Entranhas

Foto de myrian

Meu amor

Acordo-te...
Deslizando minha mão no seu corpo,
Tateando, procurando...
Vou me aconchegando aos poucos,
Enroscando-me nas suas entranhas...
Ouço uma música suave,
Numa música suave,
Numa coreografia lenta.
Tomo conta de seu corpo
Beijo seus olhos...
Sua boca...
Sinto o seu desejo...
Sinto o seu amor...
Sua pele...
Seu corpo...
Você me beija e me abraça
Meu corpo não me pertence mais,
Seu corpo não te pertence mais,
Somos um só,
Um só prazer.

Myrian Benatti

Foto de Auber Fioravante Junior

Nossa Canção

Simplesmente divano
o momento em que viajei
em teu céu de emoções sentindo
teu gosto molhado, pantera
fascinante das quimeras mil.

Ao som dos pianos da noite
entreguei-me a tua volúpia
sentindo o sabor de morangos
na maciez de teus seios, tangenciando
teu corpo com toques e beijos
sentindo-me
sedutor e seduzido ao afagar
de nossas almas donas únicas
deste afrodisíaco cavalgar da paixão!

Na luz lunar
Fiz-me poeta respirando
Tua charmosa fragrância
Defragada com a seresta
Vinda do teu âmago,
Fera dos zil sussurros,
Fêmea dos mil encantos!

Simplesmente amor
foi o passear em teus
mares e entranhas,
bradando teu nome pelos
veios de tua sensual geografia
descobrindo segredos e gozando
na paz da madrugada que se chegou
nos brindando com êxtase da
nossa canção!

Auber Fioravante Junior
03/02/2007
Porto Alegre – RS

Foto de THOMASOBNETO

Murmurios

MURMURIOS

Cansado...
Sentado á beira da sarjeta.
Bêbados as portas da loucura,
Balbuciava entre os dentes...
Estranhas e confusas palavras.

Palavras que se misturavam...
As lágrimas e aos risos.
Que pareciam ser sinistros,
Mas eram apenas o desabafo.

Desabafo de um mendigo.
Bêbado maltrapilho de rua...
Que trazia lembranças nuas,
De tempos que ao longe se vão.

Infernos que atormentam.
Sonhos que se desfaleceram.
Numa fasta rotina peregrina...
Que agrilhoa a vida.
Consome as entranhas da alma.

Louco ou possuído?
Quem ouviu os segredos?
Pronunciadas nas estranhas frases.
Ao vento murmuradas.

Vida ou morte? É sem sentido.
Ele espera com viva esperança...
A paz em um distante minuto.
Revelada na ternura de sua...
Intima criança.

THOMAZ BARONE NETO.

Foto de Anandini

Te quero mas não posso...

Estou perdida...
Tendo minha vida rasgada,
por alguem que não pode ser...
Que aplaca meu desejo,me incita
a me entregar... ao prazer proibido...
Que me faz delirar,
querer,
o que não faz sentido...
Calo,r fogo,prazer
desejo de estar a seu lado,
de tocar o seu corpo
de sentir o seu beijo.
O peso de seu corpo sobre o meu...
Ah! tenho passado os dias,
desejando esse gosto de pecado
Que faz o meu corpo suado...
penetrar nos sonhos seus...
Meus olhos te procuram,
pedem mais...
pedem você!
Estou a desejar sua companhia,
a cada dia...
Pedindo para que não saias
de meus pensamentos,
e mantenha-se quieto,compassivo...
dentro de minhas entranhas
e que fiques assim...junto de mim...
em meu leito.

Foto de THOMASOBNETO

Perfume Selvagem

PERFUME SELVAGEM

Linda, selvagem e rebelde.
Sorriso de menina moça...
Charmoso e maliciosos por vezes.
Ruborizando o encanto da lua!

Teus cabelos livres ao vento,
Pareciam fios de pura seda.
Seus gestos eram plumas...
Vagando pela orla do tempo!

Teus olhos esverdeados...
Lembravam-me um cristal.
Lindos como a esmeralda...
Refletindo a luz do sol.

Deixando cair em teu corpo,
Provocadora as tuas vestes.
Eflúvio instintos carnais.
Exaltando os desejos insanos!

Por onde tu passavas, que emoção!
Na epopéia da metamorfose da vida...
Arrancava os mais ocultos segredos,
Incrustadas nas entranhas da alma!

