Circo

Foto de AjAraujo poeta humanista

O passaporte de final de ano

O teu segredo é fraco!
É vago, é tolo.

O teu remédio é placebo!
É amargo, é puro engano.

O teu amigo é falso!
É agiota, é tombo certo.

O teu retrato é velado!
É apagado, é sombrio.

O teu extrato é negativo!
É sem crédito, é puro falso.

Todavia, repara: o mundo ainda não acabou!
nem a mulher dos teus idílios
nem a cidade-fantasma dos teus pesadelos
nem a taberna de teus porres homéricos
nem a livraria de tuas fugas intelectuais

Mas, é fato: O teu mundo mudou!
seria a roda gigante do circo da infância?
seria a dançarina ou o palhaço da alegria?
seria o trapezista ou o domador da fera?
seria o remendo da calça na festa junina?

Teu uísque é rótulo falso!
É cefaléia certa, é ouro de tolo.

Teu protesto é puro ócio!
É chuva de verão, chope no Amarelinho

O teu amor é passageiro!
É somente sexo ficante, por natureza vazio.

O teu motor é trem de subúrbio!
É sufoco certo, da Central à Deodoro.

O teu sorriso é puro ensaio
É fogo de palha, ator sem teatro

E agora? O que pensas fazer
Vais ficar ou partir?

Não penses em Minas!
pra minas se foi José, nada mais,

Não penses em Maria!
Maria foi pra Bahia, pro terreiro de mãe-meninha

Não penses em fugir!
As ruas alagadas, estradas tomadas, que fazer?

Não penses em ajuda!
Todos se foram para Arraial D'Ajuda

Fique aqui "curtindo" ou vá para Brasília!
Capital dos ratos do serrado central
Da farra geral dos "políticos" e lobbistas
Da barra pesada dos candangos e migrantes,
E dos esotéricos e anjos emudecidos em geral.

AjAraújo, o poeta humanista.

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

JA CONHECO

JA CONHECO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Ja conheco o teu olhar
Que incendeia o meu coracao
Mas tambem conheco o penar
Que vem com esta paixao

Horas felizes e beijos ardentes
Que varam as noites de verao
Mas cruas cicatrizes vivas e quentes
Que se apresentam bem na depressao

Se nao e amor
Nao funciona
Somos vitimas da dor
Um circo sem lona
Dois perdidos nos lencois
Mal amados e a sos
Bomba que nos destona

Ja conheco a docura de teus labios
Que se abandonam nos meus
Mas sinto os gostos amargos
Que ja nos previnem do adeus

© 2009 Islo Nantes Music

Foto de Débora Ennes

Nossa História.

-

Nossa história começa assim,
eu morava aqui em Quatro Barras,
e você morava pertinho de mim,
não nos conhecíamos .

Mais como a vida é estranha
Eramos eu e a solidão
Mais ali bem perto estava,
A outra metade do meu coração.

Nos conhecemos no Orkut,
la estava você seus recados,
e um pedaçinho de você e eu pensei
em fazer algo para poder te ver.

Um dia inesquecível,
Circo,palhaço,chuva,frio,
Mais que história é essa?
Na verdade é ai que tudo começa.

Começa mais que um simples encontro,
era como um conto de fadas
duas pessoas que não se conheciam
cruzavam a mesma estrada .

Eu tímido estava,
Aquele era o momento que eu tanto esperava,
Bem diante de mim
A mulher com quem eu sonhava.

Eu nunca fiz algo assim,
era algo super novo para mim,
eu avistei você e queria logo te ter
um cara lindo de morrer.

Eu não sabia o que falar,
Naquele momento me faltara o ar
Pois bobo fiquei,
A sua beleza admirar.

Depois de muito nos encontrar,
veio o pedido mais desejado,
algo que era maravilhoso,
era eu sempre poder estar ao seu lado
poder ter você como meu namorado.

Os obstáculos vieram provar,
Que esse amor é verdadeiro,
Por ele choramos,mentiras contamos,
Mas unidos a vida enfrentamos pra juntos ficar.

Depois de muito insistir,
meus pais deixaram de proibir,
sofremos lutamos,
persistimos e conseguimos.

A felicidade chegou,
Com ela a tristeza passou
Todas as dificuldades
O vento pra bem longe levou.

