Eternidade

Foto de Sonia Delsin

BONECA DE LOUÇA

BONECA DE LOUÇA

Sou tua boneca de louça.
Com os olhinhos a piscar.
Azuis.
Como o mar que amas.
Não reclama.
Sou tua boneca de louça.
A mulher que te ama.
Teu sonho.
A vitrine do tempo me guarda.
Para a eternidade que sabe esperar.
Um dia, um tempo para nós dois.
Um tempo para nos amar.

Foto de Bruno Miguel Resende

Sacrificações

Uma eternidade passou,
desde que bradei aos céus o teu nome,
dilacerado em tempestades e ciclones,
nunca a tua voz ecoou,
semeio a revolta e os turbilhões,
o caos e os tufões,
nada em mim se preserva,
o que nunca foi meu nunca o será,
a minha vida já não se conserva,
golpeio e lincho as emoções,
salpica sangue das minhas sacrificações.

Uma eternidade passou,
desde que clamei aos ventos o teu perfume,
as tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,
lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,
promovo genocídios e frustrações,
a demência das dilacerações,
não me sinto em vivência,
o que nunca foi meu nunca o será,
anseio a destruição da minha essência,
abafo e mortifico as minhas sensações,
esguicha sangue das minhas sacrificações.

Tormentos que chegaram,
e para sempre ficaram.

Aflições que corroem,
e para sempre me destroem.

Suicídio que finda o meu suplicio,
derrama sangue do meu sacrifício.

Foto de Registros do Site

Assessoria Administrativa de Poemas de amor

Soneto do amor total

Segunda, 31/03/2008 - 09:53 — ssnlcb
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Comentários
Terça, 01/04/2008 - 22:02 — Fernanda_Queiroz

Oi ssnlcb
Como contato efetuado por e-mail, a direção do site apagou toda tua participação em postagem, visto que os mesmo não eram de tua autoria e nem cumpria a ética, em dar os créditos aos devidos autores.
Será postado o conteúdo deste, pela diretoria, em registro do Site, ficando assim a expressa verdade registrada e protocolada.
Teu acesso ao site está bloqueado.
Atenciosamente
Fernanda Queiroz
Terça, 01/04/2008 - 06:15 — Civana

Civana/ssnlcb (Acrescentando créditos ao soneto)
Esse soneto é realmente maravilhoso, dentre muitos criados por Vinicius de Moraes, creio que seja um dos mais belos.
Vou acrescentar os créditos ao criador, acho que esqueceu. ;)
Soneto do amor total
Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro, 1951
http://www.viniciusdemoraes.com.br/
OBS: Creio que por tratar-se de uma obra de outro autor não possa concorrer ao 5º Concurso Literário do site.
Terça, 01/04/2008 - 15:30 — Fernanda_Queiroz

Oi Civana
Realmente, não contará no concurso, obrigada por tua participação e carinho, sempre nos ajudando a fazer do site um espaço destinados a poetas, e não copiadores de poemas.
Grande Abraço
Fernanda Queiroz
Segunda, 31/03/2008 - 23:54 — bruna guedes

p. ssnlcb
lindo, amei cada palavra...não é triste, não é fantasioso, realisticamente esperançoso, em suma perfeito.
um bj e um voto!
e claro que volto!!! rsrsrs
cultfanc@gmail.com

Foto de killas

O MEU CORAÇÃO DORIDO

O meu coração anda dorido,
Porque deseja de novo te ver,
Ele só quer perceber,
Se deve para sempre estar sentido.

Já não consigo mais controlar,
Este novo estado de sofrimento,
Já não sei qual será o momento,
Em que ele acaba por parar.

Para eu conseguir esta dor debelar,
Já nem uma caixa de aspirinas,
Será que são estas as minhas sinas,
Neste mundo cruel e surreal.

Não sei como fazer a “eternidade” acabar,
Para de novo eu te poder ter,
Até quando serei obrigado a sofrer,
Desta dor que aos poucos me esta a matar.

Só sei que este triste coração,
Passa os dias inteiros a chorar,
E vai-se aos poucos a lembrar,
Da sua eterna e longa paixão,

Sinto sempre o seu bater,
A sua vontade a fervilhar,
A dor por fim a acabar,
No dia em que por fim morrer.

Foto de killas

O DESESPERO DO AMOR ACABADO

As unhas cravadas em desespero,
Formando na cara longas margas,
O sangue a correr às golfadas,
Formando um lago onde espero.

Vou aos poucos perscrutando o horizonte,
Tentando em vão evitar o sofrer,
Mas vejo-te lá longe a perder,
Perco-te assim e à tua imensa fonte.

Como oferecermo-nos ao amor pode ser cruel,
De lá tudo na vida pode surgir,
Eu só mais uma coisa tenho que te pedir,
Não me sirvas nunca mais do teu fel.

