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Foto de KarlaBardanza

Carma de Plutão

CARMA DE PLUTÃO
Antes que a lua entre em Leão,
preciso te falar de mim,
da minha paixão...da nossa sinastria.
Preciso te dizer que a nossa conjunção é perfeita.
Então..me aceita, me acolha,me escolha...
Dentro desse Aquário um Escorpião
faminto e sorridente,
ciente do teu Marte pisciano...
fugidio...sinto frio...
Não quero nem saber,
esse ano ainda conquisto você.
Antes que Vênus fique em quadratura...
com Saturno...
quero te dizer que já não durmo,
já não fumo,e nem bebo.
Estou a mercê do seu Júpiter em VIrgem
que me causa tanta vertigem
toda vez que te vejo de azul...
Eu e você - trígono certo,
Estou perto de te beijar...
Minha lua ao lado do teu sol...
Nos teus olhos um mar...
Plutão domando esse desejo,
que vejo escrito nas estrelas.
Urano se insinuando...e eu...
sou de Marte...adoro essa parte
que diz que tudo combina.
É a minha sina passar em revolução
pelo teu coração...
Mercúrio vai abrir sua mente...
entenda essa indecente,
Netuno vai te inspirar...
sou eu aqui,prontinha,
pra te amar.
Esse teu sorriso...impreciso...
preciso tanto disso...
dessa conjunção de Marte e Vênus...
desse teu ascendente em ar...
Quero tanto te mostrar essa combinação,
esse feitiço duplo...uma nova direção.
Eu e você - carma de Plutão.

Karla Bardanza

Foto de MARTE

NA ESSÊNCIA DO MEU QUERER

Ver o mar azul na sua cor,
Neste areal do meu caminhar,
Com uma brisa ligeira,
Com o luar no seu esplendor,
Na companhia do teu olhar,
Vou sonhando contigo á minha beira!
Neste mar com nuvens de algodão,
Parecendo-se com as da espuma,
No ritual de uma canção,
Na melodia de quem ama...
Quero na madrugada,
Com a companhia da meiga Lua,
Ver-te no horizonte a brilhar,
Com o reflexo da tua face desenhada,
Projectada no meu olhar nua,
Nos versos que trasmitem o teu olhar...
Olhar a tua face presente,
Desenhada neste meu espaço,
Viver o mistério do teu caminhar,
Amando a imagem docemente,
Quero sentir o teu abraço,
Num momento que me fará sonhar...
Momento de tentação,
Num desejo imperecível,
Numa sensação indefinínivel,
E compor os versos desta canção...
Nos encantos do teu rosto,
Ver um fogo posto,
Nesse teu olhar aveludado,
Por mim um dia sonhado...
Sereia, musa que me encanta,
Tudo em ti me seduz,
Nesse olhar que canta,
A melodia que me dá luz...
Quero fechar os meus olhos,
E viajar nos meus sonhos,
Guardados no meu coração,
Na melodia desta canção...
És o meu maior tesouro,
Guardado num silêncio de ouro,
A princesa dos meus sonhos,
Musa dos meus desejos...
Que nas madrugadas me conduz,
No tempo e no espaço,
Com um olhar que me seduz,
Quando sinto o teu abraço...
Com a melodia no ar,
Uma certa brisa a me tocar,
Numa imensa vontade contida,
Versos da minha vida...
És a musa que domina,
Toda a minha imaginação,
O sol que ilumina,
Os versos desta composição...
No meu sonhado paraiso,
Vais compondo o meu mundo
És tudo o que eu preciso,
Rainha do meu tudo...
Quero sempre para ti olhar,
Um dia ao teu lado viver,
Não quero apenas sonhar,
Nesta composição do meu querer...
MARTE
JCarvalho
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=9095
http://marteemterra.zip.net/
http://martejc.hi5.com
http://jcarvalho13fotografias.spaces.live.com/
http://jc.amigoz.com.br/

Foto de Remisson Aniceto

Estrangeiro

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Estrangeiro sou e não ardo.
Meu corpo segue em névoa calma.
Não carrego nenhum fardo:
não sofre quem não tem alma.

Piso as pedras do caminho
livre, só, sem rumo certo.
E por ser assim _ sozinho _
nada é longe, nada é perto...

Estou aqui, além, aquém,
não importa meu destino;
se não me espera ninguém,
meu viver é peregrino.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Ser estranho é ser feliz,
é ter tudo e não ter nada,
ser mestre e aprendiz,
tendo a casa na estrada.

Vai, alma, não voltes mais!
Vê se te aportas noutro porto.
Ser assim muito me apraz:
não ser vivo nem ser morto...

