Crianças

Foto de raziasantos

Uma carta para Deus.

Uma carta para Deus!
Eu estou aqui nesse momento iniciando a minha jornada.
Esse amor que é o ar puro que eu respiro todas as manhãs.
Senhor Deus hoje de manhã ao abrir a janela do meu quarto
Fui surpreendida, com uma mãe que aos prantos arrastava seu filho de mais ou menos uns
Doze anos pelos braços, a criança estava visivelmente drogada:
A pobre mãe desconsolada senta-se na calçada em frente ao meu portão
Com muito custo ele consegue fazer que o filho se sentasse,ao seu lado:
Á mãe com voz doce conversa com o filho sua voz embaraça belos soluços de seu choro...
___ Meu filho você sabe o quanto eu te amo, sabe as lutas que passamos para te criar,
Somos pobres, mas nunca eu e teu pai deixamos faltar-te nada.
Aceita ir para o centro de recuperação pelo amor de Deus!
Enquanto á mãe falava o menino permaneceu calado.
Eu na minha janela me senti tão incapaz, olhei para o céu nublado coberto por nuvens cinza, e imaginei se a chuva, o sol, as arvores, é o milagre da natureza nos também somos então senhor resolvi escrever esta carta.
Nós nos emocionamos com todos os fenômenos da natureza, á chuva, os trovões,
Os primeiros raios de sol, as cores do arco Iris.
Por que o homes se emociona tanto com a beleza da natureza, e se esquecem
Das nossas crianças e adolescestes que se perdem neste mundo vil...
Onde esta o amor?
Este amor tão pregado, tão falado. Que amor é este que não se vive?
Enquanto no silencio e na intimidade dos meus pensamentos.
Emociono-me com os anjos de rua que mesmo recebendo os primeiros raios de sol
Perambulam na escuridão.
Serão estes os homens de amanhã?
O que nos reservas a dureza dos corações humanos...
Sei que esperamos demais para fazer o tem que ser feito.
Lamentamos que á vida e curta e agimos como se tivéssemos
Um estoque inesgotável de tempo...
Mas sabemos chegara o dia que a vida ira nos deixar, para um futuro incerto
Entregar-nos.
E essas crianças e adolescentes que hoje o mundo despreza.
Delas o que será?
Anjos de rua entre á miséria, drogas, perversidade de uma sociedade?
Ou destino?
Haveria em teu templo algo escrito e pré- julgado que desse miserável
Inocentes, serão as mascotes das cidades...
Senhor Deus esperamos demais nos bastidores quando a vida tem um papel para apresentar nos palcos.
Esperamos demais para dizer a palavra certa.
Palavra de amor, gratidão, perdão e paz...
Ou melhor, esperamos de mais para colocarmos em pratica todas
Estas palavras ditam com a boca e longe do coração.
Neste abismo oculto, nos entregamos às falsas promessas, deixamos
Enganar-nos, e acreditamos que como o sol contínuo a brilhar:
A vida de todos pode alcançar.
Mas nós nos esquecemos de para o mundo esse amor declarar.
Não apenas com palavras, mas com gestos e atitudes.
Por isso Deus está aqui para lhe pedir que mude nossas vidas.
Que possamos viver o seu tempo e amarmos de verdade aqueles que necessitam de amor.
Um sorriso amigo, um abraço, um prato de comida quente, e muito amor:
Seja quem for.
Abençoe senhor os anjos das ruas, não deixem que eles terminem seu tempo
Em uma pedra fria de um necrotério, ou por trás das grades do inferno.
OLHA meu Deus por esses anjos da rua.
Muda nosso coração, tira as pedras, da insensibilidade, e nos faz amarmos de verdade.
Perdoa senhor as nossas fraquezas, e nosso egoísmo, nosso desamor.
E dê-o meu PAI um mundo diferente, devolva o Deus as nossas crianças sua inocência,
Perdida neste tempo de guerra onde se predomina a dor e á maldade.
Guerras do nosso interior, sem propósitos por falta de amor.

