Areia

Foto de Anselmo

ENDEREÇO

Nasci na avenida Dom Pedro Segundo.
No tempo que a rua era de areia
De dia, com o sol que tudo clareia
A hora era onze e meia
Não sei lhes precisar o segundo.

Nasci na avenida Dom Pedro Segundo.
Eram três as crianças na casa
A mais velha, que mal andava
Um pequeno, que ainda mamava
E eu, que era o segundo.

Nasci na avenida Dom Pedro segundo.
De taipa era a morada
O pai, pra ganhar a vida, viajava
A mãe, enamorada, deixou os filhos na cunhada
E fugiu com um segundo.

Nasci na avenida Dom Pedro Segundo.
Hoje pr’aquelas bandas
Mora quem já partiu deste mundo
Tomara que demore bastante
Pra eu ter que ocupar meu lugar naquele endereço.

Foto de sidcleyjr

O vento num leve pensamento

Calmo no clarão do luar
Ao respirar pelas vestes de algodão um garoto
Sentindo o frio em condição do tempo,
Refletindo faces
Trajetórias de um dia cansado por correr pela areia
Descalço,
Sorriso assassinando o silêncio farto,
O vento na estrada de papel rabiscado
Entre o bem e o mal
Partiu sereno assim orvalho do ego.

No caminho um amante em estética de luz
Na noite,
Na sombra sarcástica
Uma oração crença do tradicional desejo mortal.

Lembra o floco audácia da deserta aquarela sobre o chão
Quando livre entre seus semelhantes poderia receber cantada
Do vento uma pitada de arte ao redor o oásis
A vitima de qualquer entendimento.
Sempre alguma coisa acontece
Acontece ao segundo do piscar
O Piscar da árvore do natal
O velho Noel presenteia
E em cima escritas do poeta,
Cheiradas sobre afago do Criador
...Crônicas declamadas em janela do amor.

Macro

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by:[Fernanda Marinho]

Foto de Cecília Santos

O SOL E A ÁGUA

O SOL E A ÁGUA
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Espero-te como quem espera
o sol acordar no horizonte.
Espero-te por certo a vida toda.
E como todos os dias estou aqui
no mesmo lugar olhando o mar.
Vejo ao longe um pontinho distante,
talvez seja você que está voltando.
Mas como por magia, somes na
linha do horizonte.
Mas continuo aqui onde tantas vezes
eu disse que te amo.
Hoje meus olhos estão cansados de
olhar somente a distância.
Estão cansados de chorar por ti,
que não houve meu lamento.
Espero por ti como quem espera
o calor do sol.
Como quem espera a brisa suave,
a tocar-me o rosto.
Como uma gaivota à voar pelo céu.
Espero por ti como as ondas que
ficam a bailar no mar.
Como a areia fina a beijar-me os pés.
Espero por ti, eternamente...
Sei que um dia o mar vai trazê-lo
de volta pra mim.
Talvez já despido de vida.
Talvez sem a beleza do seu sorriso.
Mas neste dia tenho certeza.
O sol estará mais quente e brilhante.
E a água do mar tão gelada.
Que fará doer meu coração
entristecido.

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2008*

Foto de Darsham

Perdão Meu Deus!

*****
****
***
**
*
Mais um dia de terror. Não conseguia aguentar mais. Ela simplesmente bateu a porta e disse não ao seu presente. Deslizou pelas escadas, encontrou caras, ouviu vozes dispersas, de conteúdo vazio. Procurou na sua memória onde estava estacionado o seu carro. Desejava teleportar-se naquele momento para os confins do universo, onde não fosse mais que uma pequena partícula, desejava que as vozes que teimavam em toldar-lhe a mente se dissipassem nos segundos que marcavam o tempo e que se transformavam em passado.

O frio que se fazia sentir, naquele dia, apesar de o sol se querer mostrar, gelava-lhe a alma e no entanto sabia-lhe bem, atordoava-lhe os pensamentos, sacudia a sua mente e transportava-a para outro plano.

Chegou ao carro, entrou, trancou as portas, ligou o rádio e chorou…baixinho, para que só ela ouvisse. Ficou assim apenas durante o tempo em que a música, tão sua conhecida, ecoou naquele lacrimejado silêncio.