Sinto um aperto no mais fundo do peito,
Uma dor que se torna irreal no coração,
Porque será que um dia a infeliz paixão,
Me considerou um dia o seu novo eleito.

Às vezes o que eu mais quero,
É que no limite da minha vida,
Não sentir tantas vezes a descida,
Ou então morrer contra um serro.

A vida sempre foi efémera e dura,
E malfadada para quem a viveu,
A esperança lá no fundo já morreu,
Num poço fundo e escuro de amargura.

Por isso só vale a pena andar sozinho,
Para pelo mundo feliz conseguir passar,
Não andar pelo imenso e longo mundo a penar,
Até finalmente chegar ao fim do seu caminho.

Mais vale neste mundo morrer,
Para este sofrimento conseguir calar,
E assim para a eternidade nos libertar,
De uma longa e espinhosa vida de sofrer.

Foto de cathy correia

Eternidade

Eternidade
A carícia
Do teu carinho
Na minha pele!
Um tempo
Encontrado num beijo
Que se derrama
Da tua boca!

Foto de killas

O DESESPERO DO AMOR ACABADO

As unhas cravadas em desespero,
Formando na cara longas margas,
O sangue a correr às golfadas,
Formando um lago onde espero.

Vou aos poucos perscrutando o horizonte,
Tentando em vão evitar o sofrer,
Mas vejo-te lá longe a perder,
Perco-te assim e à tua imensa fonte.

Como oferecermo-nos ao amor pode ser cruel,
De lá tudo na vida pode surgir,
Eu só mais uma coisa tenho que te pedir,
Não me sirvas nunca mais do teu fel.

Sinto um aperto no mais fundo do peito,
Uma dor que se torna irreal no coração,
Porque será que um dia a infeliz paixão,
Me considerou um dia o seu novo eleito.

Às vezes o que eu mais quero,
É que no limite da minha vida,
Não sentir tantas vezes a descida,
Ou então morrer contra um serro.

A vida sempre foi efémera e dura,
E malfadada para quem a viveu,
A esperança lá no fundo já morreu,
Num poço fundo e escuro de amargura.

Por isso só vale a pena andar sozinho,
Para pelo mundo feliz conseguir passar,
Não andar pelo imenso e longo mundo a penar,
Até finalmente chegar ao fim do seu caminho.

Mais vale neste mundo morrer,
Para este sofrimento conseguir calar,
E assim para a eternidade nos libertar,
De uma longa e espinhosa vida de sofrer.

Foto de Dirceu Marcelino

VIOLINO VERMELHO - Meus dez minutos de sonhos - Homenagem a Marisa Dinis

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POESIAS DE DIRCEU MARCELINO

1. NOSTALGIA ETERNA

Revelas em tua bela poesia,
Beleza d’uma vida de paixão,
D’ arte maior vivida com maestria,
Em versos guardas a recordação.

Eternidade, amor que a extasia,
Versos do profundo do coração
E vemos que não é mera fantasia,
Pois saem de tua alma com emoção.

Resplandece em nós como magia,
Encanto sublime em eclosão,
Imagens em vida de galhardia,

Revividas em notas dessa canção,
Em nós ressoam a tua nostalgia
E faz-nos sentir a tua solidão...
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2. Inspirado em "OS ÓRFÃOS"...

"Suavemente o apertou em meu peito, suas mãozinhas segurando as minhas,
E tentou apagar a devastadora dor, ninando-o, cantando-lhe uma doce canção,
Dando-lhe coragem e cobrindo-o do terno amor de uma mãe por seu filho..." Marisa Dinis.

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DEUS GUARDE MEU NETINHO!

Ó bela musa encantada internacional!
Ouvindo essa triste música meu netinho
Acordou sob esse acorde sensacional,
Percebi que estava um tanto assustadinho.

Não sei se por reação ao acorde musical,
Ou radiação que eu transmitia ao pequeninho,
Ou da inspiração deste estímulo espiritual,
A acordar várias vezes o meu menininho.

Será que por receber a radiação virtual,
Ou por sentir a vibração de seus amiguinhos,
Ou por sentir a mesma sensação residual,

Do seu avô que tenta responder ao órfãozinho,
Como tu poetisa e grande musa transcendental.
Doem em minh’alma as mortes desses pobrezinhos.

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... "Que Deus sempre proteja seu netinho e os anjos guardem seus sonhos..."

Marisa Dinis

Foto de Henrique Fernandes

AMAR É JUVENTUDE ETERNA

.
.
.

