Autor

(P/ Concurso: "Dizendo que te amo").

Debaixo de tristes árvores,
Elas que não possuem mais esperanças
De que folhas ou flores brotem em seus galhos,
Em companhia da solidão sofro sem você;
Por te amar!

Sem explicação você me deixou sozinho,
E eu fiquei a contemplar um lugar sem seu brilho,
Confessei coisas de mim e de você
À natureza seca e sombria,
Era somente do nosso amor que eu dizia...
Te amando em fantasias...

Lamento por não lhe ter mais entre os braços,
Por não ter mais seu carinho.
Será que seu coração nunca disse que deve me amar?
O meu sim, diz ... porque te amo!

Esse acaso fez do meu ser um mar de lágrimas,
Sem rumo desce correnteza abaixo
E louco, coitado, atravessa barreiras mútuas
Que se fazem de parte à parte...
Assim mesmo lhe enaltece, porque te ama!

Persigo-lhe pelo cheiro
À procura de um dia sem demora
Sair deste mar abarcante
E em terra firme ter-lhe por entre beijos,
Saciando este amor ardente.
Porque te amo!

*Autor: Chácara Sales

Num desses meus sonhos
Avistava um barco que de longe parecia afundar,
Mas, percebi que era da vida os problemas
Que se afogavam nas águas do mar.

Embriagado pelo som das ondas
Deitado na areia eu pensava
Que a vida era como elas...
Caía e se levantava.

*Autor: Chácara Sales

DOR

Quem dera a dor fosse uma valsa
E rastejasse como o fino salto
E gastasse como a sola do sapato
Entrelaçados como ao som da melodia
Todavia mudaria de lugar.

Quem dera esta dor viesse de dentro
Se gritasse ninguém me ouviria
A o ficar em silêncio ensurdeceria
No timbre da voz ninguém notaria
Um doce no final e amargo no começo.

Quem dera fosse a música, a ti ouviria...
E se dela fosse o volume
Pudesse baixar, ou pudesse aumentar!
A letra do verso que me trairia
Tornaria em outro verso a me aliviar.

Quem dera a dor fosse uma valsa
De falsas ilusões e saudades devassas
Em poucos minutos não a mais sentiria
Pois a valsa termina, como assim a vida...
E a dor este pobre miserável a de deixar.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2008 no dia 03
Itaquaquecetuba (sp)

DESILUSÃO

Há tempos ouvi dizer
De estórias que... Por alguém morrer
Ou viver... Sem alguém, se perder...
O amor com saudade do ódio
O bem e o mal, por sinal!
Juntos em um mesmo objetivo
No coração pulsar, furtar, sofrer...
Como ouvi dizer, há tempos...
O amar, o trair se enganar...
No olhar que cega este meu duvidar
Desenganos... Hó quantos
Sorrisos profanos, e desilusão...
Quando se senti escapar pelas mãos
Uma vida, uma saudade, uma lida...
Da perversa soma subtraída
Os anos de quem amei ou odiei
Nos versos desta poesia recitei
Sei que ainda vou amar odiar e sofrer
Como há tempos ouvi dizer.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli / Dezembro de 2008 no dia 12