Cheiro

Foto de pttuii

O rapaz da vagina de fogo

Gostava de bigodes. Até os desenhava, com bocados de carvão que apanhava religiosamente da oficina abandonada que poluía aquela rua de desavindas imaginações. Roçava, embalava, desejando mesmo que o homem do espelho, fosse o homem com que se deitasse se a sorte quisesse. O sol dizia-lhe sempre que sim, mas um sim pouco embalado. Havia dúvidas. Sim, tal como a terra cai em cima do que de nós resta.
Era o rapaz da vagina de fogo. Uns dias com medo de pisar pecados alheios. Por momentos digno de abraçar a diferença, e com ela dançar a uma música inaudível, e religiosamente barulhenta.
Chamava-se assim, para não se chamar coisa pior. Aliás, chovia. Por certeza de menor importância, o dia era igual ao de ontem. Volteavam ventos, desnorteavam-se nuvens que deslindavam o dia assimétrico.
Aquela terra era de uma humidade atroz. Fazia mal às pessoas que não queriam fazer mal a si próprias. Enleava-se nos ossos das pessoas muita coisa pior que cinza. Futilidades que não interessam na altura de escolher decisões. Pecadilhos que os homens a sério mexem em si mesmos, e depois comem para os esquecer de vez.
Pronto, estava assim até escrito. As folhas de quase seda de um caderno com capa de rosa que cheirava a testosterona, digladiavam-se com o vento. Letras de copista, com curvas e contracurvas de sinuosas certezas, mostravam ao mundo que o rapaz tinha vagina. Não se via, é certo. Lambuzava amores perfeitos para cima de jovens que dobravam a esquina com ar gingão e pronto a enfrentar o mundo. E à noite. Quando a lua ganhava a luta com a rotação omnipotente, aquela coisa que não se via, via-se. Encenavam-se histórias de amor com cheiro a rosmaninho. A mulher, homem, era do homem, antes de ser de si própria. Era uma mulher suave, meiguinha. Que cativava. Meiguinha. Adorava amor. Meiguinha. Dormia com esta palavra, quando sons menos inseridos no mainstream da capacidade auditiva humana envolviam aquele leito.
De fogo a vagina. Deitava chamas, porque queria ser vagina. E nunca foi vagina. Mas será. Será mulher. Ao menos o catalisador do devir assim o queira.....

Foto de NiKKo

Levo você dentro do meu coração.

Eu ainda sinto teu cheiro impregnado em mim.
Em minhas mãos eu sinto o calor de sua mão.
Sinto a maciez de seus lábios quando fecho meus olhos
e através deles deixo rolar a minha emoção.

Hoje estamos longe e separados pela distancia
mas guardo em mim cada segundo vivido contigo.
Guardei em minha mente cada traço de seu rosto,
o sabor e suavidade de seu lindo sorriso.

O toque de seus dedos raspando as costas de minha mão
levando o sangue nas veias mais rápido a correr,
transformaram o sonho em uma realidade concreta,
com elos de ternura que nada e ninguém vai romper.

Assim hoje aqui sozinha revivo meu sonho a teu lado
como uma miragem onde meu amor se revelou.
Transbordando a emoção em cada gesto e olhar
em versos e poesia a minha alegria tatuou.

Por isso eu sei que neste momento em que escrevo
meus pensamentos e meu coração estão com você.
Sou sua inteira, sem traumas ou medos
levo você dentro de mim; sem medo de sofrer.

Foto de Vanize Maia

A Vida é...

