Desatam-se laços pois a carne é fraca.
Mas tantas voltas dá a vida
Que um dia tropeça, se embrulha e dá nó.
Enquanto um se levanta, o outro se deita.
E quando há um que se esconde, há outro que espreita.
Mas no fundo eles são um só.
Não adianta o negar.
Ambos se escondem do sol pois não o podem impedir de brilhar.
É á noite que eles se encontram
Longe dos problemas que teimam em existir.
E namoram a lua como quem beija a almofada.
São a esperança e a infelicidade
Filhos da saudade e do nada.
E enquanto os grilos cantam
Os pais assobiam a melodia.
E num silêncio infinito,
Que penetra os pequenos e que os invade,
Fecham os olhos e adormecem.
Esperança infeliz
Data de publicação:
Sábado, 24 Junho, 2006 - 00:01
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