Crianças

Foto de Melquizedeque

Palavras

Tortos, becos, mortos, vinhos, pássaros, chistes, ópio
Crenças, medos, nascenças, velórios. Está sentenciado!
Talvez sim, talvez não... Eu nasço; tu morres; ele sobrevive
Acreditas? Estava lá... É secreto. Não me atentes!

Sobrancelhas desenhadas, virgens já violadas, essa, aquela, aquilo
Crianças que choram, que perdem os dentes. O tempo demora!
A vida me é imposta. Venhas morte, com a passagem de volta
É crime... Não se importes. És tu um náufrago nessa estória

Cadeias te prendem. Dê-me a mão, estou aqui fora!
Saia de meus pensamentos. Meu frenesi... Por que estais aí?
Eu temo não temer quando você tiver medo de mim
Por favor, fique! Esconda-se rápido, durma...

O que fizestes? Não era pra ser assim. Consegues me ouvir?
Respire, respire! Esse coração bate forte com o medo da vida, o anseio da morte
Pare! Cubra sua nudez. Vista-se com isso, com a honra que lhe dei
Tão lindos seus olhos, nesse seu choro sorridente. Tu já vais...
Não quero mais! Leve essas páginas. Jogue-as aos vendavais

O importante não é ter a importância que tanto lhe importa
É simples. Está aqui, ali, acolá... Não entendes o que digo?
Acreditas? Palavras que exportam. São fábricas, são fadas
Arquitetam sonhos, trocam mente por alma. Apenas palavras...

(Melquizedeque de M. Alemão, 13 de abril de 2011)

Foto de odias pereira

"TRAGÉDIA DE REALENGO "

O meu coração esta de luto,
Depois de ter assistido nos jornais e na televisão.
Uma tremenda covardia um insulto,
Essa tragédia do Rio que feriu o meu coração.
Esse louco varrido,
Que invandiu essa escola.
Deixou o nosso povo querido,
Triste e que chora té agora.
Não entendo o porque,
Um ser humano normal.
Derrepente sem querer,
Se transforma em um louco, um animal.
Deixa de ser um filho de Deus,
Incorpora a imagem do cão.
Vira um louco um fariseu,
E destroi vida, matando corações.
Os anjinhos que lá estavam,
Não faziam mal a ninguem.
Apenas estudavam,
Para um dia ser alguem.
Derrepente entra um louco,
Invadindo o seu espaço.
Dando tiros um sufoco,
Tirando das familias , um filho um pedaço.
Mães e pais estão de luto e chora,
A falta de um filho quera seu dengo.
Crianças que morreram e foram embora,
Por causa de um louco,que causou essa tragédia em Realengo....

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
12/04/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Lamúria - Parte 2

Ah, paz no mundo que nunca chega...

Estou em um telecentro. Finjo esquecer os cheiros que a cidade e minha existência me obrigam a discernir. O município onde moro está repleto de drogados. Pessoas se dopam para demonstrar clareza nos pensamentos. Não há muita lógica nisso. Olho para a tela de um computador público, imagino quem havia de tê-lo tocado e ainda assim amo aquele porco. Sou cristão, por educação familiar. Acredito no que dizem na igreja que nunca vou, pela esperança de ser verdade, tudo parece tão bonito lá. Lembro-me: sou paulistano. O Rio de Janeiro não deveria ser meu foco de atenção. Ainda mais um lugar sem praias. Amo aquelas crianças que morreram, mesmo que elas me odiassem antes, sem saber da minha vida. Não me sinto um justiceiro. Não quero ser um.

Amai ao próximo como a ti mesmo, diria a Bíblia.

Ah, paz no mundo que não chega!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Lamúria - Parte 1

Ah, paz no mundo que nunca chega...

Sempre existirão os esquizofrênicos, sempre existirão. As armas, as farpas dos loucos e dos viciados, as falhas que não se reconhecem, e não reconhecemos por conseqüência, as crianças que morrem todos os dias, os adultos que pensam ter plena consciência do que fazem, as caças às bruxas, nada, nada disso resolve o problema do medo, da ofensa, da tentativa de espremer uma vantagem sobre o outro, de ter completa segurança em um infinito obscuro que o universo é, de conseguir um sentido em meio ao caos das mortes e dos mistérios.

O que aconteceu Realengo infelizmente não foi nada demais, gente.

Ah, paz no mundo que nunca chega...

Foto de Diario de uma bruxa

Silenciou o Brasil

As luzes da cidade se apagaram
A penumbra tomou conta de tudo
O frio o medo enfraqueceu o coração
É triste a situação

Estamos de luto
Por causa de um atentado que nos chocou
Muitas vitimas... “Crianças”
Morreram ali

Não havia socorro
Não tinham como correr
Não puderam fugir dali

Foram vitimas de um louco
Que sem um mínimo pudor atirou
E em nenhum momento hesitou
Apenas matou

Tirou deste mundo inocentes
Silenciou o Brasil
Feriu o coração de pais
Que ele nunca viu

Hoje o Brasil não dormiu
Apenas velou e chorou
Pelas almas que daqui partiu.