A vida é o máximo
A cada dia que passa amo mais estar viva
Apaixono-me por tudo o que a vida me dá, me oferece
Por tudo o que ela me impinge e me obriga a amar e encarar
A vida é um encanto, é uma realidade iludida
A vida é um show de ilusionismo: tem todo um sistema por trás, todo um trabalho de bastidores que fazem com que o show seja um verdadeiro espectáculo inesquecível
Esse sistema são as pessoas que nos rodeiam, nos amam, os sentimentos que nos enredam e a natureza que vai influenciando devagar, ao som do batimento cardíaco e nos vai dando sinais.
Viver é belo
Viver é intenso
Viver é um encanto
A vida é doce, alegre e iluminada!
A vida é a natureza e a natureza é a vida
Sou uma eterna apaixonada por ela
Desde muito cedo que mantenho relações intimas com a vida
Dessa relação muito nasceu, o mais importante que brotou foi a minha insanidade.
Amo o amor, a paixão e a verdade nas pessoas
Na minha insanidade, amo profundamente a mim, a terra e o mar, o sol e a chuva, o riso e o suor meu... Adoro aquele beijo, o teu toque, o cheiro e o olhar...
A vida é uma fatia daquele cheesecake, uma taça de vinho do tinto, um luar, uma dança e uma conversa fiada...
Eu e a Vida, mantemos uma relação de amantes, amigos, namorados, parentes, companheiros, cúmplices... e até mesmo de inimigos. Competimos para ver qual de nós se apodera do outro, procuramos novas maneiras, de nos derrubar-mos na nossa paixão, na nossa insana sana maneira de nos amarmos
A vida é fud!d@
Ela fod3-me e eu a ela
A vida é uma guerra de sexos, de ideias e de prazeres.
É uma luta por si só, sem objectivo e sem causa.
É simplesmente o prazer de se debater, de se melhorar, de se evoluir
Foi no meio dessa guerra que descobri que o meu maior prazer é viver, estar viva.
É no meio dessa relação louca e quase sexual, mas profundamente sensual
Que me vou descobrindo, me vou fortalecendo e me vou firmando como pessoa
Como mulher, africana, “honesta”, inteligente e bonita
E a cada transa, a cada nova posição, mais amor transborda
A cada troca de fluidos e sentimentos, mais paixão sai pelos nossos poros.
É lixado, ter uma relação tão agressiva. É invejável...
Mas é fantástico! É mágico!

Foto de Lady FeTish

A Partida de quem por si não partiu.

Deitada naquele caixão
Todos achavam que eu estava morta !
Mas na verdade eu estava viva ...
Apenas imóvel !
Meus olhos tentava abrir,
Fazer um sinal,
Ou gritar para alguém me ouvir ,
Mas nada ...
O cheiro das flores já me sufocava
Pessoas queridas chorava
Nesse instante tive pena de mim ...
Estava sendo enterrada viva
Porque na passagem da vida
não tive coragem de viver !
mas já é tarde de mais
não dá para voltar atrás.
Ouço passos indo embora
O meu ar ficou mais pesado
a pá cavando o chão
tive uma imensa senssação,
que sozinha ali estava
na eterna solidão.
A morte pode ter seu lado bom
Mas o lado ruim não deixa de ter
Se você fizer o mal
No inferno vai sofrer
Lá tudo é diferente escravo da morte
Você será eternamente !!

Foto de Sonia Delsin

ELEONORA

ELEONORA

Conheci Eleonora numa festa há alguns anos. Ela era uma mulher pequenina e muito bonita. Meu filho caçula se a tivesse conhecido decerto diria que ela era uma "baixinha gostosa". O mais velho diria que era uma pequena sereia.
O fato era que Eleonora era uma bela mulher e tinha o corpo muito bem feito. O rosto era sensacional, a boca carnuda; olhos oblíquos, intensamente azuis. O bumbum era redondinho e arrebitado e levava qualquer homem a olhar mais de uma vez.
Quando ela soube que eu gostava de escrever quis me contar sua história e eu tento transcrevê-la aqui neste conto:

Cresci numa fazenda do interior do Brasil em meio a bois e cavalos. Meus pais eram moralistas e criaram a mim e a meu irmão na mais rígida educação. Minha mãe não me deixava jamais vestir calças compridas e montar.
Eu via Jorginho montando lindos cavalos e aquilo me deixava enfezada. Por quê não eu? O que havia demais em ter nascido sem aquilo no meio das pernas?
Claro que eu sabia a diferença que existia entre nós dois. Eu nascera com aquela fenda e ele com um apêndice. Escondidos de mamãe nós tomávamos banho de cachoeira completamente nus. Foi o idiota do Chicão que nos surpreendeu um dia e contou ao papai.
Jorginho era um ano mais novo que eu e me adorava. Eu também amava aquele menino sardento e irrequieto.
Havia também na fazenda os filhos dos colonos: Mariana e Marcelo. Eles eram mulatinhos e muitas vezes também conseguimos driblar a vigilância de mamãe e brincamos juntos. Marcelo era uns dois anos mais velho que eu e tinha o pênis bem maior que o de meu irmão. Quando nadávamos nus ele encostava aquele enormidade em mim e eu achava tão bom.
Papai me dizia que eu precisava tomar cuidado com a minha fenda porque ela poderia ser o motivo de minha perdição. Na época eu não conseguia entender o porquê de uma coisa daquelas ser prejudicial a alguém.
Eu era uma menina esperta e aos doze anos parecia ter pelo menos quinze. Foi nessa época que Marcelo mudou-se da fazenda.
Antes de mudar-se ele me pediu uma prova de amor e eu me entreguei a ele. Foi em meio ao feno e ao fedor de estrume que nós nos pertencemos. Ele estava trêmulo quando arrancou meu vestido. Foi uma penetração difícil porque ele era muito bem dotado e éramos completamente inexperientes. Sangrei muito e chorei de dor. Nós dois queríamos que o pênis dele me penetrasse inteira; mas não conseguimos de forma alguma. Nós nos movimentávamos para baixo e para cima como estávamos acostumados a ver os cavalos fazendo com as éguas --escondidos espiávamos, é claro). Depois de várias tentativas Marcelo acabou gozando nas minhas coxas. Eu não conseguia crer que fosse assim.
Tempos depois nós também nos mudamos para a cidade e conheci Alfredo. Este era um vizinho e possuía os olhos mais azuis deste mundo. Esqueci-me completamente de meu amiguinho de infância e me apaixonei por ele. Alfredo era um rapagão esnobe e não me dava a menor bola. Tinha treze para quatorze anos e ardia por ele.
Nas noites intermináveis eu precisava masturbar-me para conseguir conciliar o sono. Era pensando naqueles olhos intensamente azuis que eu me masturbava. Nunca parei para pensar como seria transar com ele. Era pelos olhos dele que eu havia me apaixonado.
Fomos apresentados um ao outro numa festinha que meus pais deram para comemorar os treze anos de Jorginho.
-- Prazer. Você é bonita. -- Pensei que você nunca houvesse me notado.
-- Não dá para não notar você, apesar de ser tão baixinha.
Os olhos eram ainda mais lindos de perto. Mas a voz tão arrogante!
Ainda nos falamos umas banalidades e só no final da festa ele me arrastou para um canto escuro e esfregou-se em mim.
-- Quero você.
-- Agora?
-- Encontre-se comigo amanhã atrás da varanda, embaixo daquela grande figueira.
Não consegui dormir a noite toda. Como seria transar com aquele gato?
Ele estava lá na hora combinada e nos deitamos no gramado. Alfredo me garantiu que todos da casa haviam saído. Ele arrancou rapidamente minha saia e minha calcinha e abaixou a calça. Foi tudo muito rápido e só depois de tudo terminado é que pude notar que ele era muito magricela e que tinha um pinto pequenino que não poderia nem ser chamado de pênis comparando-se com o do primeiro homem de minha vida.
Não me satisfez em absoluto e depois desta transa eu nem quis mais encontrá-lo.
Nos anos subsequentes dediquei-me de corpo e alma aos estudos.
Os rapazes começaram a dar em cima de mim e não achava graça em nenhum deles. Jorginho vivia rodeado por garotas e reclamava com mamãe que eu acabaria ficando solteirona.
Nessa época eu já completara dezoito anos e nunca tivera sequer um namorado. Minha experiência amorosa era nenhuma e sexual só acontecera de ter tido aqueles dois encontros que marcaram a minha vida.
Sentia um medo danado de não sentir prazer da próxima vez e vivia adiando um novo encontro com alguém.
Conheci Sérgio quando passei no vestibular para Odontologia. Eu vivia dizendo a papai que não era o que eu sonhava para meu futuro, mas ele praticamente me obrigava a estudar o que achava que seria bom para mim.
-- Você gosta de Odonto? Perguntou-me ele.
-- Não é bem o que eu queria.
-- Então por que optou por isso?
-- Não foi bem assim. Optaram por mim.
Sérgio olhou-me com seus enigmáticos olhos pretos.
-- Você parece ter personalidade. Não consigo entender.
-- Quero evitar discussões inúteis.
-- Mas trata-se de sua vida.
Pegando minha mão na sua ele puxou-me para um banco.
-- Quer namorar comigo?
Eu precisava tentar pelo menos. Vivia tão só nos últimos anos.