Já na estrada, a sua condução era absorta…se o carro se movimentava, era porque sabia onde tinha que chegar…
Até que, algo lhe rasgou o manto taciturno em que estava envolvida e naquele momento temeu pela sua vida. Uma força desconhecida apoderou-se de si e travou o carro a fundo embatendo fortemente com a cabeça no volante. Naqueles milésimos de segundo, ela penetrou a escuridão e as trevas, para de novo alcançar a luz…

Tomou o comando do carro, agora com extrema atenção e lançou-se dali para fora, querendo apagar aquele momento da sua existência. O seu coração ainda estava acelerado pelo susto, na sua fragilidade recordou porque se encontrava naquele estado e chorou novamente…as lágrimas caíam desgovernadas pela sua face, para depois morrerem no seu pescoço.

Dirigiu-se para a praia. Só o mar lhe poderia dar o aconchego de que precisava naquele momento. Enquanto via a estrada à sua frente e o movimento frenético das ruas, tão próprio da quadra natalícia, apenas conseguia pensar que não pertencia a este mundo. Seriam as pessoas que não a compreendiam ou o inverso? Porque razão olhava para as pessoas próximas e lhe pareciam estranhos, defendendo a sua clausura, deixando que esta a absorvesse? O mundo era um lugar desconhecido para ela…

Sentia-se no término das suas forças e aos poucos ia abandonando o seu corpo. Parou o carro e dirigiu-se à praia. Descalçou-se e começou a caminhar junto à água.

As ondas batiam ferozmente nas pedras, enquanto o dia escurecia e a lua o anunciava…
Na vastidão dos grãos de areia, vislumbrava-se apenas um corpo prostrado, uma alma perdida que gritava na sua muda voz…

Num acto de extremo desespero brada aos céus:
- Deus? Estás aí? Não me ouves? Não me vês? Estou sozinha! Não tenho nada, já não acredito em mais nada, não sou nada! Ajuda-me! – E chorou, desesperadamente, como se a raiva e o desespero das suas lágrimas contivesse algum veneno lancinante, que acabasse com aquela agonia.

Desafiando todas as suas convicções e crenças, levanta-se do chão, ergue as mãos ao alto e berra:
- Acreditei em Ti, depositei em Ti toda a minha fé e hoje vejo que acreditei numa ilusão. Se Existisses não Deixavas que eu morresse em vida, vazia, desabitada…Já não tenho mais fé, já não sou ninguém… – Deixou-se cair sobre a areia e assim ficou, impávida a olhar o mar.
Repentinamente o vento acalmou, dando lugar a uma brisa suave. A água deveio cetim e as estrelas pronunciaram-se sobre o céu, ganhando vida própria.

Ela continuava exactamente no mesmo lugar, mas agora já não estava sozinha. Ao ouvir o seu nome, ao longe, reconheceu aquela voz e virou-se para se certificar. Ao levantar-se sentiu-se inundada por uma sensação de estranha paz e sorriu perante a confirmação do que havia pensado quando ouviu o seu nome ser chamado. Era a sua amiga, aquela a quem tantas vezes havia chamado de anjo por sempre a tentar resgatar da solidão em que vivia.

Abraçaram-se cúmplice e carinhosamente. Após um olhar repleto de palavras, deram as mãos e caminharam até à ausência dos grãos de areia. Ela apertou a mão do seu anjo, em sinal de agradecimento, fechou os olhos e disse baixinho:
- Perdão Meu Deus!

Foto de Osmar Fernandes

Dê a volta por cima

Dê a volta por cima

Livre-se dessa depressão.
Ansiedade mata os sonhos.
Elimina da vida, a fascinação.
Deixa o prazer da vida tristonho.

Abra um sorriso largo.
Alimente sua alma com a fé.
Vença esse momento amargo.
Deixe na areia a marca do seu pé...

Dê a volta por cima.
Faça algo novo.
Mude o seu clima.

A vida é passageira.
Invente um vôo
E reconstrua sua trincheira.

Foto de ivete azambuja

FURACÃO

Furacão

O pouso foi à noite na planície,
Luzes coloriam o escuro povoado.
O cheiro do Calandre impregnava-o e,
ele avançava por um facho de luz adentro...

Ele era como um fantasma. Um domador de feras
enfurecidas, dominando a fúria incontrolável da fêmea.
Ele, que por extremamente alegre que pudesse
parecer, estava perdido em seu próprio emaranhado.

E como cascata, como cachoeira, fazia jorrar palavras,
Desinquietava qualquer partícula passível de movimento,
Aflorava qualquer desejo encoberto ou incestuoso,
Fazia fluir qualquer gesto a muito esquecido.

Ele era assim...

Um furacão em desertos arábicos! Um furacão
desses que varrem o âmago da areia, que
penetra em qualquer espaço invisível, que desatina
qualquer cabeça feita, que ofusca qualquer
espelho, que tem a pele áspera...

Assim era ele... Viajante! Experiente e tolo, amargo e doce, imbecil e
gênio, impiedoso e terno, furacão e leveza de pouso de
pouso de colibri, transparente como vidro,
opaco e desconhecido com Deus!

Assim era ele...
Acabou a viagem. É o pouso da chegada,
É o fim da linha...

(Ivy Portugal)

Foto de annytha

Bom dia meu amor!!!

Bom dia amor... Dormiste bem? Acordastes com o sol tocando de leve o teu rosto sorrindo para ti com seu brilho ofuscante clareando todo o teu quarto, ou o seu brilho estava palido? Ao saires passates pelo mar e percebestes se haviam ondas branquinhas que guardam o segredo das aguas,estavam beijando a areia ou se estavam pesadas, mas com o brilho do teu olhar, elas se alegraram e resolveram acompanharar a alegria da voz do vento e juntos cantaram uma cancao para ti?? Notastes se havia magoas em todas as faces e com o teu sorriso a tristeza pulou de alegria naquelas vidas? E as criancas, tao puras, e ao mesmo tempo barulhentas se tornaram mais felizes com a tua presenca festiva e transparente? Ouvistes musicas dedilhadas ao piano que encantaram teus ouvidos deixando-te como inebriado pelos seus acordes? Ela te fez lembrar algo que um dia te deixou feliz e quem sabe, de repente, tudo se repetira? Bom dia amor!!!

Foto de susanita1983

Pousar as pestanas

Pousar as pontas das pestanas umas nas outras e assim ficar.
Imaginar por entre prados verdes dois corpos a rebolar.
Ver no meio d’árvores dois vultos, que brincando e a brincar,
São dois e um afinal, pousa as tuas amor, vamos sonhar.

Na areia da praia, duas mãos, pela sombra do caminho,
Entrelaçando os dedos e as histórias de carinho,
Que se soltam e se reúnem, deixam dois mundos juntinhos,
A certeza de que os dedo não estão, nem que acordemos, sozinhos…

Deita-te aqui comigo, vamos falar com o olhar…
Passo a mão no teu cabelo, que vontade de te tocar,
Sobrevoo cada canto da tua face, a tua pele a brilhar,
Sobrancelhas alinhadas, nariz perfeito, boca a secar…

Sacode a areia das pernas, anda, vamos correr…
Sentir o vento a levar-me os cabelos, olhar para ti e ver,
Mesmo cansado, tu segues-me e consigo perceber,
Que tu e eu hoje, mesmo esgotados, vamos nascer.

Foto de Henrique Fernandes

MAR DE NÓS

.
.
.
.

Cada onda é um pedacinho
Teu que chega até mim
O mar ama-me por ordem
Do teu amor sem fim

Traz um beijo teu
Na borrasca branca
Espalhando-se na areia
Expondo seres franca

O ruído deste mar
Por ti mandado
Estronda-me a alma
Faz-me sentir amado

Em mim te entregas
Maior que este oceano
Arrasto-me na maré-cheia
Mergulhado em quem amo

Guio-me pelas estrelas
Neste mar de nós
Salgados de distancia
Num tom doce da voz

Foto de Henrique Fernandes

SENTIMENTO QUE DORME NA INSÓNIA

Escuto a incerteza dos murmúrios que encontro no meu caminho carente,
procurando instantes de coisas novas no silêncio,
na frágil culpa do pensamento doente,
atravessando um lugar perfeito em mim grão de areia pelo deserto onde adormece o tempo imperfeito,
embalado pela vertigem da memória arremessada ao abismo do passado que corre ao meu encontro.

Resto oculto na sabedoria de dizer esperança que ondula na vastidão esquecida no meu corpo,
ainda madrugada à deriva pelo ruído da minha loucura.

Levito agitado pelo amadurecimento dos meus movimentos mais ousados,
cavalgo o engodo da escuridão extrema onde brilha um infindável sentimento que dorme na insónia,
onde flui a aresta de uma luz solitária que encobre o meu rosto com chuva despojada de lágrimas,
iluminando o esgotar da alma pelo ventre das sombras nuas que bebem de mim a seiva da juventude derramada na minha ausência encostado ao eco do vazio,
que me contorna o olhar preso na distância
que estremece na palavra do antes silenciado a frio oco pela despedida,
na palavra do durante fora de tempo que abate sobre mim o quão da tristeza,
na palavra do após dos receios escondidos nas minhas fomes sádicas de onde emerge a virgindade perversa
dos meus poemas para além dos sentidos.

Invade-me a saudade inculta do desconhecido num abraço de gelo onde me perco em fúrias e raivas
nas asas de uma dor morta pelo morno dos meus sonhos.

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