Escuridão

Foto de Dennel

O mendigo do amor foi embora

O olhar do cão pedinte
Fita-me continuamente
Seguindo meus gestos
Esperando por minha generosidade

Na rua, a minha passagem
Mãos se estendem, suplicantes
Trêmulas, nervosas, ansiosas
Por uma moeda. Sobrevivência

Nos hospitais filas intermináveis
A busca da cura
A consulta, a esperança
Da perfeita saúde

No parque, os passarinhos
Apanham as migalhas que escapam
Das minhas mãos desapercebidas
Insensíveis, iguais a alma bruta...

A pior mendicância
É a feita em nome do amor
Lança olhares, palavras, frases
Feitos, fatos em vão

Contudo, sem chamar a atenção
De quem se almeja, bem quer
O que fazer alma nobre
Continuarás lançando perólas aos porcos?

Negando as estrelas
Seu brilho que julga precioso
Siga na escuridão
Aé um novo dia raiar... Sol enfim

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Paulo Zamora

Dois Poemas

Instante
Do alto do morro desse coração chamo por você, mas sou simples noite fria; que percorre o espaço, um homem sem o universo, um sol procurando a lua para namorar.
Vê se corre para meus braços, eu sou feliz quando tenho você, no aperto dos braços que rodeiam meu corpo sinto que nada é tão importante como o instante em que sinto você em mim.
No sangue percorrente em minhas veias, não dispenso uma paixão vulnerável, o que eu sinto por você é maior do que o meu limite poderia alcançar... sente-se perto de mim, toque em mim como se fosse agora o primeiro instante.
Voe! Me encontre quando abrir os olhos, sufoque minha boca no suspirar de um beijo enlouquecente.
Já estou acordando, você não está, até mesmo eu não estou... o instante também não se encontra presente, me perdi em meio a mim, e não encontrei outra vez você querendo ser amada como uma flor na madrugada.
Do alto do morro desse coração ninguém me vê; você não vê... nem mesmo o instante.
(Escrito por Paulo Zamora em 14 de junho de 2007)

Neblinas
Na pior das noites, perdido entre as neblinas, são horas de uma madrugada, eu ainda acordado, pensando...
Do céu para mim nada veio e ainda estamos inteiros como sempre fomos, mas falta algo na alma.
Não mandou me avisar que estava indo embora, não me deixou recados na caixa postal; nem deixou beijos em meu coração. As neblinas molham meus sentimentos, passo a ser a relva frágil e sensível; uma vez mais, outra vez estou sozinho na lucidez e no desequilíbrio, mas vou seguindo pensando...acordado, na pior das noites; sentindo solidão.
O barulho do trovão toma conta do meu quarto, já é uma tempestade, é verdade que delírios tomam conta de mim; não sei o que vou fazer para viver sem ter você.
As neblinas falam, choram, sorriem, elas querem perturbar deixando a noite ainda mais escura que o meu próprio coração.
Noite... neblinas... tempestade... solidão e apenas um coração que suporta tudo, de frente ao mundo, de costas para a felicidade, um homem pensando, caminhando entre as neblinas da escuridão de uma vida; da minha...
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de Junho de 2007)

Foto de Paulo Zamora

Estrela

O futuro é daqui a pouco,
Inicia a todo instante com uma nova respiração.
Tente esquecer das ansiedades da vida.
Elas poderão impedir o sucesso do seu caminho.
Você nasceu para brilhar;
Assim como as estrelas que mesmo na escuridão iluminam o céu.
E mesmo quando a luz do dia aparece,
Elas continuam ali;
Sabendo que a hora de brilhar irá chegar.
Tenha paciência.
Permaneça sonhando, vivendo plenamente o valor de todo novo instante.
Procure ter em mente o quanto é importante saber almejar.
Não esqueça de cultivar as pessoas como se fossem plantas.
O brilho da vida está contido nas coisas do coração.
Nas imagens dos seus pensamentos.
Na estrela que você é...
No seu brilho humano.
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de junho de 2007)

www.pensamentodeamor.zip.net
ORKUT: O POETA
paulozamoracontato@bol.com.br

Foto de Carmen Lúcia

Estrela

Corpo celeste que energiza e engrandece
Cuja luz...própria de seres predestinados
Que ao mesmo tempo confunde e esclarece
De movimentos imperceptíveis como chuvas de prata
Inundando o céu de etéreas poesias...
Tens o poder de mudar a sorte
Direcionando o norte,o destino,a vida...
Estrela,atriz principal de um universo de astros
Sob o comando do regente Sol
Chamada cadente,quando sorrateiramente
Risca o céu o teu rastro luminoso
Lançando poeiras de amor por sobre a Terra
Quando nova,luz que circunda a luz do horizonte,
Vista nas manhãs,lindo cenário real,surreal...
Estrela,me guia!Mostra-me a direção,
Quero ser uma partícula de tua constelação
Antes que minha luz se apague ao alcançar o vácuo
Perdendo-me pra sempre em minha escuridão!!!

Foto de angela lugo

Solidão...O que é?