-- Topo.
Ele beijou-me e a sensação foi boa. Senti ferver novamente um vulcão que eu imaginava extinto. Sua língua começou a explorar a minha boca, suas mãos acariciaram meus mamilos e eu senti que poderia sentir prazer ao lado de um homem.
Nos primeiros dias ficávamos nos abraçando e nos beijando até que ele me levou para seu apartamento, e lá eu pude descobrir que mesmo um homem de pênis tamanho normal poderia me proporcionar muito prazer.
Ele me beijou inteira e deixou meu corpo todo desejando-o. Sua língua me explorava toda enquanto suas mãos também procuravam pontos em mim que me deixavam completamente excitada.
Foram as duas horas mais loucas de minha vida e jamais pensei que um dia pudesse ser daquela forma. Eu nem imaginava que um dia faria sexo oral e anal. Aconteceu com ele e foi muito bom.
Sérgio deitou-se relaxado ao meu lado e perguntou-me baixinho se havia gostado. Ele sabia que sim e só perguntara por perguntar.
Namoramos por dois anos. Eu continuava a estudar Odontologia.
Papai faleceu quando eu começava o terceiro ano. Desisti do curso e comuniquei a todos que voltaria a morar na fazenda. Era o que eu queria para mim.
Neste meio tempo acabamos terminando o namoro.
Mamãe também disse que ficaria morando na cidade com Jorginho, que também já estava na faculdade.
Não me importei de voltar só para lá; pois era o que eu sonhava. Viver entre bois, cavalos, estrume. Eu adorava cavalgar pelas nossas terras e mamãe não tinha pulso com os empregados. Eu sim saberia lidar com eles.
No início senti falta de Sérgio, das vezes em que ficávamos em seu apartamento; mas sexo não era tudo na vida. Era muito bom, mas não era tudo.
Em poucos meses na fazenda eu soubera me impor e todos os empregados me respeitavam muito.
Vivia vestindo roupas de montaria e foi cavalgando que conheci Luciano.
Era um homem feio. A pele marcada por acne, olhos verdes e frios. Ele vestia um jeans imundo e as botas estavam sujas de estrume. Era verdade que eu também vivia no meio de bois e minhas roupas eram grosseiras, mas procurava me manter limpa.
A princípio aquele homem rude me causou asco.
-- Pode me dizer que horas são?
-- Por que quer saber as horas neste fim de mundo?
-- Talvez pelo mesmo motivo que a senhorita esteja usando este relógio no braço.
Não gostei dos modos daquele estranho que encontrei enquanto cavalgava. Apertei o pé no estribo e Samara disparou num galope. No início ele pôs-se a me seguir, mas o cavalo em que estava montado não era um puro sangue como a minha Samara.
Chegando em casa desmontei a bela égua e deixei-a aos cuidados do Namberto. Tomei um banho e desci para almoçar.
A Albertina me avisou que tínhamos visita.
-- Quem está aí?
-- O novo vizinho.
-- Como é ele?
-- Um homem estranho. Fede que só ele.
Imediatamente lembrei-me do homem que havia encontrado. Seria o mesmo?
Chegando à varanda eu o vi parado, me esperando.
-- Peço que me desculpe pelo ocorrido, vim só para oferecer meus préstimos.
-- Fico agradecida -- disse sem saber se devia estender a mão.
Ele notando meu constrangimento foi dizendo:
-- Não se preocupe em me estender a mão senhorita. Desculpe-me pelo estado em que me encontro. Foi um problema que tivemos esta manhã. O touro rompeu a cerca e tivemos um trabalho danado para juntar a boiada. Fui grosso lá na estrada e vim pedir desculpas.
Ele se apresentou e eu pude observar que era realmente um homem feio, mas havia alguma coisa diferente nele. A verdade é que ele me atraia.
Dias depois ele apareceu na fazenda montando um lindo cavalo árabe.
-- Acabei de comprar. Gostou?
Eu era uma admiradora de cavalos de raça e lhe disse que era lindo demais.
Conversamos algum tempo sentados nas grandes cadeiras de vime da varanda e Albertina nos trouxe um suco de frutas bem geladinho.
Pouco tempo depois já nos falávamos como dois conhecidos de longa data. Ele me contou que havia se separado da mulher e que comprara aquelas terras para se instalar de vez ali.
Eu também lhe falei que pretendia passar o restante de minha vida naquelas terras que eu tanto amava.
-- E sua mãe? Seu irmão?
-- Mamãe gosta demais da cidade e meu irmão está estudando medicina.
-- Não se sente só aqui?
-- Às vezes.
Ele me disse que poderia voltar mais vezes para conversarmos.
Na despedida segurou algum tempo minhas mãos nas suas e uma corrente elétrica passou por todo meu corpo.
Luciano voltou outras vezes e acabamos nos tornando amantes. Descobri que ele conseguia me envolver emocionalmente mais do que sexualmente, mas era bom. Ele tinha um charme especial e sabia agradar uma mulher.
Um dia lhe perguntei porque não dera certo o primeiro casamento e ele me disse que a ex-mulher se apaixonara pela amiga.
Eu não me casaria com ele mesmo que me pedisse. Queria deixar as coisas como estavam. Quando ele queria vinha me ver e quando eu o queria ia ao seu encontro. Para que modificar o que estava sendo tão bom?