Foto de betimartins

Olhar que vagueia na solidão da criança

Olhar que vagueia na solidão da criança

Na rua da calçada, vagueia uma criança.
sempre triste e sozinha!
Pontapé para aqui, pontapé para ali,
mãos enterradas nas calças esburacadas.
Olhar matreiro, esquecido.
Caminhando, com passos vazios,
cheios do nada, de sofrimento,
pés calçados pela calçada,
levados pelo frio
e pelo vento...
Olhar furtivo, e vazio,
cheio de puro abandono.
Olhar cansado e sozinho
sem ilusões e sem carinho.
Criança, criança que dormes
ao relento e sem abrigo,
passas fome e choras,
a tua mãe perdida.
Sofres as mais injustas
Humilhações, atrocidades
de adultos completamente perdidos.
Criança que nem conhece a arte de brincar,
talvez só teus brinquedos
sejam as coisas, jogados no lixo!
Talvez passe pela tua cabeça
que a guerra seja inútil,
que são crianças adultas
que brincam com sua morte...
E tanta coisa tu pensas.
E que eu tento, não compreender...
Porque passeias tão só na solidão da calçada?
Porque, tu sorris e cantas?
Porque é que ajudas,
quando tu te vês esquecido?
Será porque tu, criança.
não conheces o ódio e a vingança?
Será na tua pobreza?
Mas seja o que for amigo,
eu sei que o teu olhar
há sempre um coração de amigo,
que vagueia sozinho na calçada....

Betimartins

Foto de raziasantos

Um Grito na Escuridão.

Um grito na escuridão!
Um grito na escuridão.
Crianças perdidas na triste garra dos vilões.
Caminham saltitantes em busca de sonhos dourados
Muitas do alto do sertão; vêm para sua própria destruição.
Outras arrancadas de seus rotos lares com promessas de uma refeição.
Caminha errante sem nem uma direção.
Caindo nas garras do vil gavião.
Homens malignos disfarçados de gentil cidadão.
Dilaceram suas presas sem nem uma compaixão.

Crianças puras e sorridentes se entregam - se as serpentes.
Perdendo sua inocência, destruída sem compaixão.
Que dor! Amarga suas almas entrando nas covas dos leões.
Laboratório do diabo, outrora fixação.
Hoje a realidade de nossa nação.
O grito na escuridão só ouvido por seus vilões.
Ah!Se eu somente gritar bravamente o mundo não me escutara!
Mas se um exército se levantar um brado de vitoria vamos escutar.
Derrubando os gigantes que o próprio povo ajudou a levantar.

Recuperando as crianças para que novamente voltem a amar.
Pobres pequeninos indefesos gentis, destruídos por em seus próprios pais.
ÒH terra adorada e idolatrada tu és mãe gentil...
Olhai pelas crianças do nosso Brasil.
Hoje mais um corpo inocente esta na dura pedra do necrotério:
Ate quando continuara essa dor sem mistério...
Os hipócritas e covardes tampam seus ouvidos,
Para não escutar os gritos na escuridão...
Feliz daqueles abortados, pois não sofrem agora vendo seus
Corpos esquartejados.
Que desejo insano e maligno tem esses vilões.
A criança perde sua inocência ainda nos braços o brinquedo segurar.
Onde estão as promessas de amor a derramar;
Se nem por nossas crianças podemos lutar!
Do rosto inocente desapareceu o sorriso, desamparado
No meio das travas foi lançado, na cova do diabo.
Por homens engravatados.
No meio da escuridão os gritos de desilusão.
Apaga - se a vela do amor e compaixão.
Com um frio grito na escuridão.
Ouvi-se o gemido, mas tampam os ouvidos!
Brasil mostra tua cara...

Foto de raziasantos

A Última Carta!

Há ultima carta.

Entre mil novecentos e trinta nove, quando estoura a segunda guerra mundial:
Estávamos com nosso casamento marcado, por opção de meu noivo com seu patriotismo, resolveu alista-se para a grande batalha, não sei se sabia o que o esperava...
Seus pais como eu tentamos persuadi-lo a desistir, de lutar, mesmo porque se abreviássemos nosso casamento ele não seria convocado.
Mas quando amamos verdadeiramente não podemos podar os sonhos de quem amamos seria como se quebrássemos as asas de um pássaro.
As famílias dos pracinhas reuniam-se para despedida:
Da cidade onde morávamos eles eram transportados por trens, para um destino que nem eles sabiam onde seria.

