Existência

Foto de LordRocha®

Preso...

Como um pássaro preso no visgo;
Um prisioneiro as algemas do cárcere;
Um rebento ao cordão da vida;
A presa nas garras do predador.

Assim sou eu preso a você;
Preso ao nosso amor;
Ligados pela razão da vida;
Pelo sentido da existência.

Como a noite precisa do brilho da lua;
O dia da majestade do sol;
O mar da existência dos peixes;
E o mundo da excelência da criação.

Assim sou eu, dependente de você;
Carente por seus beijos e caricias;
Pela melodia da sua voz a sussurrar;
Pelo calor do seu corpo junto ao meu;

Assim é o nosso amor;
Sublime e divino como a prata;
Perfeito e sagrado como o ouro;
Forte e impetuoso como o diamante.

Foto de LordRocha®

Solidão...

Sem você, busco no infinito do quarto;
Na extensão da minha cama;
No calor e no perfume do travesseiro;
Uma noite de descanso, paz, alento.

No silencio, ouço sua voz a sussurrar;
Sinto seu corpo a me tocar, acariciar;
O calor percorre meu corpo, sinto você;
Abro os olhos e a solidão me domina.

Seu cheiro ainda está em mim;
Ainda sinto seu corpo no meu;
Seu calor ainda me domina;
Mas você não está aqui, estou só.

Sinto uma lágrima correr na alma;
Volto a pergunta que não se cala;
Até quando ou quanto ainda agüento?
Devo ou não agüentar, por que agüentar?

Novamente na interrogativa, sem resposta;
Na solidão que domina minha existência;
Durmo embalado pelos meus devaneios;
E me pego a sonhar, sonhar com você.

Foto de Soninha Porto

C O M P A R T I L H A R !

dormi leve
na sensação dos teus olhos em mim...
espantados
gulosos
me tocando no ar
quase deu pra sentir
tua ânsia de me ter
a tua voz rouca
indecente a tecer
finos acordes do tesão
da paixão
desfrutei ...
vistes ... sentistes...
o meu escorrer
vertedouro de minha loucura por ti
começaste em versos
tocando o meu ser
invadistes meu eu...
ah, poeta...
belas alegorias
nas alas da minha existência
tão suavemente!...
terminas por ter o meu corpo
esfogueado
amante
a enfeitiçar teus desejos
exibes teu cerne
de homem impetuoso
sedento...
fragmentos desvendados
de tuas vivências
assim..tão encantadoramente...

Soninha Ferraresi Porto®

Foto de LordRocha®

Lembranças...

Busco nas lembranças um alento para minha alma:
Alma turbada pelos dias que se passa com sua ausência;
Lembro-me de um dia de sol, com uma suave brisa;
Um lindo dia, horas perfeitas, inesquecíveis, incomparáveis;
A natureza parecia nos embalar em seus braços;
O rio em conjunto com o ar conspiravam ao nosso favor;
Os pássaros pareciam a maior e mais linda das orquestras;
A grama era como um ninho nos acolhendo, nos embalando;
Seu cheiro me embriagava, com o perfume natural do amor;
Seu corpo transmitia ao meu, um calor que me dominava;
Sua voz soava como o som do mar, suave e majestosa;
Conversávamos sobre tudo e tudo estava perfeito;
Tudo nos fazia sorrir, sorriamos de corpo e alma;
Lembro-me do seu sorriso lindo, espontâneo, sincero, único;
Lembranças... Doces e Inesquecíveis Lembranças;
Sinto que vivo delas, são como a seiva, como o orvalho;
Como a luz; a água, o ar, fonte da minha existência;
Sem elas sou livro sem história, história sem início, meio e fim;
“Você meu amor.”
História da minha vida, vida para minha história.
“Meu eterno amor.”

Foto de Remisson Aniceto

Súplica

Reza por mim, amor.
Reza por mim
e não serei um mero grão disperso,
e não serei um anel de Saturno
desgarrado, solto no espaço-tempo
da Eternidade.
Que aqui tudo é mistério,
tudo é descoberta,
há outro sentido,
outro conceito de Existência.
Aqui não há espera,
só a lembrança fugaz,
só a vaga imagem do teu rosto
na moldura do Infinito.
Não te deixei, amor,
roubaram-me de ti,
despejando-me no vácuo do tempo.
Reza por mim,
fumaça disforme ora diluída,
ora rejuntada,
assumindo formas várias e inúteis,
bailando aos dissabores
da inconsciência.
Reza por mim, amor.
Imagina-me como um lago
de águas puras, serenas,
e assim hei de ser
para matar minha sede
de ti.

