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Foto de Marta Peres

Meu Laranjal

A vida que vivo eu a escolhi
É somente a vida que por mim mesma decidi
Quero viver bem,sem empecilhos à minha evolução
Não jogarei ao vento o que aprendi com devoção.

Fiz planos, sim mas veio o vento e tudo levou,
carregou consigo minhas ilusões e sonhos,
como um castelo na areia tudo desmoronou
e num momento toda minha história se perdeu.

Tudo esvai-se no ar feito poeira
procuro as causas no passado
que sentem os efeitos no que vivencio agora
será plenamente condensado no meu presente.

Estarei bem por certo,
aprendi que dentro do caroço de uma laranja
dorme um belo laranjal, inteiro para mim!
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Cristal

Suave brisa paira no ar
E vejo a ti adormecida dentro de alvo jazigo,
Cristal te transformaste e dormes qual Bela Adormecida
Dos contos de fadas, um dia despertarás...

Um príncipe encantado chegará perto de ti
E te beijará os olhos e a boca e tu irás suspirar
Qual noiva ante o beijo de sonhos...
Todo encantamento dissipará no ar e tu formosa,
Sorrindo, bela, acordarás para o amor...

E driblarás a morte que já tinha nos braços
O teu coração, teu corpo, tua alma...despertará
Como se desperta do sonho,
Em teu primeiro beijo nupcial!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Algo Existe

Algo existe no ar e eu sei, o dia vai lento
E preguiçoso, há fumaça no ar...
Mas há no ar uma fragrância, um frescor
E uma ternura que invade a alma e me acalma...

E meus olhos pousam na imensidão, ar solene
E vejo algo brilhante, estremeço ante beleza sem igual
Nada direi, o silêncio fala por mim, sinto-me sufocar...
Me calo e calada ficarei, sinto que mordaça impede-me a voz.

Deixo que o sentimento fale pelo meu olhar, magia no ar
E ele nasceu do coração que pulsa de emoção, amor!
E palavras se tornam desnecessárias e acumulam,
Lágrimas antes represadas deságuam dos meus olhos...

Tudo é belo e não mais existe o lodo e a lama,
Das minha mãos luzes coloridas e um anjo vem,
Flores e mais flores são colocadas, doce aroma, frescor
E poesia paira no ar, algo existe...

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Sonho

Vivo a sonhar
E me encanto com o luar,
Deixei meu sonho dependurado na barra do horizonte,
É mais fácil, quando vou sonhar
E de tua mulher passei ser amante.

Vivemos gostosa fantasia em nosso amor,
Doce poesia que paira no ar e encanta,
Amar em noites de luar, madrugada afora
E tendo o orvalho como cúmplice...
Brisa macia à beira do lago.

Dou passagem livre aos pensamentos que voam
E vou ouvindo suave canção dos pássaros,
Sonho, sonho, e vivo o meu sonho
E o meu quarto coberto de luar, a cama desfeita
Denuncia o amor dos amantes.

Não há gesto e nem barulho, não necessita
E eu por um instante na beira da janela
Olho, contemplo deus de mitologia grega
Dormindo, suave como o rio que dorme
No fundo do quintal, a brisa entrando no quarto
Inebria, extasia, e tudo começa outra vez!

Marta Peres

Foto de Marta Peres

Resolução

Não sou poeira
ou folha levada pelo vento
Da madrugada
E nem tão pouco
Invisível aos seus olhos
Que não querem me ver.
Maldito!
Lhe digo que és.
Seu olhar misterioso
Caiu sobre mim
Como punhal
Dilacerando meu coração.
Seu ar mais parecendo um olhar
Tomou conta do meu ser
Do meu viver.
Hoje, sem remorso
E sem palavras
Me deixa de lado!
Por ciúmes e acreditando
Ser para você um dano
Vem até a mim,
Me humilhar...
Covarde!
Eis o que é.
Entreguei em suas mãos
Toda minha vida
E a nossa história,
Não conta?
Amar do seu jeito,
Eu não quero
E não preciso
Irei sim,
Vou procurar meu caminho
Sozinha,
Reconstruirei o meu lar!
Marta Peres

Foto de Marta Peres

Processo de Existir

Existem dúvidas que rondam meu ser,
Sentimentos soltos o ar
Verdadeiros espantalhos gesticulando
Ao vento.

Tento sentir meu eu,
Encontro prótese no lugar
Indelicadeza súbita,
Não encontro meu perfil.