Solidão... O que é?
É estar só em plena multidão
É sentir um amargor no coração
É cantar e não ter ninguém a escutar

Nada sinto no âmago da minha alma
Somente um imenso vazio fazendo eco
Tento olhar para dentro de mim mesma
Nada vejo apenas uma tenebrosa escuridão

Sinto a brisa passando causando calafrios
Meu corpo já sente a frieza do meu coração
Solidão é tudo o que se sente quando
Dentro da gente não se vê mais esperança

Quando tudo a nossa volta vira melancolia
Quando não percebemos mais o brilho do sol
Quando até a lua se esconde de nós
Quando percebemos quanta ingratidão recebemos

Ah! Esta ingratidão que acaba com nossos sonhos
Devorando-nos aos poucos com fome de silêncio
Fome de destruição de um coração amargurado
Pela falta de amor que o abandonou há tanto tempo

Deixe-me triste solidão... Vai-te embora!
Deixe meu coração libertado deste sentimento
Desta amargura que é estar neste silêncio
Quero esquecer este tempo que esteve a me devorar

Foto de @nd@rilho

Andarilho nas Trevas

Há como seria bom,
Voltar ao tempo em que a paz,
Fazia sua morada em meu peito,

Quando a angustia não caminhava ao meu lado,
Quando o silencio não habitava meus lábios,
Quando meus braços eram fortes para resistir,
No tempo em que minhas pernas caminhavam,
A passos largos em direção ao futuro,

O que você fez comigo?
Por que levaste meu coração?
Por que roubaste minha luz?

As trevas que habitam em mim,
Me mostram apenas falta de esperança,
Meu espírito vaga na angustiante escuridão,

Volte Luz ! ! !

E arranque as trevas que devoram minha alma,
Rouba minha vontade de viver,
Estou cansado de vagar sem um norte,
Estou farto de ser um andarilho nas trevas,

Volte luz ! ! !

Ofusque as trevas,
Devolva-me as forças,
Para que hoje eu não seja a caça,
Que vai saciar a sede de sangue,

Volte Luz ! ! !

E me torne luz que ilumina os caminhos,
Me torne a mão que ampara e afaga,
Me torne o beijo do perdão,
Para que eu siga e encontre um coração
Que mereça ser aquecido pelo meu amor !!

Foto de Remisson Aniceto

Ocaso

Invade-me um insuportável calor,
Escorre-me um suor pela testa,
Algo agora me fere o peito, atroz,
Entre as paredes da modesta cabana.

Meu sentimento está perdido,
Vagueando nas brumas da escuridão.
Só o mar ouve meus lamentos
Que se perdem sob as ondas revoltas.

Sonhos, previsões... bateram asas...
Fecharam-se teus olhos com o poente,
Trazendo esta minh`ânsia de viver.

O abismo se me abre; um desafio,
Em discordância com o eu que em ti ficou,
Intocável, na beleza do teu ser.

Foto de Carmen Lúcia

Cara e coroa

Sou a mais viva cor do arrebol,
Também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
Também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
Também sou um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
Também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
Também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura,acervo de poesias,
Também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
Também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
Também a chuva fina que umedece.
Sou luz,sou chama,sou clarão...
Também sou trevas,sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
Cara e coroa...
Quem aposta?

Foto de Varley

“O adeus que não te dei’

Guardei na mão aquele adeus que não te dei
...Mais foi em vão
E a razão, se perdeu de mim onde nem sei
E a loucura agora me tenta
Nada me faz mais sentido
Nada me diz nada então
Nada mais me acalenta
Nem o verso da poesia preferida
E até mesmo o sol do dia a dia
Hoje me diz somente escuridão

E tudo é fato, como é fato em mim essa angustia louca
E a saudade infinda dos beijos da tua boca
E os nossos corpos paralelos e exausto de se dar
Jogados ao acaso na cama
Onde o amor se fazia numa ardente trama
De amantes que adoravam se amar

Lembranças em vão, lembranças apenas
Agora, o que vivo aqui são só dilemas
Que me obrigam a chorar
Agora, em passos torpes vou seguindo
O meu destino nesse ocaso infindo
Teimando aquele adeus jamais te dar

® Varley Farias Rodrigues

Foto de tchejoao

A Hora da Razão

Chega um momento, quando abrimos
Nossa caixa de sonhos e de planos,
E ela está vazia...
E não temos mais lágrimas, nem dor.

Chega um momento em que não temos
Mais saudade, ou medo, de perdermos,
E ficamos na sala vazia...
E não sentimos mais a falta de amor.

E os olhos, castanhos e secos,
Já se acostumaram a escuridão.
Só os olhos, castanhos e secos,
Mirando o presente...
Sem fantasias, sem mágoas, sem luz.

Chega um momento em que somos
A falta de tudo o que quizemos,
E com a alma, alegre e vazia:
1) Agradecemos o que temos;
2) Nos conformamos com o que somos;
3) Acreditamos que a vida é mesmo é assim...

Chega um momento, quando abrimos
Nossa caixa de sonhos e de planos,
E ela está vazia... Então, pensamos:
Depois que nos curamos,
aos enfermos nos unimos...

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