Correntes

Foto de Paulo Gondim

Teu fantasma

Teu fantasma
Paulo Gondim
29.05.2006

Vejo-te nas pedras dessa rua
Essa rua escura, sombria
Que desce a encosta
Margeia o rio
Esbarra na serra

E em cada pedra dessa rua
Ficou um pedaço de teu medo
Um farrapo de tua beleza
Que o tempo levou
Nas águas do rio
E escondeu na serra

Cada pedra dessa rua escura
Te bateu na cabeça
Te esfolou viva
Expondo cicatrizes
Que o rio não levou
Nem a serra escondeu

Elas estão ali, uma a uma
Em cada pedra dessa rua
Como purga, como expiação
Marcas da desfaçatez
Feridas da dissimulação

E nesta rua escura, de pedras
Ouvem-se gritos, ecos
Na noite fria, nublada
Onde passeia moribundo
A puxar correntes
O teu fantasma

Foto de guilhermebelmont

Reprises

Quando afasto meus olhos dos teus,
eu me lembro e me dói por saber
que por mais que se peça a Deus
nenhum dia eu vou te esquecer.

A saudade é facada, é revés,
me machuca, maltrata com dor.
Há correntes de ferro em meus pés;
sou um escravo doentio do amor.

Fecho os olhos, revivo reprises
_uma pena que sofro demais.
São lembranças de dias felizes
que não voltam nem hoje, nem mais...

Foto de Solitário Erudito

" Pedido ao Amor"

Ohhh amor,

Liberta-me de suas correntes atroz.
Absorva-me do crime de amar e não ser amado.
Leve-me para mais longinqua dimensão onde não possa escutar sua voz lanhando meus pensamentos.

Livre-me de tanta dor;
Salva-me por favor;

Purifica-me com minha próprias lágrimas.
Devolva-me novamente a vida.
Cura-me dessa insólita enfermidade.

Livra-me de tanta dor;
Salva-me por favor;

Deixe-me novamente respirar
Faça-me arranca la para sempre do meu coração.
ou....
Diga-me que deveras ela me ama e está cega de paixão.

Mas ....

Livra-me de tanta dor;
Salva-me Por Favorrr !!!!!

Foto de Rolizey

Engano

E dizem que a escravidão acabou! Não sabem do meu sentimento de amor que coagido a viver acorrentado a falsidade, me assolou o viver no dissabor de uma vida medíocre, tornando-me escrava da mentira, mentira que ceifou-me a juventude alegre, transformando-me num ser propício as tristezas de uma vida idosa; As correntes que me ferem o punho do caráter sombrio estão enferrujadas pelo tempo, o tempo de velho tornou-se fraco e obsoleto não me dando condições dignas de liberdade, hoje, aspiro na misericórdia divina o rejuvenescer do meu tempo, a autonomia dos meus dias e a eleição de um amor passível de entrega mútua.

Foto de Rolizey

Liberdade Condicional

Busco na insensatez dos meus dias por motivo real que me estimule a alma no desejo de melhores condições emocionais, a fim de decifrar e resolver complicações interiores que me ferem no mais profundo da essência, e sentindo a existencia profana presa por um fio, tento soltar as cordas do destino que me enforcam os desejos mais íntimos de liberdade, liberdade da escravatura emocional, e exigindo a alforria de minha vida, que presa nas correntes de conceitos alheios impedem através de coação cerebral, o direito de destinar o que somente a mim compete solução, deixo-me levar por uma vida insatisfeita dotada de tristezas constantes, que me fazem adormecer em violento estupor, e através da chibata do senhor do meu destino, perco a oportunidade de libertar-me do cativeiro emocional, adquirindo apenas, uma liberdade condicional.

Foto de Jaque_m

Tudo Roda

Na roda da vida tudo roda, tudo gira, tudo muda de lugar, de figura, nada é mais do jeito que foi, nem a mesa, nem a cama, nem a sala de estar, nem meus olhos e tão pouco o meu olhar... O ponto de vista já não é mais aquele de ontem, mudou! O que eu pensava ontem não penso mais hoje e nem me lembro como cheguei a conclusão de pensar o que penso, não me lembro o que me fez pensar assim, pensar que isso ou aquilo é a melhor opção, a melhor coisa, o melhor acontecimento, a melhor visão do mundo, das coisas, da vida, de tudo... A roupa que eu usei ontem, hoje eu detesto, não tem nada a ver comigo, com minha personalidade, com meu jeito de ser, de ser? Mas quem sou eu hoje? Quem pode me garantir quem eu serei amanhã? A única coisa que sei é que não tenho certeza do que sou e do que quero para mim, pois hoje o que ´lindo amanhã é muito feio, o que é legal, depois fica muito chato e me incomoda, me irrita, me estressa, enche minha paciência e eu não quero mais... O que hoje eu não quero, amanhã posso querer, posso ir atrás... Mas hoje eu tenho medo do novo, tenho medo de não dar conta do novo, tenho medo da novidade, e então penso que é melhor as coisas ficarem como sempre estiveram, do mesmo jeito, no mesmo lugar, da mesma cor, com a mesma forma... Agora quero tudo novo, cansei do velho, quero novidade, quero desafios, quero saber que posso ir mais além, que sou capaz de conseguir... E assim a vida roda, tudo roda e eu não saio do lugar, pois cada vez que dou dois passos para frente, o medo me abate e dou mais dois passos para trás, quero me livrar disso, quero me libertar, quero quebrar as correntes que me amarram a essa realidade irreal...queor sumir, quero ir embora, quero fugir, quero ficar, quero permanecer, não sei mais o que quero, quero viver, quero morrer, quero ser eu e ser outra, quero poder ser duas para cada uma fazer uma coisa, só assim daria conta de ser tudo o que quero...

Foto de Enomis

Prisão

Perspectivas falhas
Longa espera de saudade
Banhos de sol ao luar
Madrugadas preenchidas com a solidão

Nas correntes do amor
Eu me prendo por vontade própria
Permaneço por necessidade
Vivo por intensidade

Aos olhos da prisão permaneço
Como uma sentença a ser cumprida
Dura pena de viver de você
Pelo resto da vida

Foto de misteriosa

Eu e tu...

Amando o vento, olho o horizonte e vejo a minha felicidade esvoaçando ...na tua imagem.
Hoje sou o que resta de uma ilusão perdida no Passado e Futuro.
De uma ambição desmedida de liberdade, onde me perdi...á procura.
Estou presa nas correntes do momento.
Das horas ...minutos e segundos ,a cor esmoreceu de esperança a simples tentativa de breve felicidade.
Ás vezes esqueço quem sou, talvez uma ave que perdida de tanto voar perdeu as asas.
Meto os pés na areia , pequenos grãos minúsculos se perdem entre a minha pele ,
Enterro-me na sede de saber...
Onde estás tu... Oh vida.... Que me abandonas!
Vivo...Morro .
Talvez um dia eu descubra o teu paradeiro insensatez , e seja feliz nos braços da loucura vã.
Que por ser cega eu não veja o quanto estou cansada de procurar.
Essa vida ...
Eu, a que procura.

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