O nosso capataz sofreu um acidente fatal e eu precisava urgentemente de outro. Foi Luciano que sugeriu um homem que ele conhecia bem.
-- É um mulherengo, já aprontou das suas. Tenho um amigo que já perdeu a mulher por causa dele, mas acho que não tem nada a ver.
-- Então o que está esperando? Preciso deste homem para ontem.
-- Se tudo correr bem amanhã mesmo ele estará aqui.
No dia seguinte à tardinha Albertina veio me informar que o rapaz havia chegado.
Fui rapidamente atendê-lo. Precisava logo resolver aquela situação.
Um mulato alto estava de costas para mim e ele olhava tudo à sua volta.
Quando ele voltou-se para mim um sorriso enorme se estampava em seu rosto.
. Então era ele o tal homem? Agora eu podia entender o porquê de um homem perder a esposa para tal sujeito.
Fiquei sem ação. Marcelo estava diante de mim.Devia correr para seus braços, estender a mão?
Sorri gostosamente e gaguejei:
-- Que saudades! Que surpresa boa!
Foi ele que correu para me abraçar e sussurrou em meu ouvido:
-- Desculpe-me se faço isso. Fui louco em vir até aqui. Não conseguirei jamais ser um empregado seu.
Afastei-o delicadamente e pus-me a examiná-lo de cima a baixo. Vi que se tornara um homem alto e bonito demais. O corpo atlético e atraente. Lembrei-me de quando nadávamos nus em nossa infância. Lembrei-me daquela vez em que me entreguei a ele no meio do feno.
Só então me dei conta de que nunca quis um homem em minha vida mais do que quis aquele.
Foi a minha vez de abraçá-lo.
Albertina que se empregara na casa há pouco tempo estranhou aquela cena.
Era verdade que o tempo tinha passado, mas ele havia voltado e só isto me importava naquele instante.
-- Nunca consegui esquecê-lo.
-- Nem eu consegui esquecê-la.
Olhei-o diretamente nos olhos procurando a verdade e convidei-o para conversarmos sentados na varanda.
Albertina entendeu que eu queria estar a sós com ele e afastou-se.
Perguntei por onde andara, o que fizera da vida e se ainda estava solteiro. Ele respondeu que ainda estava "solteirinho da silva". Tivera um caso ou outro.
Sorrindo ele não se cansava de repetir:
-- Nunca me amarrei a ninguém. Acho mesmo que nunca a esqueci. Lembra-se daquela vez? Eu fiquei tão preocupado achando que a tinha machucado. Parti daqui me sentindo um verme. Tinha medo de me aproximar de uma moça e machucá-la. Fiquei mesmo traumatizado e foi só depois de muitos anos que consegui estar com uma mulher. Aos poucos fui apreendendo a lidar com ele -- dizendo isso ele abaixou os olhos em direção ao seu pênis. Você me perdoou por ter agido daquela forma?
Não pude deixar de rir e dizer que éramos completamente inexperientes. Fora só por isso.
Ele foi taxativo em afirmar que jamais conseguiria ser meu empregado e quando já ia se despedir sugeri que ficasse mesmo assim. Teríamos uma relação de amizade e ele me ajudaria enquanto eu não conseguisse outra pessoa.
Marcelo concordou em ficar, por uns tempos.
Luciano ficou me olhando com aqueles olhos gelados enquanto eu lhe contava que o Marcelo crescera na fazenda ao meu lado.
-- Você fala dele de um jeito.