Poema as Bruxas

Foto de Marilene Anacleto

É Amor

*
*
*
*

É amor
Essa dor que consome e afoga o peito,
Que a respiração ofega e prende,
Ao pensar nos olhos nevoentos,
Do menino que se tornou tormento.

E agrediu sua Santa Alma,
Mais do que a alma de outrem,
E levou tragédias e mágoas
Para muito mais além do Além.

É amor
A dor que em nós sonambula
Em meio a desesperos e ais,
E em incensos levam o olhar santo
Das crianças que não veremos mais.

As nuvens, em véus de viúvas,
Transformam em luto o céu de outono.
Perplexos, sem podermos fazer nada,
Só a oração nos acalma e dá consolo.

É amor
As pombas brancas que levam a paz
E os perfumes que despejam os lírios brancos
Que enviamos à família e aos pais
Para que desfaçam a dor em suave pranto.

Ave Maria, cheia de graça...
Proteja todos esses nossos filhos
E Teu Amor de Mãe, nossas almas abraça,
Ao ajoelharmo-nos ao som dos teus sinos.

É amor
Que, de mãos postas recebemos
O conforto da prece de todos os irmãos,
Que não cessam de rezar socorros
Numa coroa de luz feito um só corpo.

Que o sonho do céu seja a anestesia,
E, em constante sopro, o Amor Divino,
Acompanhe-nos sempre, no abraço eterno,
Na árdua tarefa de viver a vida.

É amor
Cada flor que cruzar nosso caminho,
Cada pássaro que surgir em nosso céu,
Que nos recorde Deus, o Senhor da Vida,
Que, com Seus Sagrados Olhos, os recebeu.

Marilene Anacleto
08/04/2011

Foto de Marilene Anacleto

Estão Matando Nossas Crianças

Estão matando nossas crianças
Com drogas, com armas,
Com a TV, a internet,
E valores desviados
Do caminho do bem.

Estão matando nossas crianças
Com jogos de adultos
Com roupas de adultos
Com pensamento de adultos.

Crianças não mais correm,
Na Páscoa, atrás do coelho,
Sequer saboreiam nas árvores,
Os frutos colhidos com desvelo,
Nem demonstram gratidão,
Ao ganhar um novo brinquedo.

Não correm atrás de borboletas,
Não brincam de bem-me-quer,
E já não sabem o que é ser criança
Por ter demais, ou por não ter.

Precisamos rezar, cuidar, amar
O amor que acode, o amor que acolhe.
Mostrar o caminho de Deus,
Ensinar o caminho do belo e do bem,
Porque o mal não descansa, não dorme.

Quem receberá nossa herança,
De valores, de conquistas, de alegria?
Quem recolherá nossas almas,
Guardadas em papiros de poesia?

Marilene Anacleto
07/04/2011

Foto de betimartins

Os aprendizes!

Os aprendizes!

