Cara

Foto de José Herménio Valério Gomes

POR MOTIVOS QUE SE ATRASAM...,

Acordei para olhar o dia
Que os meus olhos devassam
Na janela que mal se abria
Por motivos que se atrasam

Do céu desce uma mensagem
Com cara de mundo igual ao meu
Rosto de mulher cansada da viagem
Para abordar um livro que nunca leu

Já próximo nasce uma impatia dentro
Pelos primeiros sinais de vida
Que acolhem com aprazimento
Como abdicar esta cara meio-destruída

A questão é? Onde está a massa
Aqui só aclamam desconvidos-humanos
Pelos que metros atrás se matam
Para esta cara já não existem planos

Entre as caras obstante de passadiço
Para colonizar aquela mensagem
No átimo que todos são filantropos de súbito
Para obter ingresso nesta viagem

Por motivos que se atrasam
Naquela janela que mal se abria
No meu quarto as luzes se apagam
Eu durmo ,esquecendo-me que já é dia...,
zehervago

Foto de Fernando Azamor

Garota Pirada

Não sei o que digo,
Não falo mais nada!
Se vou para direita,
Cancela fechada!

Se penso em você,
Mente perturbada!
Se falo que amo,
Canoa furada!

Sair pra passear,
Rua esburacada!
Se vou viajar,
De cara amarrada!

Só quero vc,
Menina pirada!
Ficar com vc,
É uma cilada!

Maluca, malcriada,
Respondona, traira,
Mal-educada, mau agoro,
Que desgosto!

Mas é linda!
Te amo e mais nada!
Não sei que o faço,
Só faço e mais nada!

Foto de josenibasilva

JOÃO E ALGO FASCINANTE

Vejam que fato impressionante
João é um morador da cidade de Brasília. Certo dia ele acordou, arrumou a cama e foi ao banheiro escovar os dentes e lavar os olhos. Voltou para o quarto e se arrumou. Depois saiu e foi na padaria. Quando chegou na padaria falou com a atendente e pediu 6 pães. Se dirigiu ao caixa e pagou. João voltou tranquilamente para casa, pois morava perto da padaria. Logo em seguida, preparou o café, fez sua refeição matinal e saiu novamente. E vejam só o que aconteceu, ele se deslocou até a parada de ônibus. Ficou ali sentado esperando alguns minutos e logo em seguida o ônibus chegou. João entrou e para surpresa dele tinha uma cadeira vazia. Ele sentou e tinha uma mulher do lado. Mas joão apenas seguiu calado. O ônibus chegou rapidinho ao local de trabalho. João desceu do ônibus e percebeu que outras pessoas desceram também e tinha um cara chamando ele. Olhou pra traz e era um colega de trabalho, o Pedro. João e Pedro foram caminhando para o Escritório. João se despediu de pedro e notou que seus colegas estavam trabalhando. Então João deu bom dia e foi ao banheiro. E quando saiu do banheiro seu chefe se aproximou e pediu um relatório pra ele. João foi para sua mesa e começou a trabalhar. O dia passou, o expediente havia terminado. Foi nessa hora que joão percebeu uma coisa, queria chegar logo em casa e tinha que sair correndo pois passara 10 minutos do horário habitual e poderia perder o ônibus. João correu , ainda conseguiu pegar o ônibus e seguiu pra casa. Foi nessa hora que João encontrou Luísa, sua amiga de condomínio que estava passeando e voltava pra casa. Desceram na parada e foram conversando até chegar em casa. Se despediram e João entrou no apartamento. Ele foi para o quarto , trocou de roupa e foi para o banho. Voltou, preparou um lanche e foi ver TV. Por sorte era Jogo do Flamengo, ele era Flamenguista e gostava de futebol. Assistiu ao jogo, feliz pela vitória do seu time. Foi dormir.
No dia seguinte, ele acordou, arrumou a cama e foi ao banheiro escovar os dentes e lavar os olhos. Voltou para o quarto e se arrumou. Depois saiu e foi na padaria. Quando chegou na padaria……….
João era só uma pessoa comum.