-- Não diga que está com ciúmes!?
-- E não é para estar? Seus olhos brilham enquanto você fala dele. E pensar que eu é que tive a idéia de trazê-lo para trabalhar aqui!
Luciano socou a mesa violentamente.
Eu nunca soubera lidar com um homem violento. Procurei agradá-lo, mas só consegui piorar a situação.
-- Ele a atrai, dá até para um cego ver. E você também o atrai.
Luciano saiu resmungando, montou o belo cavalo árabe e saiu galopando feito louco. Suspirei fundo.
Marcelo se aproximou de mim e pegando a minha mão foi dizendo:
-- É melhor que eu me vá logo daqui. Estou atrapalhando a sua vida. O seu namorado está com ciúmes de mim. Não significo mais nada para você, não é mesmo?
-- Não é assim.
A sombra de um sorriso passou pelo seu rosto.
-- Você ainda sente alguma coisa por mim?
Hesitei em dizer que sim. Ele estava um homem feito, já não tinha mais nada do menino que crescera conosco na fazenda.
Disfarcei dizendo que as recordações eram tantas.
-- Você não está sendo sincera, sente alguma coisa ou não?
-- Não sei.
Sei que fui evasiva, mas estava tão confusa. Os homens que cruzaram meu caminho deixaram marcas e aquele que estava à minha frente fora o que mais me marcara.
Eu poderia assumir o que estava sentindo. Poderia brigar até com o mundo por ele. Teria forças para isso. Mas ele corresponderia?
Ainda segurando minha mão ele me cobrava uma resposta mais direta. De repente perdeu a compostura e beijou-me ardentemente.
Segurou-me apertadamente de encontro ao corpo másculo e senti que iria mergulhar de cabeça nessa nova situação.
Foi a minha vez de colocá-lo contra a parede.
-- Você me ama de verdade? Se disser que sim eu enfrentarei qualquer coisa neste mundo.
Ele respondeu-me com um beijo e perguntou-me se poderia ser como da primeira vez naquele paiol que soçobrara ao tempo.
Meu Deus! Naquela altura de minha vida! Eu já não era uma menina de doze anos!
Fui caminhando abraçada a ele de encontro ao paiol. Não precisava dar satisfações de minha vida a ninguém. Era dona de tudo ali, dona de minha vida.
Como da primeira vez foi em meio ao feno e ao cheiro forte de estrume. Ele delicadamente tirou minha roupa e fez coisas que eu nunca sequer pude imaginar que aquele menino de antigamente iria aprender. Beijou minha boca suavemente e depois passou a beijar meu corpo inteirinho.
Quando finalmente ele me penetrou eu compreendi que com homem algum seria igual. Ele era fabuloso. O pênis se tornara ainda melhor com os anos. A minha obsessão na vida fora pênis avantajado e descobri que ele conseguia me penetrar inteira. Havia espaço suficiente sim!
Depois de completamente saciada de amor eu repousava em seu peito forte quando ele me perguntou se desta vez também eu iria começar a chorar.
Sorri e contei-lhe que andara pela vida procurando um homem com os requisitos dele. Não encontrara, era evidente.
Casamo-nos em dois meses e continuamos fazendo amor nos lugares mais estranhos e diversos. Nem preciso dizer que continuamos apaixonados um pelo outro e que o que mais desejamos é estar juntos.

