Chuva

Foto de SasukeUchiha

O que machuca

Eu posso suportar a chuva no teto dessa casa vazia;
Isso não me incomoda;
Eu posso suportar algumas lágrimas de vez em quando;
E apenas deixá-las rolar;
Eu não tenho medo de chorar de vez em quando;
Apesar de que continuar sem você me chateia;
Há alguns dias em que eu finjo;
Estas bem, mas não é isso que me intriga

O que mais machuca foi estar tão perto;
E ter tanto para dizer;
E ver você partir;
E nunca saber o que poderíamos ter sido;
E não ver que amar você;
Era o que eu estava tentando fazer;

É difícil de lidar com a dor de ter perdido você;
Em todos os lugares que vou;
Mas estou persistindo;
É difícil forçar aquele sorriso quando vejo nossos velhos amigos;
E eu estou sozinho;
Ainda mais difícil levantar-se, vestir-se,
viver com esse arrependimento;
Mas eu sei que se pudesse refazer;
Eu mudaria, diria todas as palavras que guardei
em meu coraçao, não foram ditas;

O que mais machuca foi estar tão perto;
E ter tanto para dizer;
E ver você partir;
E nunca saber o que poderíamos ter sido;
E não ver que amar você;
Era o que eu estava tentando fazer.

Foto de Sirlei Passolongo

Dias de Chuva

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Gosto dos dias de chuva...
Do cheiro da terra
Quando deságuam as primeiras nuvens...
Da dança das goteiras
Quando ultrapassam os beirais da casa.
Gosto das lembranças dos dias de chuva...
De correr de pés descalços na enxurrada,
Fechava os olhos sorrindo quando ouvia os trovões.
Depois, arremessava pedrinhas nas poças d’água
E inventava uma cachoeira...
Gosto dos dias de chuva...
Caindo mansa sobre o telhado
Como quem baila uma canção de amor.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

.

Foto de Sirlei Passolongo

O Milagre da Vida

Como é belo o milagre da vida
Desde a água que mata a sede
nascida na mais dura rocha
A árvore que brota no campo
dando sombra e frutos

O botão que desabrocha na roseira
doando mais beleza ao jardim.
As folhas que caem no campo
anunciando a primavera.
A chuva que regra as plantações
fazendo brotar a vida.

Assim, você é para mim:
A água que mata a sede do
meu espírito,
A mais bela e perfumada rosa
do meu jardim é você.

A estrela que erradia luz e alegria
em meu caminho.
A chuva de carinho que regrará
nossa amizade.
Anseio por ouvir sua gargalhada
de felicidade, porque não há som
mais iluminado do que
a gargalhada de um amigo.

O milagre da vida é escrever
sua história tendo a certeza que você
deixou sua biografia gravada
no coração de alguém.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de schari

Meu coração anseia por ti

Hoje meu coração ja não bate com tanta intensidade de quando tive com você pela ultima vez...
Meu coração te chama intensamente, hoje ele derrama lagrimas por não te-lo por perto.

Dias que não passam, angustias que se acumulam por tua ausencia. Me arrependo dos momentos perdidos que não aproveitei quando estava ao teu lado.

Hoje a distancia nos separa...
Mais o meu amor por ti é tão verdadeiro que ele aumenta cada dia mais, apesar não ter você por perto.
Que toda vez que um raio de do sol te aquecer o ou que uma gota da chuva te molhar ou até mesmo o vento de asoprar, lembre-se que é a minha saudade que foi te visitar.

Te amo mais, muito mais do que ontem Edilson.

Foto de Teresa Cordioli

NAS ASAS DA POESIA...

*
NAS ASAS DA POESIA...
*

O beija flor que saiu do ninho
Já não tem forças para retornar,
Tão pequeno, tão franzino,
Chora por estar sozinho,
Querendo reaprender a voar...
Dos seus sonhos de menino,
De menino passarinho,
Sobrou a saudade
Que hora me invade
Querendo ouvi-lo cantar.
Poesias eram suas asas,
Hoje da chuva tão molhadas
A fizeram mui pesadas
Já não o trazem em revoadas
Para do mel do amor saborear.
Foram as chuvas de lágrimas,
Derramadas pela estrada da vida,
Que fizeram seus versos secar.
Vôo ao teu encontro,
Carregando nas mãos uma rosa
Em forma de versos, ESSA PROSA!
Para te alimentar.
Dar-lhe-ei também um ramalhete
E muitas pétalas de enfeites
Para suas asas secar.
Assim, volte beija-flor,
Recite seu amor,
Para essa Flor alegrar...

