Pousar as pontas das pestanas umas nas outras e assim ficar.
Imaginar por entre prados verdes dois corpos a rebolar.
Ver no meio d’árvores dois vultos, que brincando e a brincar,
São dois e um afinal, pousa as tuas amor, vamos sonhar.
Na areia da praia, duas mãos, pela sombra do caminho,
Entrelaçando os dedos e as histórias de carinho,
Que se soltam e se reúnem, deixam dois mundos juntinhos,
A certeza de que os dedo não estão, nem que acordemos, sozinhos…
Deita-te aqui comigo, vamos falar com o olhar…
Passo a mão no teu cabelo, que vontade de te tocar,
Sobrevoo cada canto da tua face, a tua pele a brilhar,
Sobrancelhas alinhadas, nariz perfeito, boca a secar…
Sacode a areia das pernas, anda, vamos correr…
Sentir o vento a levar-me os cabelos, olhar para ti e ver,
Mesmo cansado, tu segues-me e consigo perceber,
Que tu e eu hoje, mesmo esgotados, vamos nascer.