Dedos

Foto de Cecília Santos

ESTOU CANSADA

Participando do Concurso “Dizendo Te Amo”

ESTOU CANSADA

Entre meus dedos escorrem
areias de mares infindos.
Como sonhos galopantes
feitos de nesgas de nuvens
Meus dedos molhados já
não seguram.
Os meus sonhos e desejos
Vertem mil mares e ondas
que na praia vão se deitar.
Ondas que se formam e se agitam
conforme o balanço do mar
Trazem consigo conchas vazias
Qual meus sonhos a esvoaçar.
Que perderam as cores do arco-íris
e o brilho do luar.
Anêmonas cansadas e sem vida
vão pra cá e pra lá.
Perpassam entre os rochedos
e desaparecem na neblina do mar..
Sinto-me cansada da vida,
não consigo mais lutar.
Meus dedos estão cansados,
de querer te segurar.
Escapas por entre meus dedos
qual fina areia do mar.

Direitos reservados*
Cecília-SP/01/2009*

Foto de Sonia Delsin

TEU JEITO ESPECIAL

TEU JEITO ESPECIAL

Não me acostumo a viver sem ti.
Sem tua boca gostosa.
Sem tua voz sensual.
Fazes amor de um jeito tão especial.
Não me acostumo sem teus dedos.
Eles conhecem meus segredos.
E são tão gostosos.
Perigosos.
Não me acostumo sem tua pele que fica toda arrepiada ao meu toque...
Meus lábios a roçam levemente, gulosamente.
E começamos tudo novamente.
Não me acostumo...
Parece que sem ti me falta um pedaço.
O mais importante.
Sem ti eu morro um pouco a cada dia.
Eu morro de desejo.
Fico aqui sonhando.
Sonhando com teu beijo.

Foto de killas

A ANATOMIA DO AMOR

Depois de se tocar com os dedos,
nos soltos cabelos de uma mulher,
lá se vão todos os nossos medos,
para só ter muito receio de a perder.

Perdido eu estou a observar,
aquela simples e enorme perfeição,
quanto mais eu lá perco o olhar,
mais lá fica do meu coração.

Sinto-me agora sempre a tremer,
e já não a consigo mais deixar,
prefiro todo o meu mundo perder,
para ao meu lado a ver ficar.

Os oscúlos distantes e ardentes,
já eu conto as horas para os dar,
já tenho alguns momentos dementes,
de não ver o grande relógio a passar.

Todo o meu corpo é teu,
todo eu te posso entregar,
de tudo aquilo que é meu,
até com o coração podes ficar.

Foto de Joaninhavoa

PESADELO

*
PESADELO
*

Consegui rir.
Se fosse preciso dizer de que me ria
ou qual o motivo não saberia
Na minha imaginação
apenas se sucediam em repetição
imagens tuas! Soltas
Calmas melodias nuvens turvas
confusas
O meu desejo era dormir.

Sem me dar conta
Já te tinha em mim e sentia a urgência
Em dizer-te “O quanto
e como te amo”.

Abrandei na respiração
Controlei a pulsação e simulei ao relento
Uma chuva de pontapés em todas as direcções

Por fim saí para a rua
Veio-me um cheiro forte a excremento
de cavalo salpicado no passeio
Ofereci socos às portas
Esfolei os nós dos dedos nas fachadas
E gritei numa cólera incontida
De só querer a verdade!

Joaninhavoa
(helenafarias)
25/02/2009

Publicado no Recanto das Letras em 25/02/2009
Código do texto: T1451218

Foto de Sonia Delsin

NOSSO ENCONTRO

NOSSO ENCONTRO

Eu ia vivendo.
Amando e aprendendo.
Me perguntava.
Onde mora a metade que nasceu para me completar?
Onde vive?
Por que de mim não consegue se aproximar?
Eu caminhava à sua procura.
Pensava.
Que loucura!
Tenho tudo e tenho nada.
O mundo é feito de tanta coisa.
Tanto encontramos em nossa estrada.
Um dia eu percebi que encontrava o ser que buscava.
Ele me chegava.
Não via bandeiras balançando.
Vinha simplesmente conversando.
Uma conversa silenciosa feita de dedos e coração.
Haveria aproximação?
Porque distantes estávamos.
O sol e a lua parecíamos.
Distantes e amantes.
Um dia...
Ah! Houve o dia do encontro.
Houve.
Há.
Somos assim... uma coisa que não se pode explicar.
Um do outro.
Um sem o outro.
Um no outro.
Somos assim...
...um eterno viajar...
Um no outro.

