Uma eternidade passou,
desde que bradei aos céus o teu nome,
dilacerado em tempestades e ciclones,
nunca a tua voz ecoou,
semeio a revolta e os turbilhões,
o caos e os tufões,
nada em mim se preserva,
o que nunca foi meu nunca o será,
a minha vida já não se conserva,
golpeio e lincho as emoções,
salpica sangue das minhas sacrificações.
Uma eternidade passou,
desde que clamei aos ventos o teu perfume,
as tuas fragrâncias nunca estiveram em mim,
lacrimejei e gritei no tormento que se instalou,
promovo genocídios e frustrações,
a demência das dilacerações,
não me sinto em vivência,
o que nunca foi meu nunca o será,
anseio a destruição da minha essência,
abafo e mortifico as minhas sensações,
esguicha sangue das minhas sacrificações.
Tormentos que chegaram,
e para sempre ficaram.
Aflições que corroem,
e para sempre me destroem.
Suicídio que finda o meu suplicio,
derrama sangue do meu sacrifício.