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Foto de Chácara Sales

Quem Sabe na Próxima Aurora?

Não podes imaginar o quanto
Um quarto escuro aborrece minha alma.
A faz gritar solitária e ela, coitada,
Presa neste corpo que triste chora,
Nada pode fazer para acalmar
Este magoado ser, e, no entanto, sofro.

Penso nas vezes em que
Hei de me trancar ali,
Ficar sozinho, remoendo...
Castigando minha vida
Sem ter ela culpa alguma.

Não obstante ela não sabe
Que és tu a razão do sofrer.
Eu, homem franco em desalento
Adoeço a cada momento
Com o coração sedento de ti
Que ameaça parar de bater.

Confesso que choro.
Como não sei de tua volta, me pergunto:
Talvez um dia ela me explique a razão da ida?
Foste como se vai a noite - despercebida - .
Sacrifitaste uma estrela a se eternizar - nosso amor -
Agora vivo em luas pálidas como já é minha face.

Sempre após as chuvas clamo a Deus.
Não tenho aqui esperanças de tê-la de volta.
Minha alma dentro em mim me consola,
Fujo do escuro que me assola,
Procuro luz, expulso tristezas do coração.

O destino falará por mim.
Hoje a passear costumo dizer:
Posso talvez te encontrar por aí,
Abandonada pelas ruas do sem mim;
Ou, quem sabe na próxima Aurora?

*Autor: Chácara Sales

Foto de Chácara Sales

Idealização.

Mulher,
Teu beijo é incomparável,
Teu toque é tão apreciativo!
Contigo sinto coisas que jamais senti.

Tua doçura me encanta,
Teu falar me seduz.
Percebo em teu corpo a sede de me amar.
Encontro em tua boca um sabor de alvorada...

O sorriso é como a neve, alvo,
As mãos suaves como o vento.
És meu contentamento.

O destino nos atrela de maneira diferente,
A corrente que nos envolve
É magica, ardente.

Vem de um puro anseio...
A lume inapagável é o amor.
O mistério de tudo é que não há dor.

*Autor: Chácara Sales

Foto de Chácara Sales

Tão Longe

Tão longe estamos um d'outro,
Que não podemos nos abraçar.
Tão longe estamos um d'outro,
Como um continente além do mar.

Tão longe estamos um d'outro,
Mas, as cartas fazem nosso amor durar.
Tão longe, quase que bem perto,
Esperando um reencontro, um dia certo.

De longe pensamos um n'outro.
Choramos, gritamos...sorrimos.
A distância parece separar tudo.
O amor por cartas é quase mudo.

Acho que regressarei logo
Por que não irei aguentar,
Meus olhos não vêem a hora
De poder lhe enxergar.

*Autor: Chácara Sales

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR SEPULTADO

AMOR SEPULTADO

Covarde que sou
O silêncio quebra meus ossos
Ao fugir das tuas mãos
E teus seios;
Como um tolo
Não lhe dei uma chance
Feito um vulto
Eu corri dos teus beijos;
Teus lábios
Murmuravam em voz alta
Gritavam
Por meu corpo sedento
A fúria da tua alma
Que encarnava
Corroía os teus pensamentos;
Hoje como castigo
E sem nada
Como um covarde
Sigo sozinho
Pela tua mão sepultada
A esperança
De seguir teu caminho.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Junho de 2001 no dia 04
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR PERDIDO

AMOR PERDIDO

Pela manhã, insulta o dia
Ao se olhar no espelho, vazia...
De pensamentos, pela noite
Que fora embora, tardia, tardia...

Ao trabalho vai, e a tarde vinha
E lhes surpreende a noite, vadia...
Não lhes pergunte sobre o amor
Que fora embora, um dia, um dia...

Há quem dera, voltasse arrependido
O amor que a pouco a deixou...
Ou a noite que a tomava por vencido

A bebida que a tornara estarrecido
Pela manhã a acordou...
E sóbria reclamou o amor perdido.