Marcos este empolgado e orgulhoso em sua farda engomada, e bem passada.
Marcha sorridentes em direção á estação, onde eu e seus pais já o esperávamos, juntamente com outras famílias.
Eu usava um vestido de organza florido, meu cabelo dourados solto:
Estava ali ansiosa e aflita me orgulhava de meu amor, mas sabia que nosso destino agora era incerto, neste momento Marcos perdia a solidez da família e nosso calor, mas ganhava os aplausos e solidariedade de todos como também
Os demais soldados.

A me ver Marcos corre ao meu encontro tira sua boina e coloca no bolso, me abraça forte depois me toma em seus braços, me levanta como seu fosse uma pena, tão forte vigoroso.
Estávamos apaixonados, e nosso coração confirmava nosso amor.
Beijamos-nos longamente um beijo com sabor de despedida, mas cheio de desejos.
Ao som do hino nacional os soldados embarcam em busca da vitoria.
Como crianças inocentes estão eufóricas, como quem se espera um presente cheio de surpresas.
O trem fecha as portas e os sonhadores, exibem suas boinas nas janelas do aglomerado trem:
Entre os apitos, e fumaça desaparecem nas curvas das montanhas.
Marcos prometeu-me que me escreveria todo mês que para mim seria uma eternidade.
Quando o barulho do tem cessa, meu coração também se silencia.
Ainda sinto em meus lábios o sabor de sua boca, mas jê é grande a saudade.

Os dias passam lentamente, e para minha alegria recebo a primeira carta.
Marcos me escreve, com entusiasmo, e positivismos, diz estar tudo ótimo

Diz minha amada não se preocupe estou bem instalado em uma humilde hospedaria, mas tenho lençóis, limpos e comida quente, a guerra não é tão mal como se dizem.
Ele só se torna melancólico ao falar do nosso amor da saudade que sente do desejo que arde em querer me abraçar, me beijar, estar ao meu lado.
Neste instante eu o vejo sorrindo ao nos despedirmos, mas apesar da tristeza de sua ausência, fico feliz ao saber que ele esta sob um teto limpo com comida quente.
Começo há contar os dias para receber a segunda carta.
Assim meus dias passam mais rápido.

Por doze meses recebia suas belas cartas, a cada trinta dias eu já esperava o carteiro, com um copo de refresco ou uma xícara de café.
Sentia meu coração disparar quando o carteiro gritava meu nome ele já estava habituado, a todo mês me entregar à carta tomava seu refrescou ou café e assobiava acenado feliz por me dar boas noticias.

Eu me sentava ao lado da cachoeira nos fundos de minha casa, e com os pés na água espumante eu lia e relia todas as cartas.

Ardia em meu peito à dor da saudade e uma longa e intensa espera.

Mas as cartas tão cheias de incentivos e positivismos me deixavam, mais animada por saber que me amado Marcos estava bem.
Na pequena cidade que morávamos nunca recebíamos jornal.
E eu não tinha radio.
Meu coração por vezes apertava e sentia meu amor em perigo
Às vezes sonhava com ele sujo, e chorando...
Um amigo de Marcos volta para casa mutilado, depois que seu acampamento foi torpedeando.
Com a chegada de Mauricio entendi a dor de meu coração e razoes de meus sonhos, Marcos mentiu para mim, por todos esses meses, não tinha hospedagem com lençóis limpos, nem comida quente, tudo era sujeira e rastro de destruição, sobrevier não era uma opção, mas sorte.
Marcos não sabia que Mauricio tinha voltado, e continuava a falar coisas boas sem nunca deixar de me declarar seu imenso amor.
Meu coração agora é só dor, e medo, de perder meu grande amor.
A espera de suas cartas já não me deixa feliz, pois sei que ele mente.
Meus dias passaram a ser eternos, pois nunca via o tempo passar.
Todos os dias eu orava por todos que lutavam nesta guerra sem propósito.

