Crianças

Foto de DeusaII

Não Chores! (Dedicado a todas as crianças vitimas de fome e da guerra)

Como estamos próximos do Natal, altura de prendas, alegria e paz, relembro todos aqueles que não têm nada, todas as crianças deste mundo vítimas de fome e da guerra. Este vídeo poema é dedicado a todas elas, para que sejam sempre corajosas e que um dia possam reencontrar a felicidade e a esperança.

Foto de Sonia Delsin

GOSTO DE AMAR

GOSTO DE AMAR

Gosto de me deitar de bruços.
De rolar na cama.
De deitar na grama.
Gosto de quem ama.
(Profundamente).
De quem é gente.
Gosto de crianças.
De gente sorridente.
Gosto de andar na rua.
De admirar a lua.
De ficar nua.
Gosto.
Gosto de viver...
Ó, tanto, eu gosto.
Gosto de doce de mamão.
Daquele que só minha mãe sabe fazer.
Gosto de escrever.
E ler.
Gosto tanto, tanto de aprender.
Gosto de flores.
Todas.
Como vou falar que uma é mais bonita?
Se a outra de ciúmes grita.
Gosto de cachoeira.
Da água gelada.
Gosto de rua molhada.
De flor orvalhada.
Gosto de dar risada.
Gosto de circo, parque.
De roda gigante.
De gente elegante.
Gosto de gente simples.
De casas pequenas, singelas, belas.
Gosto de humildade.
De sinceridade.
Gosto de entrar nas igrejas.
Ficar quietinha olhando nadinha.
Sentindo tudinho.
Gosto de pão quentinho.
De nadar devargazinho.
Gosto de andar.
Cantar.
Gosto de amar.

Foto de Dennel

Na roda do girassol

Quisera eu dar-te os raios do sol
Ou a beleza da sua iluminura
Quisera dar-te flores de pétalas douradas
A mais viva, linda criatura!
Uma flor fantástica, um girassol
Sei que vivo um conto de fadas

Quisera eu segui-lhe os passos
Em busca do sol da minha vida
Seguindo sempre em compasso
Em busca do seu imenso calor
Em busca da palavra bendita
Dita, sussurrada com fervor

Quisera que não houvesse nuvens
A eclipsar o meu sol
Deixando-me vertigens
Em busca de um girassol

Quisera que noite fosse dia
Que o dia fosse alegria
Que nuvens fosse sol e chuva
E as crianças brincando
Nos campos floridos de girassóis
Cantando: sol e chuva: Casamento de viúva

O que mais havia de querer
Ou desejar de bom embaixo do céu de anil
Se as noites estreladas foi meu viver
E hoje vivo estação primaveril

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de jeankarlos

HIPOCONDRIA ( JK INSANO )

Melancólicos são nossos passos em nossos caminhos estreitos.
Inseguros são nossos sorrisos em nossos rostos indefinidos.
Triste é tempo solitário e eterno dos nossos dias.
Escreveram com tinta preta em nosso peito “Hipocondria”.

Acrobáticos são nossos sonhos que duram alguns segundos.
O desanimo do nosso corpo é interminável.
O medo inevitável.

Depressivos são nossos ambientes, desbotadas nossas certezas.
Extensas são as frases negativas que podemos criar.
O melancólico depressivo é capaz sequer de amar.

E as nossas flores, as crianças, nossos amores e alegrias.
Guardamos numa caixa chamada “HIPOCONDRIA”

JK ( INSANO ).........................................................................

Foto de jeankarlos

ORAÇÃO DOS EXILADOS

Senhor!

Minha terra tem fumaça

O céu não da pra enxergar

As aves intoxicadas

Não tem forças pra cantar.

Nossas crianças têm fome

Vivem em morros dos horrores

Trazem droga empacotada da juventude roubam as flores.

Minha terra tem indiferença o que não existe aqui

Tem choro de criança o que não suporto mas ouvir.

As aves intoxicadas

Não tem forças pra cantar.

“Deus, que eu morra mas não volto para lá.”

( JK INSANO )