Como os seres humanos são buscadores de amor, sugadores de amor, aprendizes do amor.
Sem ele, algo morre dentro de si, seria como uma tormenta, um navio a deriva no mar, uma cidade em habitantes, sem flores, arvores, jardins e por ai fora
Fechem os olhos e se imaginem num lugar, magnífico, verdes jardins, cascata de água correndo, dentro pequeninhos peixinhos nadando, pedras multicores, brilhando com o sol a refletir os seus raios.
Imaginem uns lindos bancos, confortáveis, lembrem-se daqueles que gostariam de ter nesse belo jardim.
Tragam-nos, vejam eles a chegarem, vejam o seu deslumbre, sua alma aquietar, respirem o ar que ali se faz sentir, leve, perfumado, inalem lentamente e deixem-se ir, apenas...
Observem as flores, com atenção e compreensão, vejam o que as rodeiam, apurem os sentidos, lindas borboletas, quantas cores variadas, elas voam delicadamente, como se fosse uma dança, um agradecimento a flor.
Olhem as arvores, observem, olhem para o alto, vejam seus galhos, observem lentamente e veja a vida que ali habita, quantas aves, quantos insetos, escutem o canto delas, o canto dos anjos. A brisa, apenas embala as folhas e os grandes galhos da arvores, observe, apenas...
Veja o Sol entrar através dos ramos, olhe a luz, como ela é bela, tentem olhar mais o sol, sintam o calor a sua luz entrar na sua mente, tudo fica laranja, tudo fica intenso.
Conversem com seus familiares, deixem os problemas, os desentendimentos, as diferenças em casa, aqui são todos iguais, imagine o mundo exatamente assim, um mundo repleto de paz, harmonia e amor.
Escutem as risadas felizes, crianças brincando vestidas de branco, exatamente vestidas da mesma forma. Vejam seus cabelos de cor negra, castanha, loura e vermelha, seus tons de pele de varias cores, seus olhos de cores variadas, olhem e vejam a sua alegria, seu vibrar no amor.
Uma chega do seu lado e dá um abraço bem apertado, entregando uma bela rosa branca símbolo de sua pureza e amor. Sinta esse abraço, sinta a leveza de seu ser, deixe-se conduzir apenas e não deixe nenhum pensamento o magoar, apenas se liberte, deixe ir embora toda a dor e toda sua a magoa.
Pense em alguém que magoou, pense no perdão desse alguém, imagine o quanto seu coração sente aliviado tirar esse peso dentro de si, perdoe incondicionalmente, perdoe apenas, perdoa-se também.
Escute o rio, escute as águas, sinta o cheiro delas, do lugar, respire mais fundo, relaxe, deixe-se ir, olhe e veja o que acontece ali, o calor, as crianças foram brincar na água, veja as pedras brancas e negras, veja com elas estão arrumadas, em sintonia.
Deixe-se ir, mergulhe os pés na água, sinta-a, vamos sem medo, sente-se refrescado, aliviado, sente quase renovado e sua alma purificada, não tema é mesmo assim.
Quer conter as suas lágrimas não consegue, elas teimam em cair, olhe a sua volta, veja tudo e reflita porque tudo o que partilhou é apenas a vida.
Seu coração quer mudar, quer abrir partes que desconhecia, escute a voz que dele surge suave e meiga. Não tema, apenas escute a sua voz, ele fala sabia e como ele fala, aprenda a o ouvir.
Psiu! Escute a voz a tão falada voz que provem do coração, mas por acaso sabem quem fala? O vosso Deus que em vós habita o vosso templo, ele esteve sempre ai, esperando pacientemente o vosso despertar um dia.
Afinal Deus sempre esteve ai, aprendam a agradecer tudo que recebem e tudo que lhes és ofertado gratuitamente, pois apenas estamos aqui para aprender algo tão grandioso o amor e nada mais, o resto nada levam um dia...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 6

Não vou dar uma de Allan Sobral ou Vi Filho, que eu não sou galão d'água. As mulheres merecem o amor, assim como os pássaros, as borboletas, os mendigos e as pulgas por cima deles. Sim, até as pulgas!
Se amor é esse sentimento nobre e cristalino, inclusivo e receptivo, qual seria a causa de não amarmos as crianças abandonadas, os velhos nos asilos, os discusos chatos de cronistas que não mostram a cara, as moças gordas, os guardas em pé pedindo a parada do sujeito, aqui laureado por predicados, qual a causa de não amarmos o feio, pois o belo está afinal de contas guardado em atos e o que é mais fraco precisa prioritariamente de nós?
Sim, é isso mesmo que vocês estão pensando que eu ia dizer.
O amor é um sentimento injusto.

Foto de betimartins

Tocam os tambores de alegria.

Tocam os tambores de alegria.

Escuto o rir da minha criança
Entre as brincadeiras do meu Ser
Voando livre, sobre o belo horizonte
Descansado, feliz, no arco-íris...

Escuto as águas, correm felizes
E os meus pés, elas refrescam
Minha alma se suaviza, atrai
Todos os meus segredos escondidos...

Escuto o belo canto dos ancestrais
Entre a brisa que corre na montanha
Vejo o amor da fênix, o piar da águia
Os tambores batem ao longe, ferozmente...

Tudo permanece no mais amplo silêncio
Os rios correm para seus cursos
Os mares permanecem profundos
As montanhas ainda com vida...

E eu, ainda escuto meus ancestrais
Na voz do tempo que não encerra
No lamento da terra, que acalma
A sua alegria, nos filhos da felicidade...

São filhos do amor, filhos de Deus
São meus irmãos, ternas flores
Jasmins, rosas brancas perfumadas
Que os meus ancestrais acalmam...

Escuto as flautas tocarem a paz
Entre hinos de amor, harmonia
Que meus antepassados tocaram
Um dia, para os amados, filhos da terra

E meus ancestrais choram de alegria
Entre os despertares, da nova era
Onde os chamados, que são de amor
Na construção do novo horizonte...

Terra sem guerra, sem ódio
Terra cheia de produtividades
Sem cobiça, apenas fraternidade
Onde a união é um fato consumado...

União dos mundos, da terra
Dos seres tão aflitos, na dor
Não precisam mais de sofrer
Apenas viver na concordância...

Onde o respeito é ordem do dia
E as crianças o nosso maior tesouro
Nossos velhinhos, os nossos mestres
E tocam os tambores, dançam...

São os nossos ancestrais em alegria
Pois virá na terra um dia a amizade
Que amanha é será apenas mais um dia
A renascer dentro de ti e mim...

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