Depois de onze meses as cartas cessaram!
E o silencio-me fez adoecer de amor, a saudade e incerteza tomaram conta do meu viver.
No dia vinte e dois de março de mil novecentos e quarenta e dois depois de mais de um ano no silencio, ouço novamente chamar meu nome, corro para abrir o portão, mas sei pela voz que não é carteiro, logo que abro o portão vejo um carro oficial militar parado em frente á minha casa um comandante tira a boina e faz continência me cumprimentado meu corpo estremece algo dentro de mim me diz que vou ter a pior noticia de minha vida, mas por outro lado eu rejeito esse pensamento e penso__ ele meu amor esta dentro do carro esta é a surpresa, o comandante olha em meu olhos um olhar distante e frio, com voz tremulas me diz meus pêsames senhorita, estou aqui para lhe entregar estas duas cartas,em uma eu reconheci imediatamente a letra do meu amor,mas no momento não tive coragem de abrir.
A segunda abriu diante dos olhos do comandante era uma medalha de honra á um herói morto.
Senti um vazio tão grande seguido de grande revolta, pois me lembrei de Marcos entrando naquele trem cheio de esperanças, e orgulho, por ir lutar por seus pais.
Olhei para o comandante que insensível a minha dor começou a detalhar a morte de Marcos.
Sem me despedir do comandante fui para nossa cachoeira ali eu li minha última carta.

Minha querida hoje te escreve para te dizer que estou indo com uns amigos para um novo lar, ainda não sei como será viver neste lar, mas sei que para sempre irei te amar, jamais se esqueça que nasci pra te amar.
Quando a saudade te sufocar lembre-se estarei entre as nuvens, e por todo firmamento a te olhar.
Lembre-se minha ama da nossa cachoeira, como as águas espumantes estão sempre, a nos abraçar, amo-te amor, amo-te
Adeus meu grande amor.
Assinado Seu unicamente Marcos.

E assim eu recebi sua última carta!

Foto de Marilene Anacleto

Alegria das Fogueiras Ciganas

Alegria das fogueiras
Nas noites de lua cheia.
Adultos, jovens senhoras,
Crianças em brincadeiras.

Depois a Dança da Luz,
De todas as almas faceiras.
Nossos corações se abraçam
Em torno da incandescência.

Todos fazem seu melhor,
Manifestam seu Divino,
De cada alma, a Essência,
No som mais que cristalino.

Guitarra em solo vai às nuvens,
Cada corpo em seu pulsar,
Não há quem contenha a emoção.
E os pés, em frenesi, a acompanhar.

O fogo dança em coloridas chamas,
O corpo esparge seu prazer e cor,
Recebe a alegria, e o viver com vontade,
Libera possíveis tristezas e alguma dor.

Se há corações partidos, lá se vão,
Num misto de nuvens e flores.
Almas abraçam esperanças,
Unem-se ao compartir sentimentos
E a dispensar o que pesa nas lembranças.

Em volta da fogueira, muita luz,
Muita leveza, muita paz,
Acende o pulsar de corações
Das Almas Gêmeas que estão a bailar.

Marilene Anacleto
5 de janeiro de 2008

Foto de odias pereira

" ADEUS MEU AMOR " ...

Depois de muitos anos casado,
Vou te revelar um segrêdo meu amor.
Puxe a cadeira e sente aqui do meu lado,
Pegue em minha mão e aperte com fervor.
Eu estou deitado aqui nessa cama,
Nos meus momentos termináis.
Lá em cima o meu amado pai me chama,
Pois estou nos meus minutos finais.
Amor, em todos esses anos que vivemos juntos,
Eu revelo a você toda verdade.
Em todas as conversas e assuntos,
Sempre te coloquei a par da realidade.
Fui fiel,como amigo,amante e companheiro,
Um bom marido carinhoso e honesto.
O meu amor sempre foi muito puro e verdadeiro,
Tenho orgulho de ter sido ao teu lado, esse homem modésto.
Amor, te chamei aqui, para te agradecer por ter me dado tanto amor,
Não quero que fiques chorando por mim, espéro.
Quando eu fechar os meus olhos e for.
Adeus meu amor cuide de nossas crianças,
De pra eles educação amor e felicidades.
E guarde sempre em tua lembrança,
Que eu sempre fui um espôso fiel, e dei pra familia muita felicidade.
Adeus meu amor....

São José dos Campos sp
Autor : Odias pereira
22/02/2011

Foto de annytha

O Mar (De Annytha para Oscar_Poeta)

Hoje o mar está calmo, assim como calma está a minha alma!
Gosto de ver as suas águas verdes, outrora, azuis,as vezes agitadas, as vezes tranqüilas, a sua grandeza, a sua beleza , me dão uma profunda calma.
Aprecio o azul límpido do céu! As gaivotas voam fazendo barulhos sonoros, parecem cantar uma linda canção de amor.