AUTOR: JOSENI BELMIR DE ASSUMPÇÃO SILVA

Foto de regislima30

Apaixonar-se por você

Apaixonar-se por você é fácil Mas tu me disseste que consideras difícil É que se apaixonem por você Os caras certos... E nisto eu devo confessar Que não sou mesmo o cara certo Pois eu não quero casar com você Não quero namorar com você E não quero absolutamente nada sério com você Mas quero você pra mim E esse é um querer quase despretensioso Que se agrada em ter tua companhia Em querer ter você sempre por perto Para viver contigo muitos e muitos bons momentos E para isso não é preciso que eu tenha de ti Sequer um beijo Não que um beijo teu não esteja entre minhas intenções Mas não está entre as primeiras intenções - Está apenas entre as segundas E entre as melhores... Não cairei jamais no erro de prometer ser somente teu Nem de ser teu pra sempre Mas prometo ser todo carinho e atenção em cada vão momento E jamais brincar com teus sentimentos E eu posso até não ser o cara certo Mas se um dia acontecer de eu ter uma chance contigo Esteja certa Você jamais se decepcionará comigo...

Foto de Ednaschneider

JÁ PASSOU O CARNAVAL

Como já passou o carnaval
Onde tudo é permitido
Usar máscaras, ser legal
Num país de “fudidos” e exibidos.
Ainda usam as máscaras
Os corruptos bandidos
Os pseudo cristãos que se declaram
Acima do bem e do mal.
Não respeitam os de classe pobre
Os de outra religião
E os que têm preferências diferentes:
Por que se acham tão nobres
Tão cheios de razão
E se sentem tão conscientes;
Que o orgulho cobre-lhes a visão.
Usando as máscaras da santidade
Mascarados, descarados, sem moral
Respeitem a liberdade
Saiam do pedestal
E mostre a sua cara de verdade
Chega de máscaras!
Já passou o carnaval.
11/02/2016 *
Autora*
Edna Schneider Lemos

Foto de Ivone Boechat

A inveja

As pessoas invejosas
exalam um cheiro repelente
às pessoas vitoriosas...
o invejoso embala o vencedor
com a capa visível só a ele
e trabalha o tempo todo
para desmerecer,
apontar deslizes,
tecer outro vulto inferior...
assim com aquela competência
que a inveja premia os seus
seria capaz de arranjar
seguidores ferozes
para derrubar pessoas felizes,
mas dão de cara com
os anjos da guarda de Deus.

Ivone Boechat

Foto de Edilson Alves

O NOME NÃO DIZ TUDO

Em um final de tarde, estando eu, a passear pelas rua do Recife, fui atraído por um vendedor de livros. O sujeito começou a me mostrar os livros mais antigo, percebendo o meu interesse, abriu um grande baú, de onde tirou vários títulos.

O titulo que me chamou a atenção foi “ESPALHA BRASAS”de um escritor Paraibano de nome José Cavalcante. Folhei-o lentamente, e dei de cara com os seguintes versos:

Eu sou José Cavalcante
Conhecido por Zé bala
Moço, fui bicho elegante
Velho, foi-se minha gala

Mulher a de pouco siso
Que me chamam de pidão
Eu peço por que preciso
E elas porque me dão.

Comprei, paguei cinco reais por uma obra tão rara, esse é o valor do escritor brasileiro.

Continuei meu caminho, vinte minutos depois, esteva na praça dois irmão, eis aqui um lugar que deveria ser cuidado pensei! Cuidam nada! esses caras querem, é só gastar o dinheiro do povo. Isso eu só pensei, quem repetiu meu pensamento, foi um jovem casal que passava ao meu lado. (até parecia que lia meus pensamentos).

poucos minutos depois, estava assentado em um antigo banco de metal, debaixo de uma grande arvore.

Em vão procurei algum fruto, afim de identificar a arvore, isso mesmo, frutos, só identifico a arvore pelo fruto, e isso não é um principio bíblico, é falta de conhecimento mesmo. Se tem manga, repito: essa é uma mangueira, se eu vejo goiaba, já a identifico imediatamente como sendo uma goiabeira, e da ir por diante.

Não vi fruto, valia a sombra.

Fui a leitura, agora com mais calma, sendo interropindo as vezes, por uma mãe raivosa.

-sai daí menino, deixa o animal quieto!
-mãe, ele quer me morder!

Lia, e absorvia cada pagina!

Eu sou um tipo de animal que não morde crianças. Ou mordo?

Cinco minutos de pleno silêncio. É nesses momentos que me transporto de um lugar a outro com facilidade.

O pensamento cria asas.

