Sentimentos!
Vi aquele ser lindo, tão pequeninho, delicado
Um ser nascido, pedaços de amor, aveludados
No mais belo céu da minha real e vil existência
Peguei em ti, senti a tua pela macia, imaculada!
Olhar-te era como o nascer do sol, iluminando
Toda a minha vida, todo o meu bem querer
Voltando a ser a criança que existe em mim
Deixando fluir toda a vida em forma bruta!
Eu renasci, sorri, descobri a paz dentro de mim
No rosto belo da mais bela criança nascida aqui
Que nem a beleza do beija-flor alcança e comove
Nem, os sonhos e imensidão do mar acalmam meu ser...
Olhei-te distraidamente, saboreei sabiamente
Cada segundo, cada palavra, cada teu respirar
Que a vida, a bela vida, nos dá a cada momento...
Momentos inesquecíveis, implacáveis no amor
Que minhas mãos segurarão, aclamaram e trataram...
Hoje a saudade impera nos meus sentidos aguçados
Entre a lágrima que rola dos meus olhos já cansados...
Ontem! Tu eras um ser tão pequeninho, tão puro e casto
Cresceste, aprendeste, amas-te sabiamente ou talvez não...
Eu apenas te criei para o mundo, não me pertences, não
És filho da vida e filho de Deus e eu apenas sou a estrada...
Estrada que construí, para que tu caminhasses, meu amor
E caminhas-te e construíste o teu templo e tua historia...
Eu apenas estou no teu álbum numa foto, numa estante
Que um dia alguém perguntará quem eu fui realmente para ti...
Eu apenas te amo, sem te culpar de nada, pois sei que és de Deus
Apenas minha alma envelhece na mais triste saudade de ti...