Não faz muito tempo, lembro ainda! Eu era menino, e por suas areias caminhava, jogava bolas, fazias castelos...Castelo de areia, mas quem sabe, na minha mente de menino, também fazia castelos de sonhos, só que eu não sabia, só sabia que os castelos se desmoronavam, mas hoje sei que os sonhos não morrem jamais! E eu, continuo a sonhar!!!

Sonhar com o amor,com a vida, sem deixar de lembrar que existe a morte ,que um dia eu poderei me levantar, andar nas brancas areias da praia, como fazia quando areia menino e depois de fazer meus castelos, me enrolar na areia até me sujar, corria pro mar e me jogava em suas águas mornas, pulando sobre suas suaves ondas, fazia estripulias, acenava pros meus amigos, fingindo me afogar...Coisas de menino!
Mas hoje, já não sou mais menino, mas com certeza, faria tudo igual, porque cresci por fora, mas por dentro, sinto que ainda sou aquele menino, que brincava na praia e fazia castelos pra depois dar pontapés só pra mostrar pros meus amigos que, assim como faço castelos de areia, também posso destruí-lo, coisa de menino...

Hoje, os meus castelos são de sonhos,e não mais de areia. Sonhos que jamais deixarei que morram. Lembro que alguém certa vez disse: Quando um sonho é grande demais, é melhor morrer com ele, ao deixar que ele morra sozinho. E como o meu sonho é grande, do tamanho do infinito deste mar, não quero morrer agora, sem antes do meu sonho realizar!

O mar...Quanta paz ele me dá! Quantas lembranças me traz do passado, um passado que há pouco ficou pra traz ... Um passado que me deixou profundas marcas, porque tive grandes perdas, mas não estou murmurando, apenas relembrando, que um dia tudo foi lindo, e hoje, apesar dos pesares, a roda da vida continua a rodar,assim como um caleidoscópio, mostrando suas mágicas e suas cores , e que as crianças continuam a sorrir, as flores continuam lindas, os pássaros, continuam cantando, o sol continua brilhando, os casais de apaixonados continuam se amando, e eu continuo vivendo...

Foto de raziasantos

Poderia ser diferente...