Foto de eda

""Desejos"

"Desejos"
Ah! Esta vontade de você..
Vontade da tua boca sobre a minha ao menos uma vez...
Vontade de decifrar este mistério de teu olhar, cheio de paixão, misturado com um sorriso quase infantil...
Vontade de beijar tua pele, de sentir teu calor misturado com arrepios...
Ah! Quanto tempo não tenho estas vontades...
De sentir teu peito, teu corpo, teus anseios...
Esta vontade louca de te abraçar e sentir o pulsar de teu coração...
Tento adivinhar quantos amores nele habitaram, e quantos sobreviveram...
Fecho meus olhos, com dedos trêmulos começo a delinear teu rosto... tua boca... imaginando a suavidade da tua pele...
Teu cheiro começa a se emanar pelo ar...
Ah! Quantos desejos...
De sentir tua respiração,teus gemidos, ao toque de minhas mãos...
De um dia poder ter teus olhos semi-abertos, delatando tuas vontades, como que gritando para eu não parar...
Minha língua começaria a viagem, sentindo o calor de teu corpo ardente e trêmulo... E você com os olhos fechados, apenas fica sentindo minha exploração a cada milímetro de teu corpo... se perdendo neste jogo de sedução...
Passeio pelo teu corpo, sem pressa... sem pudores... Descobrindo teus desejos mais profundos...
Teu corpo, então, se alucina... clama pelo meu...
E, neste instante o mundo se resumeria nesta nossa entrega, estampada de prazer...
O mundo se resumeria apenas em nos dois!!!

Autora:Eda.S.L.M.S.

Foto de Sonia Delsin

OS DEDOS DO DESTINO

OS DEDOS DO DESTINO

Tínhamos que nos encontrar.
Os dedos do destino tracejavam.
Nas cortinas do infinito rabiscavam.
Nossos nomes juntinhos.
Uma vivência?
Um tempo?
Uma experiência?
Que posso dizer de nós?
Que somos lindos?
Que estamos prontos?
Posso dizer que nos encontramos.
Que caminhamos...
Talvez buscando uma estrela longínqua.
E o brilho dela está sendo a razão de nossos dias...

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DEVASTO INCOLOR

DEVASTO INCOLOR

O branco do papel
Convidou-me para um romance
Seu corpo transparente
Ludibriou-me os dedos
Devasto incolor
Roubaram-me palavras
E histórias também...
Convidou-me para um sonhar
Um conto ou segredo
Bem que poderia negar
Mas... Este branco
Me assalta de preenchimentos...
Então despertei a poesia
Palavras e palavras
Pela tinta esturricada
Extravasar a dor
Embora soubesse
Havia de me perder
Mas... Este branco
Me vara o pensamento
O branco do papel
Convidou-me para um confessar
Um amor que passou
Ou um medo!
Mas este branco do papel
Quem diria!
Sucumbiu na escrita.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village Dezembro de 2008 no dia 22

Foto de Sonia Delsin

TEU CALOR, AMOR

TEU CALOR, AMOR

Quando tua boca quente na minha se encosta
encontro a resposta.
É tanto desejo.
Anseio pelo teu beijo.
Vem, amor.
Vem me trazer teu calor.
Desliza os teus dedos no meu corpo.
Vem.
Vem me convencer.
Que o tempo não está a correr.
Que ele está estacionado.
Parado.
Paralisado.
Assim.
Tua boca na minha.
Nas cortinas do infinito quero este momento bonito...
eternizado.
Sempre serás o meu amado.

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CIGARRO AMIGO

CIGARRO AMIGO

De bituca em bituca
Nas calçadas desta vida
És falado mal nas bocas
Desta sociedade maluca.

És como eu;
Consumido a cada trago, e...
Queimando assim por dentro
Até que as cinzas nos separem
És assim como eu.

És comprado pelos bares
E eu pelas urnas
Causando a dependência
Da cabeça imatura
És comprado como eu
Pela falta de cultura.

Cigarro amigo;
A cada suspiro
Na cadeia de inimigos
És fiel até a morte
Do primeiro ao vigésimo
São tantos a serem consumidos.

Se te lanço dos meus dedos
É que não te quero nos meus lábios
Tua alma em fumaça dispensa da narina
Se te lanço dos meus dedos
És bituca, cigarro amigo...
Nas calçadas desta vida.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2002 no dia 18
Itaquaquecetuba (sp)

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