(Soneto)

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Janeiro de 2009 no dia 07

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR PELA METADE

AMOR PELA METADE

Saudade como dói esta saudade
Dentro do meu peito
Do meu lado esquerdo;
Maldade por que fica esta maldade
Junto do meu leito
No meu pensamento;
Tristeza me invade a tal tristeza
Minando minha alma
Tirando minha calma;
Madrugada, quando cai a madrugada
Me sinto tão sozinho
Me falta um carinho;
Verdade, só existe uma verdade
Que eu sinto a tua falta
Do desejo que me assalta;
Certeza só me falta uma certeza
Da certeza que me amas
Do meu corpo que reclama;
Esperança, só me resta uma esperança
De esperar por esta tarde
Nem que for a eternidade;
Um amor pela metade
Quem espera sempre alcança.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Outubro de 2001 no dia 09
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMOR UNIVERSAL

AMOR UNIVERSAL

O amor é eterno, fraterno
Despido ou de terno, belo;
O amor é gostoso, com gozo
Calmo ou nervoso, dengoso;
O amor é valente, contente
Sorrindo ou com dor de dente;
O amor é curioso, valioso
Do namorado ao esposo, tinhoso;
O amor é forte, de porte
Na vida ou na morte, na sorte;
O amor é suave, viajem
Da coragem ao covarde, invade;
O amor é certeza, beleza
Do mais pobre a realeza,tristeza;
O amor é cego, incerto
Vai do céu ao inverno, bem perto;
O amor é vaidade, saudade
Do que está preso ou em liberdade;
O amor é solidão, é paixão
Vai da bicicleta ao caminhão, é razão;
O amor é sufoco, deixa louco
Mesmo no muito ou no pouco, afoito;
O amor é sofredor, senti dor
Debaixo da cama ou cobertor, é calor;
O amor é sincero, venero
Pra quem é de carne ou de ferro, espero;
O amor é romântico, no cântico
No oceano pacífico ou atlântico;
O amor é universal, no coral
Nas vozes do bem e do mal;
No coração do homem ou do animal
Vai do ignorante ao intelectual
Este amor sofredor e universal .

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
16/outubro/2001 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AMARELINHA

AMARELINHA

Risco de tijolo no asfalto quente
Lembro tua mão um retângulo desenhar
Sentada na calçada por vez impaciente
A espera de um carro depressa a passar ;

Arquiteta de um desejo de infância
Engenheira na vontade de brincar
Outrora a lembrança quando criança
Tão jovem no peito teima a visitar ;

A casca de banana sobre as mãos
Espera dentre o número acertar
A certeza quando erra de que não
Outra chance se a parceira vir errar ;

O pó do tijolo logo enfraquece
Na amarelinha do pula saci
Contorna o retângulo que jamais esquece
E acaba teu sonho com a chuva a cair ;

Despede do asfalto o sonho de menina
Das mãos pequenina o tijolo a quebrar
Dos pés à vontade de pular amarelinha
Que a chuva invejosa se apressa em apagar .

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2008 no dia 29
Village (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

ALMA DAS FLORES

ALMA DAS FLORES

As flores estão de luto
Pois o inverno está chegando
Há um clamor absoluto
Dentre as pétalas reclamando;

As flores estão de luto
Vem o vento assoviando
Num soprar longo e bruto
A beleza carregando;

As flores estão de luto
De partida a tua alma
Primavera foi tão curto
Golpe duro que se acalma;

As flores estão de luto
De rosto caídas dormidas ao chão
No mais singelo dos absurdos
Vazando perfume do seu coração;

As flores estão em festa
Pois o inverno está passando
Um corpo de vida
À semente lhe empresta
No mês de setembro
Do próximo ano.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2002 no dia 21 Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

AINDA SOU O MESMO

AINDA SOU O MESMO
Produzido por Zacarelli

Ainda escrevo as mesmas coisas
Ainda sonho os mesmos sonhos
Ainda leio os mesmos livros

Onde anda meu coração
Esqueço que às vezes estou sozinho
As cifras que saltam do meu violão
Casa-se com as letras do meu desatino

Ainda falo as mesmas bobagens
Ainda choro quando vejo um filme
Ainda é tempo de acordar
E lembrar que estou vivo

Onde andam os meus pensamentos
Às vezes me perco em um vazio
Se faz canção o meu sentimento
A cura da dor acalenta-me do frio

A dor é uma estação passageira
Como uma foto que amarela com o tempo
Ainda sou livre pra amar
Ainda sou forte pra suportar
Um novo amor cicatriza as feridas
Ainda sonho os mesmos sonhos
Onde anda meu coração.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Mauá março de 2006 no dia 18

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