SONIA DELSIN

Foto de DeusaII

QUERO BEIJAR-TE ...QUERO AMAR-TE! (Dueto Von & deusaii)

*
*
*
*
AMOR, quero sentir teus lábios carnudos
Cheios de fantasias e desejos,
Na malícia de tuas taras,
Com teu gosto doce do pecar.

Quero sentir teu gosto
Tua língua a roçar a minha
Teu sabor de mel
Em meu paladar

QUERO BEIJAR-TE

FOFA, quero sugar os teus desejos,
Em tua doce boca no amar
Vou flutuar neste momento de paixão
Envolver-te nos meus braços, nesta deliciosa sedução.

AMOR, quero sentir teu abraço
Tua força em torno de mim,
Sentir teu corpo de encontro ao meu
E acalmar meus pesadelos

QUERO BEIJAR-TE

PAIXÃO, você me deixa louco só em pensar
No enlace de nossas línguas
Neste frenezi de desejos, tesão,
Vontades alucinantes de te tocar,
Te beijar e te amar.

QUERIDO, meu corpo é teu templo
Percorre-me com teu toque,
Quero sentir tua pele de encontro à minha,
Alucinar neste desejo louco e insaciável.

QUERO BEIJAR-TE

ANJO, quero beijar não só tua boca,
Quero navegar neste corpo cheio de desejos,
realizar tuas vontades e fantasias
E me entregar num eterno amar.

PAIXÃO, quero sentir-te dentro de mim,
Como se fôssemos um só
Viajar por teu coração
De encontro à tua alma.

QUERO BEIJAR-TE

AMADA, leva-me para dentro de ti
Quero sugar de tua boca o néctar da sedução
Sacia tua sede, tua fome e tua tesão
Nesta loucura cheia de muita paixão.

MEU SENHOR, envolve-me em teu sonhos,
Nos teus desejos mais recondidos,
Nos teus pensamentos mais delirantes
No teu corpo com cheiro de amor.

QUERO BEIJAR-TE

QUERIDA, me consuma, me faz tua presa,
Me devora com tuas bocas,
Me faz delirar no prazer
Me reduz ao nada, após te satisfazer...

AMOR, prende-me em teu olhar,
Hipnotiza-me bem devagar,
E deixa-me navegar por teu corpo
Com minhas suaves carícias....

QUERO BEIJAR-TE

TESUDA, bebe-me como um doce vinho
Embriaga-te ao me beber
Pois quero que sinta todos os sabores,
Numa noite eterna de prazer ....

AMADO, sinto-me embriagada de amor,
Não sei para que lado me virar,
Mistura de paladares em minha boca
Na escuridão deste quarto....