Quem me dera ficar jovem para sempre
Na eternidade que te pertence o meu ser
Mas mesmo quando já for muito velhinho
Esta loucura por ti que despejo loucamente
Nos meus beijos que fazem suar o Sol
Será sempre vigorosamente jovem
E na tua entrega a mim rejuvenesço
Confiando que para sempre serei jovem
Desejando envelhecer a teu lado
Pela juventude até que o infinito nos consuma
E que a vida seja sempre a mesma canção
A canção que hoje canto e recanto feliz
Porque finalmente encontrei o amor
Nós encontramos o amor, somos o amor
Cada passo dado em frente é inspirado
Na cultura de amar com que me cativas-te
Tuas quaisquer palavras são serenas
Mesmo quando apontas meus erros
Para me transformar num melhor homem
Decorando na alma os sorrisos que provoco
Fazes-me sentir um herói incondicional
Ao sentir-te protegida deitada no meu peito
Murmurando quanto me amas e desejas
Em voz baixinha e sensualmente rouca
Ouvindo valorizo todos os nossos momentos
Que recordarei e contarei aos nossos netos
Ai, quem me dera ficar jovem para sempre
Pelo menos até quando acabe este amor
Nunca

Foto de DAVI CARTES ALVES

GARIMPAGEM DE DIAMANTES NAS SEARAS DA LITERATURA 4

“ A mulher madura,

... Seus olhos não violam as coisas, mas as envolvem ternamente. A mulher madura é assim, tem algo de orquídea que brota exclusivamente de um tronco, inteira. Não é um canteiro de margaridas jovens tagarelando nas manhãs.

Cada idade tem seu esplendor. É um equívoco pensá-lo apenas como um relâmpago de juventude, um brilho de raquetes e pernas sobre as praias do tempo. Cada idade tem o seu brilho e é preciso que cada um descubra o fulgor do próprio corpo ”

“ Presentear, na verdade, é isto. É dizer: eu não vim apenas te ver, através do meu presente, eu vim permanecer. ”

“ Se quer ir ao cinema as três da tarde, vá. Se quer sair para tomar sorvete ás cinco, vá. Você vai acabar redescobrindo uma certa luminosidade que as manhãs ainda tem e que a tarde tem mais mistérios do que o pôr-do-sol pode nos pintar. ”

“ Ganhei duas crisálidas de borboletas. Aprendi a ver nesses casulos as asas que se desenharão em algum céu. Seguro nas mãos essas formas vivas disfarçadas de vegetal.

... No meu quarto, dependuradas num vaso de samambaias, duas crisálidas me contemplam . Elas sabem, mais que eu, a que horas duas estupendas borboletas sairão do útero do tempo para esbaterem contra as vidraças do dia. ”

“ A trepadeira no terraço, que avança dois-três centímetros cada jornada, seguindo o fio de náilon do tempo, me ensina a direção das coisas. O vento sopra pelas costas de suas folhas e ela navega verde pela pilastra como uma caravela reinventando o seu concreto mar. ”

“ ... Pois não se sabe por que estranhos caminhos de sublimação há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada na vida, têm, contudo, um arco – íris n’alma. ..

Nunca vi o Sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece ”

“ As vezes um texto parabólico e elíptico pode nos dizer mais, que outros pretensamente objetivos ”

“ A historiadora Denise Bernuzzi de Sant’Anna anda fazendo entre nós o elogio a lentidão. A violência tem a ver com a velocidade. É bom pensar nisso. Pela pressa de viver as pessoas estão esquecendo de viver. Estão todos apressadíssimos indo a lugar nenhum.

... Era lento em aprender as coisas na escola, mas quando aprendia algo o fazia com mais profundidade que os demais ... Mas de novo vos digo: sejamos delicados. E, se necessário for, cruelmente delicados. ”

“ Fazer 30 anos é coisa fina, é começar a provar do néctar dos deuses e descobrir que sabor tem a eternidade. O paladar, o tato, o olfato, a visão e todos os sentidos estão começando a tirar prazeres indizíveis das coisas.

É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isso é necessário ter asas, e sobre o abismo voar. Fazer 30 anos, bem poderia dizer Clarice Lispector, é cair em área sagrada.

Um dia eu fiz 30 anos..., era um homem e seus 30 anos, um homem e seus 30 corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado e arborizando, ao sol e a sós ... Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema”

“ Despir um corpo pela primeira vez, é conhecer pela primeira vez uma cidade. E os corpos da cidades têm portas para abrir, jardins de repousar, torres e altitudes que excitam a visitação. .. E como o corpo, querem que alguém as habite com intimidade solar. Porque o corpo do outro não pode ter a sensação de perda, mas a certeza de que algo nele se somou, que ele é um objeto luminoso que a outros deve iluminar.

... frágil pode trincar em alguma parte, e os menos resistentes se partem, quando aquele que os toca, os toca apenas com a cobiça e nunca com a generosa mansidão de quem veio pela primeira vez, e sempre, sempre para amar.”

Pepitas de diamantes, extraídas Do livro:

Coleção Melhores Crônicas – Afonso Romano de Sant ’Anna
Global Editora

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