Passaria o resto da minha vida ali. Aquele banco de ferro, ou era de bronze? Não sei. Só sei que faria dele o meu mausoléu, tal qual Manoel Bandeira. Percorreria as mesmas ruas. Visitaria aquela criança doente. "Em uma casa, a mãe embala uma criança doente".

Faria uma reforma na "Ponte Buarque de macedo, indo em direção a casa agra" E como Augusto dos Anjos, "Assombrado com minha sombra magra"

Construiria a minha tese em cima dos versos de Mario Quitana.

Todos aqueles que atravessa meu caminho
Eles passarão
Eu, passarinho.

Ou simplesmente releria as ultimas estrofes de Zé Cavalcante:

Eu peço por que preciso
E elas por que me dão.

Tudo seria possível, se não fosse aquele grito, que parecia vir do além.

Cruel, ou Cruel! Vem aqui por favor!

Fui tentado a sair do meu transe momentâneo, e me transporta a vida real.

O grito de alguém, chamando outro alguém, eram insistente, Cruel, ou Cruel.

Fui forçado a me virar. Mais não fiz isso de forma brusca, agi como que estar em câmara lenta, estava mas curioso em saber quem era Cruel, do que, em quem chamava.

Seria algum animal? se fosse, o animal, seria da raça Pit-Bul, sendo assim, seria melhor eu ser cauteloso em meus movimentos.

De repente, passa por me um jovem, não era do tipo negrão, Galegão, ricardão. Era apenas um jovem.

Era magro, muito magro.

fixei meu olhar naquela figura. Seus traços finos, voz suave. No seu andar, tinha a leveza da brisa. Mãos na cintura. Caminhava devagar. Quase parando.

Chega até sei interlocutor, poe-lhe a palma da mão no ombro, sacode a cabeça e pergunta:
-Que queres?

Passavam das seis horas.

Levantei. Sair caminhando lentamente, enquarto pensava:

O nome não diz tudo.

Foto de Derinho

Promessas

A solidão é estranha, sinto-a a falar comigo, diz que não presto, que sou uma pessoa inútil, que ninguém me quer, ninguém precisa de mim, e no final de contas vem alguém dizer que precisa, como posso eu acreditar? Como posso acreditar em alguém que me conhece há uns tempos? Não há provas, não consigo acreditar nas ações, nas promessas. Promessas… que nostalgia, palavras tão inúteis, sem sentido, palavras de boca para fora guardadas no baú da memória com raiva e ressentimento. A cara dessa pessoa ficou gravada, nunca me irei esquecer de tanta promessa feita e quebrada. Se não conseguem cumprir, porque falam? Não tenho moral, eu sei, tanto que prometi e ainda não cumpri. “Vou fazer alguém feliz” pensava eu… que ingenuidade a minha, nunca irei ser capaz de fazer alguém feliz, nem nenhuma pessoa será capaz de me fazer a mim feliz. Somos todos uns monstros, uns animais com espírito demoníaco. Nada nem ninguém é capaz de se unir a outrem para fazer o bem.

Foto de carlosmustang

Todas as beldades representadas p/ Fernanda 'POEMAS DE AMOR'

Ei, o que foi dessa vez?
Você faz essa cara e eu já sei
Não vem coisa boa aí
Ei, não me acostumei
Com essa história de ser só seu

Fui um lobo sozinho
Fui um lobo sozinho
E você sabe, sabe

Lobos são caçadores
Lobos não mandam flores
Lobos não se apaixonam
E nem juram amores

Lobos são caçadores
Lobos não mandam flores
Lobos não se apaixonam
E nem juram amores

Foto de Bira Melo

ESFRIEI

Esfriei,
Não posso mais contigo competir
você só joga na cara dos outros
palavras que somente sabem ferir.
Alegas que cuida dela (a nossa mãe) ...
mas a sufoca com teus gases fétidos:
enxofre, pólvora, metano, etc.
exigindo dela que se cuide
e obrigando-a que cuide de ti.
Tende piedade dela anjo sujo,
decaído, anjo torto, (trans-)viado...
Já não suporto mais olhar para ti.
Esfriei sim, joguei minha toalha!
No seu jogo sujo eu não jogo,
as minhas cartas não são do seu naipe
que somente contém as espadas
sujas da inveja que não corta,
a sua própria língua ferina, língua podre,
língua morta... congela-a, esfria tua cabeça.
Vê se me esquece, mas nunca esqueça de si!

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