Foto de janaina barbara

O negro lado da noite

O negro lado da noite

Fazia frio. A madrugada era um breu... Tudo era calmo demais. A vida parecia parar por um instante. O negro lado da noite ocupava o lado vermelho do inferno... O mundo parecia ter parado no tempo e no espaço. O sonho adormecido tentava descansar na calçada do sofrimento. A lua se recolheu por algum motivo inexplicável.
O mendigo que não fechava os seus olhos, tremendo de frio, naquela cidade sem alma e sem governante, embrulhado feito “saco de lixo”, em papel velho de jornal, parecia um bicho arisco, estava atento a tudo e ao nada; com medo, e já sem motivação para viver vida.
Aquela rua parecia um cemitério de vivos desesperados. Era um após o outro. Crianças, velhos, jovens eram os esquecidos, os abandonados, os sem sortes, os sem abrigos, os sem vida.
De repente, o Negro lado da Noite, indaga aquele que não dormia os olhos, e diz:
- Por que você vive desse jeito,nessa miséria humana, não se envergonha?
- Vevo assim, purque num sei falá como dotor, num tenhu diproma.
- Mas isso não quer dizer nada. Tem muita gente que não é doutor, nem tem diploma e leva uma vida digna, tem família, tem casa, tem comida, tem Deus, enfim.
- O sinhô fala assim purque não veve aqui nesse mundo disgraçado... Já tivi tudo isso, mas esse Deus que o sinhô diz, pra mim num ixiste, moço. Tirou tudo de mim. Já tivi famia, já fui da roça, mas cansei. To pidindo pra morrer faz tempo, mas até a morte – essa disgraçada - num mi quer.
- O senhor está desiludido. Sua desilusão é mais mendiga que sua situação. Sua miséria está dentro do senhor. Quando se perde a vontade de lutar, de vencer, de querer viver; se ganha à desgraça por premiação, é a falência humana. Vira um trapo como o senhor.
- Num sei o que o sinhô qué dizê cum isso. Mais, a pior disgraça é ter a disgraça pra oiá. .. Vê um monti di disgraçados qui vevi du meu ladu, moço. Aqui devi sê o inferno. .. Oia lá! Aqueli bateu as botas, viro picolé. Ta cum sorti.
- Não. Não foi ele que bateu as botas... Vamos, Temos um dia todo nos esperando e uma noite infinita pra andarmos... Lá, você vai contar sua história e vai dá conta de seus dias vividos aqui. Vamos... Agora ninguém mais pode te ver, te ouvir ou te salvar.
E, assim, o Negro Lado da Noite cochilando, dormiu... Viajou. E a lua começou a mostrar a sua silhueta lentamente, como quem estava despreguiçando numa rede à luz de velas.

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Foto de pttuii

Engasgo

somenos de palavras encravadas na epiglote,
desmancho um pedaço de silêncio para lavar o estreito,
porque o silêncio,
a falta de menoridades, engasga,....

soluço de pasmo com o que não dizer,
com o que não falar,
com o que se poderá sentir,...

ladeiras suadas que escalo só,
só para murmurar presente,...

nuvens climatizadas,
poros de sorvimentos divinos
que tombam sobre a terra,
não chegam para levar de mim
o afago de dizer nada,
para nada sentir,
para tudo reviver,....

serei primazia de sofrimento
pré-determinado?,
e o que me olha desconfiado
enquanto rebato,
retardo,
reaproximo a vida da cútis que me arde?,

já vejo mulheres a romancear
com insultos,
crianças que pedincham ao verbo
por doces e tempo solto com a vida,...

a vida desmente-me dogmas,
diz-me que de tempo a restar
será o sufoco que sinto,...

e porque não menos que muito,
sempre foi o que aspirei,
silêncio,
rendo-me à música solene
dos despejados de espírito.....

Foto de Sonia Delsin

NÃO SOMOS

NÃO SOMOS

Não somos feitos de vazios.
De dias frios.
Não.
Somos calor.
Amor.
Somos toda expressão do divino.
Ainda que em alguns momentos nos sintamos tão sozinhos.
Tão carentes, tão descrentes, tão indiferentes.
Já reparaste no vôo de uma águia? Ela busca altura.
Já reparaste num filhote de leão?
Não é uma coisa mais pura?
Um dia ele terá um comportamento diferente.
Não que seja agressivo.
Sobreviver é preciso.
E ele tem instinto selvagem.
Faz parte da sua viagem.
Não somos feitos de aço.
Somos loucos por um abraço.
Não vá negar que gostas que alguém venha te abraçar.
No fundo, no fundo... somos eternas crianças brincando de gente grande.
Querendo mostrar que conseguimos lá chegar.
Em que lugar?
Naquele que nos projetamos.
Naquele que acreditamos.

Foto de Sonia Delsin

REFÉM DE MIM

REFÉM DE MIM

Me prendi no meu laço.
Me fiz minha escrava.
Domei meu gênio de fera.
Corri as unhas na madeira.
Pra não ferir meu coração.
Esmaguei pedaços de algodão.
Entre os dedos a areia a escorrer.
A ampulheta do tempo a me dizer.
Que não sou dona de mim.
Que correm águas por baixo de pontes.
Que duas crianças caminham por estradas do futuro.
Que não existe porto seguro.
Que se escondem bruxas em porões escuros.
Ameaças atrás dos muros.
Amordaçada, ameaçada.
Me vejo a voar num espaço meu.
Onde nada me ameaça.
Nem eu...

Foto de Rosinéri

DESESPERO

Choro,
Por todos os mortos ignorados;
Choro,
Por todos os corpos mutilados;
Choro,
Por todas as crianças estropiadas e massacradas;
Choro,
Por todas as mulheres violadas e abandonadas;
Choro,
Por todos os horrores da Guerra
Que apagaram, dos olhos das crianças,
O fulgor da infância
E a alegria da esperança.
Depressa! É urgente!
Acabem com a Guerra,
Com as vidas destroçadas.
Abracem-se irmãos,
Apazigúem os vossos corações
E tragam-nos a Paz!
Já não tenho mais lágrimas
Pra chorar
Por esta minha Angola martirizada!

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