Poderia ser diferente.
No dia 13 de outubro de dois mil dez, por volta das dez horas da manhã.
Recebi um telefonema, era minha filha me avisando que o irmão de minha cunhada tinha sido assassinado.
Noticias como estas nunca são agradáveis, principalmente quando se trata de alguém próximo a nós.
A separação sempre e dolorosa, mesmo quando já esperada.
Então ao receber esta triste e trágica noticia sentei-me e fiquei meditando.
Eu o conheci quando meu irmão se casou com a irmã dele.
Nando era um jovem alto, moreno corpo bem malhado, um homem sedutor, educado, e muito prestativo.
Nesta época meu irmão era recém casado e foi quando ficou gravemente doente, ele tinha câncer no estomago, ainda muito jovem, mas...
Não se escolhe o nosso destino.
Foi neste período difícil que passamos que passei a conhecer Nando melhor.
Ele estava estudando enfermagem e se dedicou meu irmão com muito amor,
Nos últimos dias de vida de meu irmão a ajuda de Nando foi crucial, ele o levava para o banho trocava suas roupas, revezava com a família no hospital.
Nando era um ser de luz uma pessoa com alma caridosa.
Infelizmente se autodestruía era usuário de drogas, no inicio, maconha...
Considerada droga leve...
Meu irmão partiu, mas a gratidão pela força e ajuda em geral que Nando nos prestou jamais será esquecida.
Só que uma amizade não se constrói por gratidão.
Em cada, gesto, cada, ato, uma verdadeira amizade se constrói com pequenas
Partícula de amor ate que se transforme em amigo.
E era assim que eu o via como amigo.
Com o passar do tempo ele foi se afundando cada dia mais nas drogas.
Era casado tinha duas filhinhas lindas, mais tarde teve um filho.
O qual hoje tem três aninhos.
A família cansada de lutar desistiu dele, eu por vez poderia ter feito algo, mas
Não sei por que não fiz.
Ou talvez tenha tentado, não sei eu sempre conversei muito com ele tentei encaminhá-lo á uma clinica, mas não dependia de mim e sim dele.
Assim ele se perdeu de vez, abandonado, pela família, vendeu tudo que tinha pra comprar craque, vivia como um zumbi rondando a cidade, sem expectativas, de um novo amanhecer.
Ali sentada comecei a me perguntar o que poderia ter feito por ele.
O que deixei de fazer, como seria se ao invés de tentar tivesse obrigado ele
A ir para uma clinica:
Perguntei-me ate onde a família é responsável, como conseguir ajuda?
Não encontrei resposta, mas tenho certeza que podemos acreditar na recuperação desse pobre coitado, engolido pelas drogas, adotados por
Por traficantes que corroem a sociedade.
Eu acredito que o apoio da família é fundamental, pois meu filho era um usuário, e hoje esta limpo, veio pela dor, mas esta livre.
Infelizmente Nando não teve a mesma sorte, cavou e encontrou sua morte.
À noite fui para o velório, e encontrei toda família reunida, também os amigos da família dele também, eles choravam a perda do menino que fora criado juntos deles, eram vizinhos, que viram crescer.
Tudo estava normal como todos os velórios choro, olhares curiosos, flores que chegam amigos dando os pêsames velas...
O silencio da morte foi quebrado quando, uma das irmãs dele começou a montar uma mesa com lanches para os amigos que iriam virar a noite no velório.
Eu olhava o rosto dele no caixão estava tão sereno que nem parecia ter morrido de forma tão brutal.
Esta imagem ficou gravada em minha mente, agora ele encontrou paz.
Quando sua irmã terminou de montar a mesa, com as guloseimas, as crianças que circulavam pra, lá e pra cá inocentes sem saber do que se tratava.
Foram as primeiras a se servirem...
Mas o que mais tocou a todos foi o filho dele com dois anos e meio, ele correu pegou nas mãos da tia e pergunto dando pulinho de felicidade:
É agora que vamos cantar parabéns titia?
No silencio da morte á dor mais forte dos pobres anjinhos inocentes, seguem
Em seus caminhos incertos do dia do amanhã...
Que em teu último suspiro Deus possa ter tido misericórdia de ti.

Foto de odias pereira

" ÍDOLO " ..

Eu fui um ídolo um dia,
Um cantor famoso que arrastava multidões.
Vivia numa feliz armonia,
E era abraçado por todos os cidadões.
Em todo o show que eu fazia,
Lotava qualquer estádio.
O povo me aplaudía,
Não vencia dar entrevistas, nas Tvs e rádio.
Assim era a minha fama,
Cercado de seguranças.
Do meu lado uma linda dama,
E amado tambem pelas crianças.
Eu tinha dinheiro e mansão,
Carro do ano cartão de créditos e amigos.
Tinha até um avião,
Eu não lembrava dos sofrimentos antigos.
O tempo foi se passando,
Sucesso não fazia mais.
A fama foi acabando,
E os meus bens estava nos finais.
Passei a ser qualquer um,
Perdi tudo que eu tinha.
Hoje eu não tenho nenhum,
Sou igual a um galo de briga derrotado na rinha.
Que adiantou minha fama,
Se eu não soube aproveitar.
Até mesmo a minha dama,
Acabou de me deixar.
Hoje estou sem prestigio,
Um idólo eu deixei de ser.
Mais nem mesmo o vestígio,
Fará me reconhecer...

São José dos Campos SP
Autor: Odias Pereira
16/02/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 5

O amor é um problema crônico.
Sempre existe um comentário malicioso por detrás das câmeras. Sempre existe uma vida oculta nas cozinhas dos restaurantes. Sim, os cochichos das coxias, os bastidores das igrejas neo-pentescostais que vendem cocaína, as maquiagens de bancos que saem com água e sabão.
Mais que um problema, o amor é um entrave aos mais esclarecidos.
O amor possui entrelinhas que só os mais inocentes podem captar. As crianças que se adaptam ao mundo normal são concebidas ao som de pagode e morrem ao som de ambulâncias. Como achar lirísmo nessa situação tão simplória? Só o amor sabe explicar.
Existe um lado oculto nos seres humanos que há tempos não se pronuncia abertamente.
O lado bom.

Páginas

Subscrever Crianças

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma