DOR
Quem dera a dor fosse uma valsa
E rastejasse como o fino salto
E gastasse como a sola do sapato
Entrelaçados como ao som da melodia
Todavia mudaria de lugar.
Quem dera esta dor viesse de dentro
Se gritasse ninguém me ouviria
A o ficar em silêncio ensurdeceria
No timbre da voz ninguém notaria
Um doce no final e amargo no começo.
Quem dera fosse a música, a ti ouviria...
E se dela fosse o volume
Pudesse baixar, ou pudesse aumentar!
A letra do verso que me trairia
Tornaria em outro verso a me aliviar.
Quem dera a dor fosse uma valsa
De falsas ilusões e saudades devassas
Em poucos minutos não a mais sentiria
Pois a valsa termina, como assim a vida...
E a dor este pobre miserável a de deixar.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Maio de 2008 no dia 03
Itaquaquecetuba (sp)