Foto de LordRocha®

Criação...

Na criação foi me dado membros que são seus escravos.
Olhos que buscam no infinito, sua presença;
Narinas que procuram, a suave fragrância da sua pele;
Ouvidos que não cessam de buscar, a sua doce voz;
Lábios que numa débil ternura, buscam os seus;
Pele que em agonia constante, busca o calor do seu corpo;
Braços que querem, a todo instante sustenta-la;
Pernas que buscam, o caminho mais curto e rápido até você;
Coração que como um ninho, acolhe o amor que sinto por você;
Cérebro que cria e declama a importância da sua existência;
Rosto que na agonia e na angustia, busca o afago de suas mãos;
Sou escravo desse amor: enxergo, cheiro, ouço, beijo, sinto, penso...
“Amo. Logo, você existe.” Eu existo por você, para você, sempre...

Foto de LordRocha®

Ausência...

Ausência...

Busco na noite um descanso para a dor;
Encontro sonhos que me trazem lembranças;
Lembranças que se reverte em dor.

Busco no amanhecer a esperança do novo dia;
Encontro sua ausência, que reverte em dor;
Circulo vicioso, bola de neve, dor sem cura.

Vivo cada momento, como se fosse o último;
O último sem você, sem a dor da sua ausência;
Sem a angústia dos momentos perdidos pelo tempo.

Tempo que passa, maltrata, machuca, castiga...
E ao mesmo tempo oferece a esperança do amanhã;
A possibilidade da cura, cicatrização, da compensação.

Paradigma da vida de um homem com o coração;
A alma, o ser, a existência e sobre tudo o sentimento;
Marcado por um amor condenado pela ausência.

Foto de tchejoao

Entre nós, a existência

Me viste chegando no baile,
Em majestoso traje de princesa,
E outra mão me levava...
- Não a tua.

Me viste dançando suave, suave,
Em reluzente traje de lua,
E outra mão me conduzia...
- Não a tua.

Me viste rindo risadas bem ridas,
Em resplandecente traje de alegria,
E outra voz me falava...
- Não a tua.

Te vi as lágrimas
- Tão claras... ai, tão belas... -
Que outras mãos enxugavam...
- Não as minhas.

Entre nós, uma existência:
De músicas, luas, risos, tristezas...
Não a nossa!
- A minha, apenas... E a tua.

Foto de tchejoao

Negação

Ah, como eu quisera, jamais,
Sentir o amor que sinto agora!
Ter a lascívia existência da noite
Que, soberba, ignora a luz da aurora.

Ah, como eu quisera, jamais,
Jamais, ter desejado a primavera!

Ó, doce frio de meu coração invernal...
Ó, minha pálida e desfolhada alma outonal...
Ó, minha pobre vida portoalegrinal...

Tudo é tão triste... Tão inútil...
Tão irreal...
Que até um sorriso, agora,
Eu chamaria sobrenatural!

Foto de yurirbraz

Vampiro Mortal

Vampiro Mortal
Yuri Rodrigues

Quem pensas ser tú pequena rosa?
Como podes tú fazer do poeta
Um simples escravo dos teus próprios desejos...
Fez do demônio seu servo,
E fez todo o ódio virar amor.
Como podes tú dominar-me de tal forma
De modo a me tornar apenas uma dádiva da tua existência...
Eu que um dia vivi na escuridão da floresta,
Lutando contra os mais intrépidos monstros,
Destruindo todas os sentimentos do homem.
Hoje, eu, o mesmo que um dia matou,
Me vejo preso ao sangue de cada sentimento que um dia eximei.
Aquele pântano que um dia foi escuro,
Se irradiou com o brilho dos teus olhos,
Os morcegos se foram,
Deixaram apenas os pássaros com a tua canção...
E até mesmo as árvores com seus galhos secos
Se tornaram fontes sublimes de beleza...
Como posso eu então, um simples vampiro,
Não me render aos teus encantos?
Agora sou teu servo,
Escravo do teu brilho,
Um vampiro que sacrifica toda a sua imortalidade,
Por uma vida com o seu amor...

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