Sou a mais viva cor do arrebol,
Também a nuvem negra que encobre o sol.
Sou um gesto nobre de carinho,
Também o frio incesto de seu ninho.
Sou a calma de um mar tranqüilo,
Também sou um furacão bravio.
Sou outono e vento que vêm desfolhar,
Também a primavera e o frescor a aflorar.
Sou a branca paz que pacifica,
Também o arsenal que mortifica.
Sou a moça pura,acervo de poesias,
Também a prostituta das noites vadias.
Sou a bênção que a alma refaz,
Também a maldição de ancestrais.
Sou a seca do sertão agreste,
Também a chuva fina que umedece.
Sou luz,sou chama,sou clarão...
Também sou trevas,sombras e escuridão.
Sou tudo isso que me mostra,
Cara e coroa...
Quem aposta?
Cara e coroa
Data de publicação:
Domingo, 3 Junho, 2007 - 04:38
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Comentários
Oi Carmem
Querida poetisa
Realmente este teu poema é
o verso e reverso de uma vida
amorosa arduamente amante
do amor....Lindo versar!!!
Amei...Amei...
Beijinhos n'alma
ângela lugo
É o que digo, as
É o que digo, as incongruências e as disparidades do ser, é o que nos dá um toque a mais, é essa intensidade no sentir, o que nos faz sentir vivos, podemos ser trevas e sombras, mas quando ressurgimos brilhamos. Parabéns poeta!
Soninha Porto
Soninha Porto