Há um poema
Em cada esquina,
Em cada quina
Do polígono da minha imaginação.
Em cada momento
Uma eternidade de lembranças
Do que já foi,
Do que não foi, de tudo que vi.
A dor de não ter sementes
E maior do que a dor de não ter semeado.
As entranhas já não sangram,
Exauriram-se de tanto transfundir-se na dação
Desesperada em busca do ser que não é,
que não está, mas me fez crer que eu poderia alcançar.