Chuva

Foto de Angel_sonhadora

Num olhar

Num olhar
Pura atração
Acontece estranha paixão
É um sonho
Ou pesadelo
Às vezes é verão
Às vezes frio
Direção
Na contra-mão
A vontade
Contra a razão
Me ofereço
Em sacrifício
Me atiro em seus braços
Como o precipício
Amor oculto escondido
O coração bate forte
Correndo perigo
Amor oculto escondido
O coração bate forte
Ele não faz sentido
Correndo perigo
Me faz rir
Me faz chorar
Me alucina
Faz delirar
Um desejo
A flor da libido
O gosto do seu corpo
É fruto proibido
Mesmo assim
Dentro de mim
Não digo não, nem digo sim
Peças no jogo do poder
Lágrimas na chuva
Podem se esconder.

Foto de Angel_sonhadora

Num olhar

Num olhar
Pura atração
Acontece estranha paixão
É um sonho
Ou pesadelo
Às vezes é verão
Às vezes frio
Direção
Na contra-mão
A vontade
Contra a razão
Me ofereço
Em sacrifício
Me atiro em seus braços
Como o precipício
Amor oculto escondido
O coração bate forte
Correndo perigo
Amor oculto escondido
O coração bate forte
Ele não faz sentido
Correndo perigo
Me faz rir
Me faz chorar
Me alucina
Faz delirar
Um desejo
A flor da libido
O gosto do seu corpo
É fruto proibido
Mesmo assim
Dentro de mim
Não digo não, nem digo sim
Peças no jogo do poder
Lágrimas na chuva
Podem se esconder.

Foto de Fernanda Queiroz

De volta pra casa...

Estou de volta...
ao meu reino encantado,
na relva molhada,
da chuva fina,
que trás na umidade do dia,
rotina, dor e tristeza.
Vem de encontro a minha solidão,
no ar a beleza,
que adorna a tristeza,
contraste profundo,
coração moribundo,
destino traçado,
vidas que cruzaram
na alma,
na mente,
sem ser presente.
Viveu no passado,
um mundo acordado,
que embalado no sono,
foi só abandono.
Meus olhos se perdem,
na imensidão do verde,
que como moldura,
reproduz tua face,
traduz teu riso,
tua forma mágica,
de existir.
Não é sombra opaca,
nem é vulto do destino,
é teu corpo traçado,
no peito tatuado,
que habita o sonho meu,
que é muito mais forte que eu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Vadevino

BEIJOS e BEIJOS

Beijos pro Sol ...
Beijos pra Lua ...
Beijos pra praça ...
Beijos pra rua ...

Beijos pra casa ...
Beijos pro solar ...
Beijos pro almoço ...
Beijos pro jantar ...

Beijos pra justiça ...
Beijos pra paz ...
Beijos pra frente ...
Beijos pra trás ...

Beijos pra chuva ...
Beijos pra garoa ...
Beijos pro rio ...
Beijos pra lagoa ...

Beijos pra noite ...
Beijos pro dia ...
Beijos pra mãe ...
Beijos pra tia ...

Beijos pro lápis ...
Beijos pro caderno ...
Beijos pro verão ...
Beijos pro inverno ...

Beijos pra flor ...
Beijos pro jardim ...
Beijos pra todos ...
Beijos pra mim ...

Foto de Sonia Delsin

“CHUVA DE PRATA”

“CHUVA DE PRATA”

Minha mãe me perguntou.
Viu minha chuva de prata?
Mãe, teu jeitinho me mata.

Claro que fui no jardim.
Tuas flores parecem que sorriem pra mim.

Mãe, minha amiga querida.
Como somos unidas nesta vida!

Estou com saudade do teu abraço e do teu beijo.
Saudade de teu olhar. Que vontade de voar e ir te encontrar!

Foto de Rosinéri

NOSSO AMOR

De nosso inverno não levantará nevoas
Nosso amor é verde laranjeira, cheia de sombra e a noite abrindo em flor.
Nosso amor é o sol de madrugada que madruga.
É o canto matinal dos passarinhos.
É a nossa rosa predileta.
E agora o único amor, você e eu.
O amor eterno que no fundo do meu peito murmura
Ele acende nossos sonhos, e lança luar no nosso inverno, que minha e sua vida apura.
Ele faz o sol brilhar em plena chuva
Faz o céu nevoento transformar em azul celeste
Faz uma estrela brilhar
Faz a gente se amar, e amar.

