aos olhos sem sair do papel. Um herói, na sua superioridade, resguardava seus poderes das identificações em um segredo. Voava feito pássaro ou avião, era forte como uma manada inteira, via o que só as máquinas perfeitas tinham alcance.

Nos mais recentes dias da sua jornada, lutando contra os piores tipos de adversários maléficos, rasgando os céus da metrópole recebendo aplausos da população em peso, o herói de ritmo automático persistia em manter a justiça na cidade que amava. Não havia tempo hábil sequer para pensar. A velocidade lhe empurrava ao próximo desafio.

Mal reparava no que rodeava sua existência magnífica. Os pais de família se apertando nas conduções, as mães solteiras entregando panfletos nos faróis, os avós vigiando os netos. Não havia reparado que na prática a importância de uma pessoa não se determina pelo seu cargo, mas pela sua dedicação. A embriaguez de seus poderes o induziria à tragédia.

Desta vez, o que se abria era a primeira página do jornal da trama. Os cidadãos se apinhavam para ler as fofocas do incrível astro. Incompleto nas conquistas afundava no existencialismo frívolo e no doce dos ópios. Sua cabeça não suportava mais a consciência, pesada pelas derrotas nas quais falhava. Seu ideal era a perfeição.

Mas, a mais humilde das pessoas lhe ensinaria a lição mais valiosa. Era um chefe de família. Ele, que sempre observara com certo desdém quem estava nessa posição, que parecia não aproveitar o que a vida tem de bom, viu em um ato de heroísmo que só um pai faria o sentido que faltava ao seu preciosismo, sua coragem inabalável.

O heroísmo aqui citado chama-se sacrifício. É o ato de levantar-se cedo, trabalhar, ser honesto em um mundo repleto de trapaça, continuar humano, aliás, nunca deixar de ser humano, e do mesmo jeito ter ações extraordinárias. Sacrifício de ser de verdade em um mundo de mentiras. O herói, humano na sua essência, era humano também no seu heroísmo.

Enfim, a superioridade dos poderes deu lugar à simplicidade dos afazeres, e o herói finalmente decidiu sê-lo na realidade. O herói, agora um também um patriarca, sabia que a felicidade é como uma plantação, que se semeia na menor dos grãos e se colhe na maior das árvores. Esse foi o seu alimento, a fé dos que acreditam que o bem resolve os problemas.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Crítico, o Cínico, e o Cristão

Três sinos badalam a meia-noite.

Cantam três galos.

O primeiro é o crítico.

O crítico se posta ereto ao pé da serra, pois acha melhor observar a paisagem de cima. Ele cisca para sair toda a areia dos seus pés, sem perceber que levanta o pó na altura do pescoço quando bate suas pequenas patas. O crítico vê as coisas de fora, nunca se envolve com a situação, deixando as raposas roubarem os ovos enquanto suas fêmeas lutam desesperadas. O crítico, apesar de rude, se finge de manso.

O segundo é o cínico.

O cínico entrega seus colegas por trinta moedas de milho. O cínico é o que canta mais alto, pois é o que mais tenta esconder que é brigador, ao invés do frango que oculta debaixo de suas penas. O cínico sequer reconhece quem é, demonstrando felicidade no lugar de tristeza, certeza no lugar de dúvida, consternação no lugar de indignação. O cínico, por sua natureza, mente naquilo que bem acredita.

O terceiro é o cristão.

O cristão canta com amor, pois sabe que pode morrer no final do dia. O cristão carrega a responsabilidade de manter seus filhotes protegidos, seu ninho organizado, sua paz equilibrada. O cristão sabe que não pode expor à si e a sua prole ao desígnios da sorte. Sabe que deve construir uma união entre seus pares para aumentar suas chances de sobrevivência. O cristão, como galo ou como homem, deve zelar pela vida que tem.

Por mais que as parábolas mostrem o caminho que temos a seguir, precisamos ter inteligência suficiente para diferenciar o que é essencial do que é superficial. Por isso, devemos amar uns aos outros. Só dessa forma há a possibilidade do mundo permanecer vivo, apenas mantendo a porta aberta, apenas criando ao invés de matar. Assim se mantém a fé além da existência de um Deus normativo.

Foto de Fernando Vieira

Você nunca está só

Você nunca está só
(Fernando Vieira)

Pego a viola
Começo a tocar
Inspiro-me agora
Para poder começar

Idéias vão surgindo
No meu cantarolar
Que vão te seduzindo
Violão a dedilhar

Mas não estou sozinho
Pois sei que ele está aqui
Meu amigo tão querido
Que olha para mim e ri

Amigo invisível
Meu anjo de guarda
Arcanjo destemido
Que sua missão não falha

Me ajudando na trilha
Que nem sei aonde vai dar
Me fazendo companhia
Me ensinando o que é amar

Balança o seu corpo
Quando me ponho a cantar
Pois da viola vai surgindo
Um reggae bom de encabular

Que fala do amor
Do dever de praticar
De entender o sentimento
Compreender o que é amar

Muitos falam desse amor
Mas não entendem o que ele é
Caminham pro lado errado
Em Deus já não tem mais fé

Se você é mais um desses
Não perca tempo não
O amor do bem te espera
É o que te digo meu irmão

Você nunca está só
Você nunca está
Cante uma canção
Na certeza que vão escutar

Você nunca esta só
Você nunca está
Abra o seu coração
É chegada a hora de mudar

Foto de Carmen Vervloet

LEMBRANÇAS COM SABOR DE CHOCOLATE

Os ovos de chocolate escondidos no jardim...
O dia é brando, renasce a criança!
Coelhinho da Páscoa o que traz para mim?
Delícias, sabores, felizes lembranças!

Família reunida em torno da imensa mesa,
as guloseimas substituindo o jejum obrigatório...
Vovô num largo sorriso distribuindo gentilezas,
vovó descobrindo imagens no seu sacro oratório.

Depois da refeição, a calorosa confraternização.
A algazarra da meninada buscando os ovos no jardim!
O espírito de união transbordando do coração,
cirandas, músicas, brincadeiras, alegrias que não tinham fim!

O tempo manifesta-se tatuado no peito,
grande é o amor guardado no coração...
Ressuscita a esperança desmaiada no leito,
lembranças do que somos no vácuo da contradição.

Quem deste coração fechado nos liberta?
Ser ver... sentimos a presença do Senhor!
A fé em Cristo deixa a porta aberta,
a ressurreição ressurge em todo seu esplendor.

Carmen Vervloet

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