Quero beijar-te, como nunca beijei outra mulher !
Quero amar-te como nunca amei nenhum outro homem!

AMOR
SONHO
PAIXÃO
TESÃO
UM ETERNO AMAR . . .

Obrigado meu querido, por mais um dueto de pura magia....

http://catarinacamacho.blogspot.com/

Foto de Nellyra

Sedução!

Me aproximo, sussurrando aos teus ouvidos...
Os meus mais íntimos desejos
Desejos que nos enfeitiçam e dominam
E te entrego dominante e dominado... o meu corpo suado
Minha língua atrevida percorre teu corpo
E adentra no mais íntimo de teu sexo
Te sugando o que explode de teu ser
E assim teu corpo estremece
Denunciando tua tara, tua excitação
Pelo gozo que te servi em meus lábios

Teus seios rijos, suplicam minha boca
Que te sugam a polpa intumescida
Teus lábios ansiosos, carnudos, buscam-me o sexo
Me entrego a você... ao toque de suas mãos
E tua boca ansiosa me suga o mel
Gememos juntos o gozo que nos permitimos
Exalando o cheiro ímpar de dois animais no cio
És minha e já não seduzo...
Sou seduzido!!!

Minha Nêga (como sempre.), estou louco de saudades de você.
Preciso te ver, te tocar, te sentir, te beijar, afagar teus cabelos macios e cheirosos que eu tanto gosto, estou com saudades de fazer amor com você... Estou com saudades do teu cheiro, dos teus olhos, dos teus carinhos!
Katso!!! Como estou com saudades... e você bem sabe o quanto...!!!

Foto de cris leal

desejo

Isso que sinto dentro de mim
queima-me a alma
Esse sentimento que me enloquece
queima-me por dentro
Algo tão intenso,tão forte que chega doer
não sei o que faço,
não consigo me conter,
Eu quero prova-lo
Provar seus labios,
sua mão perorrendo meu corpo,
o teu cheiro,
o peso do teu corpo sobre o meu,
ouvir a tua respiração,
as batidas do teu coração.
Quero seu amor,
seu desejo,
tua vida,
porque a minha ja te entreguei
É pra você que quero entregar
o meu corpo,
minha vida,
meu amor.

Foto de Carmen Vervloet

Hino à Poemas de Amor

Poemas de Amor

Caminhei... Buscando aconchego
Para meu coração...
Procurei um lugar
Onde pudesse soltar a emoção...
Um lugar de encantamento
Onde meu sentimento
Encontrasse eco...
Um lugar de ternuras e afetos
Que me deixasse completo...
Um lugar com luz e cor
Que me inspirasse poemas de amor...
Amizades e apreço...
Infinitas sensações...
Paz e respeito...
Um lugar... Isento de preconceitos...
Onde meus sonhos pudesse libertar...
E voar... Voar... Voar...
E dançar... Falar... Amar...
Sem restrição...
Poetar com paixão!...
Percorri vários caminhos...
Acompanhado... Sozinho...
E por divina inspiração
Encontrei esta opção...
O meu cantinho
Pleno de carinho!
A Poemas de Amor,
Meu jardim em flor!
Rosa exalando seu cheiro
Que me arrebatou por inteiro!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Marcos Oliveira

Coração é só saudade

Hoje estou aqui pensando em você
Penso no nosso amor que é gostoso
E na última vez que você esteve aqui
Eu ainda sinto o cheiro do seu corpo

Eu conto cada dia, cada segundo,
Para ter você aqui, para sermos um,
Para fazermos amor a noite inteira
Até que exaustos te ver adormecer

Mas parece que o tempo não quer passar
Parece que este dia nunca vai chegar
A cada dia, a cada noite, é uma tortura,
O coração fica angustiado de saudade

Meu amor, eu preciso de você aqui,
Preciso do seu amor, preciso te amar,
Quero sentir seu corpo junto ao meu
Eu te quero aqui, sem ter que te ver partir.

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