Triste realidade,
Vejo tudo a minha frente nu e cru
E isto me afeta,
Gentilmente meu despropósito me
Surpreende.

As escolhas ficam por vir,
Me preparo,
Adicionei o sentido à realidade
Imaginária
Existo e isto é fato.
Marta Peres

Foto de Fernanda Queiroz

Vim dizer que te amo.

Na penumbra de teu quarto,
teu corpo estendido na cama,
desarmado e indefeso,
jaz entre os lençóis amarrotados.
De semblante inalterado,
teu rosto amado.
Um pouco nublado,
da sombra azulada,
da barba por fazer.
De olhos fechado,
de riso calado.
Teu perfume no ar,
um eterno inebriar.
Teus cabelos se espalham
em contraste ao branco suporte,
que ampara pensamentos.
Adormecidos.
Ou sonhos vividos.
Entregue.
Suave.
Estás tão perto,
posso estender minhas mãos,
e acariciar tua mente.
Mais que de repente,
contornar a tua face,
tornear os lábios teus.
Afagar os teus cabelos
percorrer com os dedos meus.
Fazer viver a esperança,
que perpetua na lembrança,
De teu rosto e o meu.
Sussurrar em teu ouvido,
sem dor ou sem gemido.
Frases que ocultei.
Dizer que me libertei,
das algemas do passado,
que quero viver a teu lado.
Que para sempre serei,
mais verdade que sonho,
mais refúgio que fuga,
mais abrigo que adeus.
Dizer que te amo mil vezes.
Olhar nos olhos teus.
Mas você está dormindo,
ou é mais um sonho meu?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Jamaveira

Lindo dia de chuva

Lindo dia de chuva

Estava correndo uma brisa fria, as árvores agitadas o tempo escurecido típica manhã de inverno.
Fiz um café torrando de quente e fiquei ali na vidraça degustando sem pressa, pessoas iam e vinham encolhidas encasacadas percebia-se a tortura de estarem ali por força das obrigações, de repente a chuva engrossa, todos correm em busca de agasalho, foi quando uma linda jovem de saia curta e casaco vermelho se espremera no peitoral da minha janela sem que adiantasse muita coisa, pois o mesmo muito curto e estreito. Por momento fiquei sem ação observando a maravilha que ali se estalou, logo recuperei os sentidos abri a porta convidado-a a entrar no que fui prontamente atendido. Ali estava ela, peito ofegante, cabelos encharcados negros azulados, lindos!
Sua pele alva em contraste tremia de frio seus lábios carnudos balbuciava agradecido... Peguei de pronto uma toalha e passei pelos seus ombros, com gentileza leve-a até a sala aonde o ar quente iria lhe fazer muito bem. Ficamos ali quietos sem movimentos nem palavras, lá fora a chuva não passava, batia na vidraça com ímpeto desenhando filetes que escorriam ligeiros, foi quando de repente ela com seus olhos verdes violeta me fuzilam, assim a queima roupa pergunta:
- Eu poderia tomar um banho quente, por favor, estou gelada.
- Ca-claro fique a vontade, vou te levar ao banheiro.
Sai na frente ela me seguindo, casarão, cômodos distantes...
Ao virar-me pra ela, engoli em seco, deslumbrante cenário, totalmente nua minha visita estava,
sorriso matreiro e muita doçura no olhar.
Não sabia o que fazer, deu um branco, situação diferente minou minhas ações.
Ela com graça segurou minha mão e passou para o banho, não fechou a porta...
A fumaça da água quente logo envolveu aquele corpo de deusa molhado fumegante, era demais para
meu instinto machista, não suportei, peguei-a pelas costas com força apertando-a sobre meu pênis
para meu espanto ela pressionou sua bunda com astúcia e de mansinho pediu-me que ficasse nu.
Corpos ensaboados vontades sem limites taras em exagero, caramba! Uma loucura.
A sensualidade da garota era tanta que parecia ter nascido para o sexo, abri suas coxas penetrei a língua de aço massageando o clitóris seu urro de loba invadia toda casa, seus olhos melosos pedia mais, mais...Coloquei-a de bruços e com apetite animal cravei-lhe o ânus sem dó, feito cachorra no cio mordia, gritava e pedia mais... Empurrou-me de repente na banheira pulou em cima com seus lábios de suga-suga colocou meu cajado em sua boca, parecia que ia engolir de tanto prazer, olhava nos meus olhos e chupava, às vezes tirava o pênis permanecendo com a ponta da língua acariciando a cabeça pra de repente engolir, coisa de louco; nessa altura meus dedos deliciavam-se em sua vagina masturbando-a e acariciando seus seios, o tempo passando a chuva escorrendo nós na safadeza se derretendo, no ultimato do desejo finquei-lhe com ardor na vagina gritando com ira minha PUTA, CACHORRA e ela mordendo meus dedos gozava louca... Extasiados , enlouquecidos viramos bicho, ainda no ímpeto num bote felino bebeu todo meu sêmen com avidez. A chuva agora mansinha prenunciava à tarde que se avizinha, puxa! Que dia.