E estamos ai felizes da vida
com nosso amor nossa paixão proibida
aumentando a cada segundo sinto
que esse amor é o maior do mundo.

Estamos aqui a resumir,
a nossa história de amor,
que começou que teve obstáculos
que só o amor superou,
Sou tudo pra ele,
e ele é tudo para mim.
Vivemos SIM,
uma história de amor que não tem fim ...

Débora Enes.
Jefferson Marentovisch.

Foto de Chácara Sales

A Voz de um Mendigo

Ando com a solidão
Pelas ruas nuas, pelas ruas vagas,
Pelas noites escuras, pelas noites claras,
Pelos cantos sujos, pelos cantos limpos,
Sem o ar da graça pela imunda praça.

Na chuva fria, canto alegre;
Observo-a lavar as calçadas,
Formar no chão lindas poças d'água,
Correr de uma esquina à outra
E depois de cansada tornar-se garoa.

Tremo com a roupa molhada.
Passo de bairro em bairro, bato de porta em porta,
Como o que me dão, um pouco de sobras.

Adormeço em um banco qualquer.
Durmo sem um: Boa noite!
Acordo sem um: Bom dia!
Bate forte o sol no rosto,
Da pra dar um sorriso.

Não preciso de cômico nem de circo,
Só a fé em Jesus Cristo.

Sob a noite estrelada elevo a prece,
Voa como águia, sobe como foguete,
Chega como trovão, humildemente.
Lá no alto há quem escute a voz de um mendigo,
É o Deus da Gente!

*Autor: Chácara Sales

Foto de Agamenon Troyan

AMIR MIGUEL, O MAETRO DO POVO

AMIR MIGUEL, O MAESTRO DO POVO

O Fanzine Episódio Cultural foi até Serrania-MG, conhecer um cidadão que há anos vem se dedicando à formação de novos músicos. Seu nome, Amir Miguel Sobrinho, 67 anos.
Aos 12 anos já tocava trombone, piston, sax e teclado ouvindo sucessos de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e Lupicínio Rodrigues, graças ao incentivo de seus pais, o Sr. Antônio Miguel Sobrinho e Maria Moreira Sobrinho.
Uma das pessoas que o ajudou a aprimorar-se foi o maestro Emílio Rodrigues, natural de Areado-MG, que durante 20 anos lecionou em Serrania.
O pai de Amir, cujo apelido era “Totonho”, também foi um grande defensor da cultura. Nos anos 50, ele mantinha uma banda (a Lira Serraniense) e uma companhia de teatro amador que se apresentava na região com peças adaptadas de antigas revistas de teatro. Certo dia a cidade ficou em polvorosa: o Circo Teatro Índio do Brasil, mais conhecido como o “Circo do Pelado” estava chegando!
O palhaço “Pelado”, juntamente com o seu filho, Waldemar Augusto, o palhaço “Bigola” – ambos de Martinópolis-MG – por muitos anos apresentaram seu espetáculo no sul de Minas. Amir – que já tinha experiência de palco – acompanhava o circo apresentando-se como palhaço durante suas férias na antiga fábrica de queijo.
O sonho de Amir era oferecer um ensino gratuito de música para crianças, jovens e adultos. Como não encontrou nenhum apoio resolveu encarar o desafio sozinho. Por vários anos ensinou e formou novos músicos sem ganhar nada! A notícia espalhou-se pela região atraindo a atenção de Jornais e Redes de TV.
A bateria usada para ensinar foi presente de um ilustre filho de Serrania, o jornalista Ney Gonçalves Dias. Com seus alunos, Amir montou a “Banda Show Antônio Miguel Sobrinho”. Essa banda – que também não recebe nenhum apoio – vem se apresentando em algumas cidades da região, ora com alunos jovens, ora com adultos. “A música possibilita que as pessoas fiquem mais sensíveis à vida”, disse o maestro.

