Vampiro Mortal
Yuri Rodrigues
Quem pensas ser tú pequena rosa?
Como podes tú fazer do poeta
Um simples escravo dos teus próprios desejos...
Fez do demônio seu servo,
E fez todo o ódio virar amor.
Como podes tú dominar-me de tal forma
De modo a me tornar apenas uma dádiva da tua existência...
Eu que um dia vivi na escuridão da floresta,
Lutando contra os mais intrépidos monstros,
Destruindo todas os sentimentos do homem.
Hoje, eu, o mesmo que um dia matou,
Me vejo preso ao sangue de cada sentimento que um dia eximei.
Aquele pântano que um dia foi escuro,
Se irradiou com o brilho dos teus olhos,
Os morcegos se foram,
Deixaram apenas os pássaros com a tua canção...
E até mesmo as árvores com seus galhos secos
Se tornaram fontes sublimes de beleza...
Como posso eu então, um simples vampiro,
Não me render aos teus encantos?
Agora sou teu servo,
Escravo do teu brilho,
Um vampiro que sacrifica toda a sua imortalidade,
Por uma vida com o seu amor...