Era uma vez...
Um jovenzinho que era odiado e desprezado por multidões.
Porem era descolado e independente.
Era odiado só porque era diferente.
Tinha um jeito bem legal de se vestir.
Coisa que jamais eu vi aqui
Ele fazia show em qualquer momento.
Sempre surpreendia com o seu talento.
Pelos seus atos, feitos e pensamentos!
Mas pela inveja ele sofreu,
Criticas de um povo que também era seu
Que é meu, e teu!
Agora lagrimas pelos olhos de um mundo faço transbordar,
Pois coitado desse mundinho que não sabe trabalhar,
Pessoas são pessoas
Independente do modo de vestir ou de falar,
Independente da cor ou do dinheiro
Independente do penteado, cultura ou inteligência,
Não existe “O Ser-Melhor”, nem existe a diferença
Só existe a Negligencia,
E má administração,
Do mundo e do coração!
O mundo seria bom!
Quando todas as vozes gritassem um único tom,
“SOU GENTE, SOU GENTE, SOU GENTE”
o resto é independente,
mundo, por favor abra os olhos pra ver
sou gente independente do que crer
Nem todo cara que curte rap é bandido!
Nem todo pagodeiro é vagabundo!
Nem todo ateu é do demônio!
Nem todo crente é bobo!
Nem todo nordestino é baiano!
Nem todo roqueiro é do mal!
Nem todo branco é play-boy!
Nem todo negro é sambista, ou do Rap!
Nem todo gordinho é ruim de bola!
Nem todo nerd é virgem!
Nem todo raggero é nóia!
Nem todo policial é bonzinho!
Nem todo encarcerado é o bandido!
Nem todo Candomblé é feiticeiro de maldade!
É mundão véio sem porteira!
Que vive falando besteira!
Mendigo também é gente
Gay não troca o sexo, só troca à opção,
Mundo você é diferente,
Você não tem coração
Ah Mundo! Ah Mundo!
Que impõe aos seus lideres que eu sou um vagabundo!
Como que queria ser feliz,
Que não houvesse preconceito pendurado em meu nariz!
Que me olhassem sem me colocar numa grade de classificação!
Sem ter que responder nenhuma questão,
Que minha mãe não, me proibisse de andar com meu amigo só porque ele não é cristão!
Seria meu sonho um concerto especial
Com piano, guitarra e berimbau!
Ai como seria legal...
Na marcação um bom pandeiro,
Na melodia um belo Saxofone, com um baixo metaleiro.
Na passagem um tamborzão
Marcado pelo ritmo do nosso coração.
Allan Sobral