Contatos: (35) 3284-1449 / Serrania-MG

Foto de POETAREMOS

Exclarecimento

*
*
*

Há um grande engano
Na origem da poesia
E quem a escreve
Uma gigantesca distância
Separa as energias
Flui do instante zero
A fera selvagem
Onde poucos tem audacia
De desvendar na íntegra
A forma de chegada
É onde entra em cena
O "gênio" de todos
Que na verdade não passa
De um tolo das letras
Uma Maria vai com as outras
Demênte na criatividade
Sanguessuga das circunstâncias
Palhaço sem circo...
He, beber é realmente perigoso.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de manoel freitas de oliveira

Izé III

*
*
*
*
Um abraço ao Izé
Uma figura patética
Que o tempo regatou das cinzas
E veio de brinde com promessa quentes
Um ator de quinta categoria
Não desiste do ontem
Que colhe muitas flores
Na qual ele admirava ao longe
As qualidades de um não estão na fase
Elas estão na alma de ser o predestinado
Ao sucesso ou o caos
Izé neste momento de situação
Onde seu deserto será inundado
Mais uma vez com lamurias do ontem
E mando um abraço a todos
Há circo por todos os lados
Izé diga a todos também
Que o palhaço morreu.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de manoel freitas de oliveira

Denise

Denise, a ilusão dentro realidade
Uma sintonia com o sonho
De vida solitária e quente
Essa farça se repete
Com dementes de parceria
Que não bastou a vingança do ontem
Aguardam a revanche
Ao criar essa borboleta sem nexo
Que saiu desse casulo falso
Uma invensão barata demais
Que diverte os tolos
Mas a vacina desta paranóia
Em dose cavalar
Faz valer essa diversão
Que rende letras de aluguel
Sem veneno aparente
De troco aos palhaços
De vidinha mediucre e chula
Resgata uma nova Denise
Sem nome e sem rosto
Achada na rede de todos
Uma combinação manjada demais
Que até ontem rendeu risos
Só que o jogo virou
E pelos janeiros de guerra
Os palhaços vivem além do circo
O filme é o mesmo
O que mudou um pouco foi o roteiro
A novela que rendeu muita audiência
Não caiu no gosto do povo
Que hoje mais instruido
Sem a escravidão global
Valeu a tentativa, "amigos".
O ator principal é o diretor.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de manoel freitas de oliveira

Denise

Denise, a ilusão dentro realidade
Uma sintonia com o sonho
De vida solitária e quente
Essa farça se repete
Com dementes de parceria
Que não bastou a vingança do ontem
Aguardam a revanche
Ao criar essa borboleta sem nexo
Que saiu desse casulo falso
Uma invensão barata demais
Que diverte os tolos
Mas a vacina desta paranóia
Em dose cavalar
Faz valer essa diversão
Que rende letras de aluguel
Sem veneno aparente
De troco aos palhaços
De vidinha mediucre e chula
Resgata uma nova Denise
Sem nome e sem rosto
Achada na rede de todos
Uma combinação manjada demais
Que até ontem rendeu risos
Só que o jogo virou
E pelos janeiros de guerra
Os palhaços vivem além do circo
O filme é o mesmo
O que mudou um pouco foi o roteiro
A novela que rendeu muita audiência
Não caiu no gosto do povo
Que hoje mais instruido
Sem a escravidão global
Valeu a tentativa, "amigos".
O ator principal é o diretor.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Sonia Delsin

GOSTO DE AMAR

GOSTO DE AMAR

Gosto de me deitar de bruços.
De rolar na cama.
De deitar na grama.
Gosto de quem ama.
(Profundamente).
De quem é gente.
Gosto de crianças.
De gente sorridente.
Gosto de andar na rua.
De admirar a lua.
De ficar nua.
Gosto.
Gosto de viver...
Ó, tanto, eu gosto.
Gosto de doce de mamão.
Daquele que só minha mãe sabe fazer.
Gosto de escrever.
E ler.
Gosto tanto, tanto de aprender.
Gosto de flores.
Todas.
Como vou falar que uma é mais bonita?
Se a outra de ciúmes grita.
Gosto de cachoeira.
Da água gelada.
Gosto de rua molhada.
De flor orvalhada.
Gosto de dar risada.
Gosto de circo, parque.
De roda gigante.
De gente elegante.
Gosto de gente simples.
De casas pequenas, singelas, belas.
Gosto de humildade.
De sinceridade.
Gosto de entrar nas igrejas.
Ficar quietinha olhando nadinha.
Sentindo tudinho.
Gosto de pão quentinho.
De nadar devargazinho.
Gosto de andar.
Cantar.
Gosto de amar.

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