Ao ouvir a tua voz, fecho os olhos.
Desejo sonhar a melodia dos deuses...
Entregar-me aos seus doces encantos.
Suspirar amor eterno nos braços teus!

THOMAZ BARONE NETO

Foto de M.Veríssimo

Fala-me de Mim

Fala-me de mim meu amor,
meu doce
e conta-me que nasci,
cuspido pelas entranhas
agridoces de mel e fel,
a vida não é fiel nem o deveria
ser jamais.

Fala-me de mim meu amor,
meu doce
e conta-me que existi,
narciso encurralado, em sonhos de
visões grandiosas radiantes,
mas nada mais que visões.

Fala-me de mim meu amor,
meu doce
e conta-me que vivi,
tenho a necessidade das tuas
palavras, de as beber,
de as consumir, assim
como me consumiste,
assim como me viveste.

Fala-me de mim meu amor,
meu doce
e conta-me que morri,
deitei-me na barca de Caronte
guiado pela tua imagem,
morri por ti, de ti e para ti,
feliz, completamente feliz.

Foto de Josa Freire

Há um poema!

Há um poema
Em cada esquina,
Em cada quina
Do polígono da minha imaginação.

Em cada momento
Uma eternidade de lembranças
Do que já foi,
Do que não foi, de tudo que vi.
A dor de não ter sementes
E maior do que a dor de não ter semeado.

As entranhas já não sangram,
Exauriram-se de tanto transfundir-se na dação
Desesperada em busca do ser que não é,
que não está, mas me fez crer que eu poderia alcançar.

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de Juliana Almeida

OS DOIS CAMINHOS

No inicio era só brincadeira.
Era como se a vida, fosse nossa prisioneira.

Mas no silêncio da noite, nas garras do tempo,
As gárgulas do destino, tecem nossos caminhos,
Desenham nosso futuro, nossos descaminhos.

Tramam contra nós.
E nas veredas de nossos desatinos,
Revelam-se as traições, as emboscadas
As armadilhas de nossos corações.

Da cumplicidade terna, do sorriso doce
A alma se devassa. E nas entranhas de nosso ser
Tudo quanto era puro se transforma na chama
Em que faz nossos corpos arder e nossas almas perecer.

E o que era uma só alma em uma só alma
Em uma só alma, serão duas almas e,
Apenas no arder de nossos corpos
Fundem-se novamente nossas almas
Para sermos novamente uma só alma,
Em uma só alma.

O pecado e a virtude. Lado a lado.
Caminham entrecruzando nossos caminhos.
Não sabemos mais : Seguir o pecado
Ou se seguir a virtude!

Ambos opostos, contidos em si
Faces de uma mesma moeda
Prismas de uma mesma natureza.

Porque prisioneiros de nossos pensamentos,
De nossas aspirações, de nossa salvação?
Até quando seremos cativos
Desse algoz sem misericórdia e perdão?

A devassidão poder ser uma virtude
E a virtude pode ser uma devassidão
Devassidão é virtude
Virtude é devassidão.

Ambas são apenas uma verdade.
Uma só realidade, apenas opostos
Para a nossa percepção.
Em verdade compõe juntas
O todo perfeito, a divina criação.

Deixemos romper os vergalhões
As vetustas correntes da libertação
Deixe a verdade ser bússola
De nossos corações.

Que o amor seja uno
A felicidade completa
Seja puro e devasso
Sejam faces da mesma moeda.

A salvação e a perdição
Poder ser perdição em salvação
Poder ser salvação em perdição.

Que a brincadeira se perpetue
Que a pureza se devasse
Sejamos uma só alma
Na perfeição do criador.

Foto de Tancredo A. P. Filho

ACORDA-ME COM SEUS BEIJOS

Venha devagarinho
Deitar ao meu lado
Sutilmente passe as suas mãos
No meu rosto,
No pescoço, no peito
Ainda que sem saber o porquê...
Se eu estiver dormindo,
Acorda-me com seus beijos,
Faça tudo que achar direito.
Toma-me nos seus braços
E me ame...
Coloque o meu corpo
No seu, sugue minha boca,
Deixe eu sentir a quentura
Da sua saliva...
Faça amor comigo...
Eu lhe entregarei todo meu vigor,
Sentirá nas entranhas
Meu falo pulsante e quente.
Regará com o seu suor
Meu corpo inteiro...
E em troca darei a você
Todo meu amor
Aí verá que ele é verdadeiro!...

:::::::TAPF:::::::

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