Foto de Paulo Gondim

Um anjo

UM ANJO
Paulo Gondim
19/08/2008

Um anjo caiu do céu
Pousou na minha saudade
Veio como a brisa suave
Leve como o orvalho
E sorriu no amanhecer
Fazendo tudo em volta renascer

Um anjo que vagava pelo infinito
Semeava sonhos coloridos
Carregando lembranças boas
De um grande amor adormecido

E de tanto vagar e semear,
Resolveu colher as flores
E fazer chuva de pétalas
Para alegar corações sofridos

Inevitável o encanto.
A chuva de pétalas regou a saudade
A saudade aflorou a paixão
A paixão desabrochou em amor
O amor, mais uma vez, floresceu
E o anjo fingiu que voltou para o céu

Foto de Sonia Delsin

VINTE ANOS... VINTE

VINTE ANOS... VINTE

Ele a beijava e Laura pensava. Vinte anos...
Como pesam vinte anos!
O convite para dançar viera inesperadamente naquela tarde.
Os dois a conversar no ponto de ônibus.
A chuva que caía sem piedade.
-- Não me importo com a chuva. Até gosto.
-- Eu também. Notou que não está uma chuva fria?
-- É mesmo. O calor é tanto.
-- Vamos dançar hoje à noite, Laura?
-- Dançar com você?
-- Por que não? Não quer? Não gosta?
-- Adoro.
-- Então...
-- Mas dançar com um jovem?
-- Não vejo problema algum. Você vê?
Por que não aceitar um convite tão tentador?
Os olhos de Fábio a deslizar em seu corpo. Uma diferença grande de idade. Vinte anos. Mas ele vivia afirmando não ver problema algum nisso.
-- Aceito.
-- Nos encontramos lá às vinte horas.
Despedindo-se rapidamente ela falou olhando-o nos olhos:
-- Estarei sem falta. Meu ônibus.
Deram-se um beijo rápido no rosto e Laura entrou no ônibus com a face afogueada. Não era mais uma menina. Cinqüenta anos nas costas. Mas a alma... A esta era de uma menina. E o coração então! Um menino travesso que jamais cresceria em seu peito.
Ia pensando. Colocaria um vestido bem bonito pra encontrar-se com Fábio.
Belo jovem.
Fazia um ano que se conheciam e nunca tiveram uma proximidade tão grande como naquela tarde embaixo da chuva. Os olhos dele correndo em seu corpo.
Os dela buscando aqueles olhos escuros.
Sentia-se tão só ultimamente.
Sim, colocaria um vestido bonito. Capricharia na maquiagem. Se bem que era bonita aos cinqüenta. Muito bonita. O corpo bem cuidado. O rosto bonito.
Quando ele a viu chegando com aquela saia leve e a blusinha rosa elogiou de imediato.
-- Está tão bonita, Laura.
Os dois entraram de mãos dadas na danceteria e subiram a escadinha.
-- Muito melhor lá em cima, não?
-- Sim, é melhor.
Os olhos escuros não despregando dela. Laura gostava daquele olhar quente, mas ao mesmo tempo ficava um pouco apreensiva. Há meses não saia com um homem.
Sentaram-se na última mesa do lado direito.
-- O que vamos pedir?
-- Uma água sem gás.
Quando Fábio buscou sua mão ela estremeceu. A mão tocou seu pulso e subiu de leve pelo antebraço. Subiu mais um pouco e ele a puxou para um abraço.
-- Você é tão bonita.
-- E você tão jovem.
-- Já vem você de novo com esta estória.
-- Está bem, vou tentar esquecer.
Estreitou-a nos braços e buscou seus lábios, depositando um beijo leve.
No peito dela o coração pulava como doido quando ele buscou sua mão delicada e levou-a até seu peito. Precisava entregar-se ao momento. Precisava...
A sensação de estar encostada a ele era boa demais. Um homem a desejá-la. Bonito e jovem.
Quando ele buscou sua boca ela não apresentou resistência alguma. Também estava querendo beijá-lo. Como estava.
Ele quis mais beijos e levou-a até uma das vidraças.
Viam dali a cidade que dormia.
Ele a puxava pra seus braços e Laura podia sentir como estava desejoso dela. Os corpos tão próximos. Aquele contato provocava uma ereção no rapaz. O que não passava desapercebido dela, que também ardia por ele.
Achava errado esta atração que sentia pelo jovem. Já estava de novo a pensar na diferença de idade. Isto era prejudicial e ela sabia. Mas que fazer se tinha filhos da idade dele e não aceitava uma relação com uma diferença tão grande de idade?
Desejava-o.