Foto de Cecília Santos

FALTOU-ME TEMPO

FALTOU-ME TEMPO
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.
.
Não tive tempo:
De ver a chuva caindo, a relva molhada,
as sementes brotando, o arco-íris chegando.
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Faltou-me tempo:
De olhar em seu rosto, ver a sua alegria, a sua
emoção, a sua meiguice, seu toque de amor.
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Não tive tempo:
De olhar uma flor se abrindo, as borboletas fazendo
festa, as crianças brincando, e os passarinhos cantando.
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Faltou-me tempo:
De ouvir uma canção de amor, de te dar um abraço
apertado, um beijo estalado, de dizer “eu te amo”.
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Hoje tenho tempo:
De ver tudo o que ontem eu não vi.
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Hoje tenho tempo:
E espero, você chegar pra te abraçar forte,
dar um beijo estalado, e dizer “eu te amo”
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Hoje eu tenho tempo:
Mas você não vem, nosso tempo agora são diferentes,
talvez você até já tenha vindo, mas eu não te vi...!
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Direitos reservados*
Cecília-SP/07/2008*

Foto de Drica Chaves

Rabiscos Prateados

Desenhei chuva
Oh! Sim! Chuva de prata no meu jardim!
As flores sorriram o brilho argênteo assim
Feito raios lunares, as folhas emitiram
nuances reluzentes nesse ínterim.
Oh! Belo jardim!
Chuva de prata regou a natureza
Trouxe vida prateada ao jasmim
Fez as margaridas desabrocharem iluminadas
E as azaléias enfeitarem-se de pingos brilhantes
Muito interessante!
Um regato refletindo como espelho
A chuva de prata no meu jardim!
Pétalas de sonhos lançadas sobre um catavento de alegria
Felizes os pássaros em euforia
Cantarolavam uma suave melodia:
[ Pirilim, pirilim, chuva de prata no meu jardim!]
Seiva doce cobrindo a grama
plantada em um chão de estrelas
Fagulhas... fagulhas em direção ao horizonte
Onde viam-se girassóis como diamantes...
Oh! Sim! Chuva de prata inundou hibiscos
Água Clara
Entre os rabiscos
Enfim!

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de Graciele Gessner

Inspiradora Chuva Poética. (Graciele_Gessner)

Escuta a chuva que cai lá fora.
Sim, está refrescando o clima.
Corpos quentes, agora molhados;
Deslumbrando a arte do corpo enxaguado.

Escuta a chuva, ela vem com violência,
Anda carente de carícias, tão só, tão solitária.
O vento finalmente surge para fazer companhia.
Vai acalmando a trovoada que também faz presença.

O vento se dissipa e a trovoada ganha campo.
A chuva não gostando muito da gentileza da trovoada
Vai diminuindo a intensidade, obrigando a parada dos trovões.
Trovoada triste desiste de mostrar a sua grande fúria.

Escuta a chuva, ela surge entre as colinas.
Ela vem tranquila, é passageira, é vitoriosa na batalha.
A chuva dá trégua, não é necessário destruir uma cidade.
Tudo volta à normalidade, a chuva se despede.

Um belo clima para se amar, num lugar só nosso.
Estar nos braços do amor se aquecendo,
Se sentir protegida e dormir sobre o ombro másculo;
Mas tudo tem o seu tempo e momento.

03.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carlos Lucchesi

O Amor Que Quero

Quero um Amor verdadeiro,
Fogo em brasa o dia inteiro,
Que me desperte em plena madrugada,
Pra fazer loucuras, jamais imaginadas.

Que não seja chuva,
Antes tempestade;
Que em pleno meio-dia,
Me faça esquecer o barulho do trânsito no centro da cidade.

Que tenha a mesma sensibilidade do toque em uma flor,
E a impetuosidade de um vulcão devastador.

Não precisa ser eterno, nem passageiro,
Ou de sonhos e fantasias,
Que duram apenas por um dia.

Não quero um Amor: - "Oi, tudo bem?"
Tem que ser paixão;
Que cale a voz e fale o coração.

Tem que ser verdadeiro enquanto durar,
E que não se conte em minutos a hora de acabar.

Pode ser de início tímido e acanhado;
Mas que seja desvairado,
No momento apropriado.

Um Amor transparente,
Que realize os sonhos do passado,
Desejos do futuro e do presente.

Não quero um Amor luz de vela,
Nem do tocar triste do sino de uma capela,

Tem que escurecer os olhos de tanta visão,
E colocar luz dentro do peito,
Que de fora se possa ver o coração.

Que não seja um Amor combinado,
Nem de hora marcada,
Mas de desejos em momentos inesperados.

Um Amor que não tenha despedidas,
Tampouco hora certa de chegada e partida,
Um Amor do toque, olhar, do perceber,
Que se resuma simplesmente em você!

Foto de Carlos Lucchesi

Dois Rios: Uma Amizade

Dois rios corriam lado a lado,
Divididos por uma pequena faixa de pedras,
Sem nunca terem se tocado.

Aconteceu que o céu em nuvens negras se fechou,
E das águas que caíram,
Um dos rios transbordou.

Um tocou o outro,
E brilharam num sorriso de alegria,
Como se houvesse naquele encontro,
Algum tipo de magia.

Mas a chuva forte logo passou,
E voltaram novamente a ser dois rios,
Como no momento anterior.

Contudo, algo ali havia mudado,
Pois as águas que eram duas
Haviam definitivamente se misturado.

Mesmo estando cada um em seu lugar,
Trouxeram com eles,
Parte do outro rio,
Que corria do lado de lá.

Muito tempo se passou,
E, apesar da longa espera,
No céu não se formaram mais pesadas nuvens,
Pra chover naquelas terras.

Bateram forte pra romper a parede que os separava,
Mas a rocha era dura,
Resistia e não deixava.

Ficaram muito tempo separados,
Mesmo bem próximos um do outro,
Correndo lado a lado.

Assim como o encontro entre as águas de dois rios,
Também é todo amor, ou amizade:
Do outro tiramos sempre;
De nós deixamos parte.

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