Jamaveira

Foto de Cecília Santos

CAÇADOR DE PIPAS

CAÇADOR DE PIPAS
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Céu azul, vento forte.
Manipuladas por mãos hábeis.
Ganham vida e sobem ao céu.
No doce balanço do vento.
Dezenas de pipas, de formatos,
e cores vivas.
Dão show de bailado no firmamento.
Da minha janela, observo embevecida.
A alegria dos meninos, que hora dão
linha elas sobem tão alto.
Vão pertinho das nuvens até parece
que são os anjos, que estão puxando
os fios invisíveis pra brincarem também.
Suas danças são diferentes,
umas calmas, outras sinuosas.
Outras brincam ao doce sabor do vento.
Dão piruetas, vôos rasantes.
Outras se enrolam nas linhas daquelas que
estão próximas, e a brincadeira prossegue.
À espreita, olhar atento, sempre há,
o caçador de pipas aguardando.
Quando uma tem sua linha cortada,
e começa cair, levada pelo vento pra longe.
Numa desabalada carreira, entra em ruas,
becos, e vielas.
Seu tino aguçado, diz que esta no caminho certo.
Olha o céu, e vê seu prêmio chegando.
Cansada de bailar, a bela pipa cai por terra desfalecida,
pelo longo bailado no ar.
E o caçador apanha seu troféu...
Feliz e sorridente, retoma seu caminho de volta.
Olha o céu e sorri contente.
Tudo vai recomeçar outra vez.

Direitos reservados*
Cecília-SP/08/2008*

PS/Inspirado no Filme Caçador de Pipas.

Foto de Fernanda Queiroz

Meu Papai

Papai.
Hoje comemora teu dia, que são todos os dias que com tua presença mágica preenche meu dia.
Gosto de estar assim diante do computador e deixar minha mente vagar no teu carinho sempre presente, na tua mão grande, morena, que se entrelaçavam as minhas pequeninas, transmitindo proteção.
Sentir meu corpinho de menina aninhado em teus braços em momentos de medo, “como nos dias de fortes tempestades” saudades batalhas ou vitórias, a qual sempre me ensinou que é exatamente o espelho que reflete a imagens de nossos esforços.
Sentir meu corpinho cansado das brincadeiras, do pique esconde, das enormes corridas, onde muitas vezes você me deixou ganhar se enrolando sabiamente em algum obstáculo, deixando o ar de vitória as minhas pequeninas pernas, que sempre o seguiu, desde que Deus honrosamente me deu o privilégio de chamá-lo de papai.
Papai, do jeito que eu queria, sem jamais ser utopia, exemplo gritante em todos os dias.
Coração entregue, no ato e no fato, onde o sentimento foi o laço que gerou harmonia.
Papai, que me ensinou que a coragem, é parte da bagagem que nos leva as metas sonhadas, mesmo que o caminho seja tortuoso ou longo, mas é por onde jogamos sementes, sem nos preocupar com o solo vai ou não germinar, é fazer da vida um eterno semear.
Papai, que me ensinou o ontem eu posso mudar, que o amanhã começa hoje, o depois agora, que o futuro será sempre o presente que cultivei colheitas que eu plantei, no carinho que dei, da mão estendida e destemida, que faz com capacidade, nascer igualdade, berço da humildade, percurso da lealdade, que faz com que eu sinta de verdade, que vale a pena ter existido, que a vida só tem sentido sem o poder ser mantido, mas com amizade e amor distribuído.
Papai, que me mostrou que estar perto é estar dentro, em todos os momentos.
Papai, contigo aprendi, não sei se tudo, quem sabe a metade, que pude fazer florescer, emocionar a colher na semente que em mim germinou, onde uma frase de tua neta é um podium de um troféu dos anos passados ao teu lado.
“O que começa em mim, jamais terá fim”. – Flávia Rocha.
Eu te amo, papai, e o amor que começa em mim, jamais terá fim.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.
12/08/07

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