Foto de Sonia Delsin

A FORÇA DA NATUREZA

A FORÇA DA NATUREZA

Os mais velhos sempre me disseram uma frase que hoje me voltou nítida à memória. Que ninguém pode com a força da natureza. Minha avozinha me mostrava o fogo e falava: Quem o domina? Os elementos têm poder. Não brinque com fogo.
Meu pai me ensinou a amar e a respeitar a natureza. Quantas vezes assistimos juntos temporais acompanhados de raios, de trovões. Quantos estragos vimos juntos e quanto falamos a respeito.
Quem consegue segurar com as mãos a água? Um bem tão caro, mas que pode nos tirar a vida; tão benéfico e tão traiçoeiro tantas vezes.
Eu que quase morri afogada aos doze anos sei bem como é. Eu queria me segurar, me dependurar em alguma coisa e esta coisa simplesmente não existia dentro daquele rio. Não era a hora de minha morte, porque meu irmão que sabia nadar me retirou de lá quase sem vida. Depois aprendi a nadar, mas junto com a natação aprendi algo muito importante, a respeitar a água.
Ontem tivemos aqui em minha cidade uma chuva repentina e acompanhada de forte vento. Um vendaval.
Eu e meu filho ficamos olhando as antenas que balançavam e nosso pé de acerola que tombava todo.
Por sorte os galhos são bem flexíveis e tombam, mas não quebram facilmente.
Está tão bonito este nosso arbusto e eu não queria vê-lo por nada deste mundo ao chão caído.
Pois bem, vou adentrar agora no que me levou a escrever esta crônica. Quando cheguei hoje no local aonde estudo a primeira coisa que vi pelo portão entreaberto foi que uma de nossas belíssimas árvores, uma cuja sombra tantas vezes praticamos tai-chi ao ar livre, estava tombada. Os galhos retorcidos...
Pareceu-me que um gigante andou por lá ontem. Torcendo galhos como educadores maus torcem braços de aprendizes.
Foi esta a minha sensação, mas não acredito que a natureza venha se vingar em cima de belas criações como aquela árvore tão linda. A idéia me passou e o motivo nem sei. Também nem sabia se devia citar aqui isto, mas citei e está citado.
No chão estava o filhote de João-de-barro e os pais aflitos revoavam por lá.
É duro descrever a cena. Nos ponteiros da bela árvore algumas flores azuladas permaneciam lindas como ela se ainda estivesse de pé.
Senti vontade de chorar. A dor daqueles pobres passarinhos que tantas vezes vimos carregando material pra fabricar o ninho chegava a doer no meu peito.
Ficávamos admirando, conversando sob a árvore e os dois tão empenhados em construir a casa.
Olhando-os revoando conseguia trazer de volta os dias que os via trabalhando na construção do ninho, a alegria deles.
Uma cerca de segurança foi colocada, pois uma das outras árvores estava com o caule totalmente trincado e perigava cair.
Fui triste para a sala de aula, porque deixamos no pátio aquela árvore tombada. Fiquei imaginando se vão cortar as que ficaram de pé, porque me parece que apesar de imensas, elas são frágeis. Ou o vento foi tão forte?
Acredito que exista sim uma fragilidade naquelas árvores, mas são idéias minhas. Não conversei a respeito com nenhum entendido. E também não sei como encontrarei tudo lá amanhã.
Não teremos mais aquelas sombras tão aconchegantes? Será muito desolador encontrar aquele local vazio.
Mas se elas podem colocar as vidas das pessoas em risco...
Algo a pensar, realmente.
Bem, quem pode com a força da natureza? Algumas vezes vemos um céu tão azul, tão quieto. E de repente algumas nuvens se formam, chega um vento e o que parecia que ia durar eternamente se acaba.
Eu tinha que contar. Eram simples e lindas árvores, mas fazem parte do meu dia-a-dia. Ajudam a enfeitar o tempo que passo lá; pela beleza; pela sombra; pelos pássaros que nela se abrigam; pelas parasitas grudadas nos caules.
Senti vontade de chorar...senti vontade de contar e contei.

Foto de DeusaII

Desejo louco!

Oiço o respirar de teu peito
Agora colado ao meu.
Teu corpo suave,
Vibra em movimentos satânicos,
De encontro ao meu.
Viajamos, então para um paraíso inerte
Que não pertence a ele próprio.
Viajamos para destinos incertos,
Para lugares confusos, que não passam com os dias.
Tuas mãos, percorrem
Cada centímetro de meu corpo,
Teus dedos firmes, tocam minha pele já suada,
Já dominada pela paixão.
Na rua faz frio,
A chuva cai de mansinho
E nossos corpos
Acompanham em movimento ritmado
A canção da chuva....
Começo então a sentir-te dentro de mim...
Minha respiração torna-se mais pesada,
Meu corpo contrai-se com a paixão,
Com o prazer de um momento único.
Nossos sentidos já estão dominados pela fantasia,
Nossas almas possuídas,
Por um prazer sem limites,
Por uma desejo crescente,
Que mata qualquer ser humano.
Tu tocas-me suavemente, entao
Dizes-me que me amas,
Gritas meu nome...
E neste silencio em que estamos mergulhados,
Nossos corpos se amam
E se querem,
Num desejo louco, que já não tem fim!

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