Enviado por Carmen Lúcia em Qua, 19/09/2007 - 02:20
O inverno se foi...
Levando sentimentos frios.
O sol despontou...
Acariciando folhas caídas
Que ganharam nova vida...
Ressuscitando pétalas mortas, vencidas.
Um suave aroma é soprado pela brisa
Que se espalha no ar feito canção, feito fusão
De essência de alfazema, lavanda, almíscar...
Borboletas desfilam suas cores
E disputam flores com os beija-flores...
Rastros verdejantes, o matiz das cores
Invadindo campos, despertando amores...
Abro a janela!Tão bela!É ela!
Veio com a primavera...
Como a primavera...
Minha prima Vera!
Exalando olores, toda a exuberância,
Porte e elegância, dignos da estação!
É ela!Tão bela!
Veio com a primavera!
...Minha
......prima
.........Vera!
Pedra Grande, a cidade inteira, à seus pés,
Vento cantando, e o sol intenso a brilhar.
E nesse recanto tranüilo, e mágico que a natureza criou.
Você se transformou, em milhões de pontos cintilantes.
Cada partícula de cinza, do que se transformou seu corpo,
Foi levado pelo vento, livre e solto pelo ar.
Nas asas transparentes, de um anjo lindo à voar.
E recebendo os raios do sol, ia se transformando.
Em milhares de borboletas coloridas, que voavam pelo céu.
Nesse lugar lindo, e imenso, que quase se mistura ao céu.
Com certeza você, vai continuar a voar,
por entre as nuvens brancas de algodão.
Por entre as pedras esculpidas, pelo força da chuva, e do vento,
Vai cantar e dançar, com a brisa leve, e perfumada.
Fará parte do dia, da noite, do sol, e será arco-íris colorido.
Depois que a chuva cair, como uma gigante gota transparente,
Flores nascerão, por entre as pedras.
E a vida vai permanecer, sobre esses rochedos.
Assim como as ervas daninhas, e as flores, você também viverá.
Pois o espírito não morre nunca, é eterno.
E no espaço, e no tempo, você se eternizou.
Reluzirá em cada raio do sol, todos os dias.
E cada estrela do céu, terá o seu brilho.
A brisa será leve, e perfumada como seu riso.
As chuvas que caírem, serão suas lágrimas,
que apagará o pó, e aliviará a alma sofrida!
Você será isso, e muito mais...!
Você será a própria existência...!
Direitos reservados*
Cecília *Poema feito p/minha filha Fernanda em 10/04/07*
A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho com flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....
Fecha os olhos... Vem comigo!
Quero passear com você,
Esquece que esse amor é proibido
Quero que conheça um lugar.
Vê essas flores?
Sinta o perfume de alfazemas no ar
Vem! Segura na minha mão
Vou te mostrar os sonhos que desenhei
Cuidadosamente para te mostrar...
Não se preocupe ninguém poderá nos ver
Aproveite... Olha o sol se pondo...
Propositadamente pintando o céu assim
Pra que nunca possamos esquecer
Esse final de tarde...
Sinta essa brisa suave tocar sua pele
A brisa que tantas vezes desejei ser
Só pra tocar seu rosto...
Vem! De um sorriso!
Porque está tão serio?
Tem medo de enlouquecer?
Vamos ser loucos por um instante!
Já que amantes não podemos ser...
Que importa se é loucura ou não?
Se só assim posso ter você
Nesse passeio pelo irreal...
Que nos faz tão cúmplices por um momento
Que chego a sentir teu cheiro...
Enviado por cathy correia em Sáb, 15/09/2007 - 16:59
Meu jardim secreto,
Meu perfume,
Minha flor que trago dentro do peito
Guardada dentro da caixa do Amor!
Meu sonho,
Meu olhar indiscreto,
Fantasia de um passado
Que teima em não partir!
Tua boca,
Teu gesto,
Meu presente paa sempre
Que não se quer abrir!
Há um desejo no ar,
Cumplicidade,
Magia que se toca,
Faísca lançada ao vento...!
Amor impossível de abraçar
Mas que para sempre
Me fará sonhar!
Escondida na penumbra de uma sala
Olho a noite fria e adormecida
Lá fora somente o vento se move,
Calando a minha voz e sangrando velha ferida.
Deixo que uma música suave ocupe o ar do ambiente
Na inútil tentativa de acalmar meu coração.
Inutilmente quero que os acordes da musica
Entorpeçam a minha mente, roubando me a razão.
Nas minhas mãos um copo de vinho
Quando levado aos lábios parecem tremer.
Pois é como um brinde feito a angustia
Marcando o presente por não lhe ter.
Em silencio lagrimas correm por meu rosto
e acaba misturando no vinho seu sabor
Tornando-o uma bebida de gosto diferenciada
“Uvas batizadas em minha dor”.
Eu me pergunto sem obter a resposta
Qual a razão para esse sofrimento atroz
Será que nessa noite fria, solitária e vazia.
Você seria capaz de ouvir minha voz?
Isso na verdade não importa agora
Pois meus sentidos estão todos em frangalhos
Meu coração nada mais é do que uma flor perfumada
Mas que jaz pendurada, morta em seu galho.
Se nesta hora se os deuses ouvissem meu lamento
Com certeza iriam de mim se apiedar
Talvez me roubassem as asas dos sonhos
E me fizessem na pira do esquecimento me aconchegar.
E ali envolta no fogo da solidão eterna
Encontrasse o abrigo distante da minha dor
Talvez um dia eu renascesse dessas cinzas
Banhadas em lagrimas de ouro derretidas no amor.
Foi a paixão solitária de uma vida sintectica, que num dia, sem aviso previo, trouce até mim o homem ao qual entreguei meu corpo e minha alma!
Não direi que não sofro de amor, mas direi sim que o amor que sinto é uma doença incuravel, que me causa febre, loucura e uma felicidade estrema, como se tivesse injectado algo em meu ser.
Amar é um vicio ao qual me recuso a abandonar... há quem o julgue saudavel, outros consideram-no doloroso, existem ainda aqueles que o usam como passatempo... eu considero-o tão importate como o ar que respiro, pois que é ele se não a insencia da vida?!