Se meu corpo não tem alma,
minha`alma um corpo não tem.
Tal estado hoje me acalma;
a ela não sei se convém.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Sou meio-termo inteiro,
animal de consciência;
sou ar puro e passageiro,
que de si não dá ciência.

Minha`alma foi carcereira
do corpo, as rédeas tomava.
Fingia ser companheira
enquanto só regras ditava.

Perdi amor e felicidade,
que a ela não interessava.
Hoje há paz e não saudade
da alma que o corpo matava.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
é que longe, aquém das serras,
alma me abandonou...

Desalmado sou, bem sei,
estou solto e desgarrado,
livre do mundo, da lei,
sem presente e sem passado.

Minha`alma já foi bem tarde
se perder por outros lados.
Faço tudo sem alarde:
sem alma não há pecado.

Vai, alma, pedir pousada
em corpo que te receba.
Sou feliz e não me agrada
te encontrar pelas veredas.

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

É bom que eu seja assim,
como nuvem passageira...
Que o mundo não saiba de mim.
Sou quem não fede nem cheira.

Fui louco, tolo, bastardo,
a alma de mim fez desdém.
Leitores, compreendam meu fado:
a alma jamais fez-me bem.

Serei o que queiram que eu seja.
Se quiserem, serei ninguém.
Sou o novo que viceja
do que já foi velho. Amém!

Sou estranho nesta terra.
Estranho? E por que sou?
É que longe, aquém das serras,
a alma me abandonou...

Foto de Fatima Cristina

Eu fui...

Aquilo que fui, serei eu de novo essa mulher???
Eu sei o que fui mas nao sei mais quem sou.

Eu fui uma mulher de sonhos e fantasias quando te conheci...
Fui capaz de jogar tudo pro alto pra ficar junto a ti...Porque diziam que o amor era tudo o quanto bastava pra se ser feliz...
Eu fui menina e hoje mulher sofrida.
Fui um sonho belo, agora um pesadelo.
Fui mais feliz quando te tive por perto, somente feliz no presente.
Fui sorriso quando te via sorrir, fui lagrima quando te vi chorar.
Eu fui tudo aquilo que me pediste pra ser, e deixei de ser o que era antes de ti.
So fui algo e alguem quando teu corpo estava por cima do meu, quando teu sexo e o meu se encaixavam.
Fui alma imortal enquanto tiveste amor por mim, e morri assim sem mais menos quando te foste.
Deixaste no ar o que fui e levaste o que nunca serei.

Fui desejo e loucura, desejo por ti, louca por ti em todos os nossos momentos.
Fui fidelidade, fiel ate mesmo no pensamento.
Fui paixao, aquela que chegou em ti e jamais partiu.

Fui amor que nunca te abandonou.

Foto de Remisson Aniceto

Transição

É tão fria a cova e tão escuro o horto
onde depositam meu corpo doente!
_ Como a cova é fria se o corpo é morto?
A partir de agora só a alma sente...

Ah! Esta cama rude onde estou deitado
e este quarto escuro e tão bem fechado!
Tento levantar, mas estou tão cansado...
Que rumor é esse ali no quarto ao lado?

Há um jardim bem perto: sinto o odor das flores.
Quero levantar, mas estou tão cansado...
Estou tão cansado mas não sinto dores.
E o rumor aumenta ali no quarto ao lado.

_ Desçam o caixão! _ diz alguém lá fora.
Quem morreu enquanto estive dormindo?
Bem perto da porta ouço alguém que chora,
lamentando a sorte de quem vai partindo.

Quero levantar, faço força tamanha
mas tenho as mãos inertes e o corpo duro.
Agora o padre reza numa língua estranha,
enquanto fico preso neste quarto escuro.

Está caindo terra sobre o telhado.
Parece que o mundo está desabando...
Falta-me o ar neste quarto fechado
e lá fora há uma multidão chorando.

Sinto um tremor leve, um breve arrepio...
Já quase nada mais estou sentindo.
Por que não me tiram deste quarto frio?
Alguém morreu enquanto estive dormindo.

É tão fria a cova e tão escuro o horto
onde depositam meu corpo doente!
_ Como a cova é fria se o corpo é morto?
A partir de agora só a alma sente...

Foto de Soninha Porto

Oração ao vento

Assovia minuano....

ó deus das fortes correntes
dos barulhentos vendavais
das refrescantes brisas
do frescor das aragens

leva longe minhas dores
torvelinho de desenganos
ventila os sofrimentos
areja meu triste cotidiano.

sopra forte minuano
rodopia o ar frio
congela como morte
meu eu, todo este vazio

varra meus doídos pensamentos
mistura-os às folhas que caem
arrasta tal rajadas de lamentos
as tristezas que se esvaem...

ó deus do vento insano
seca minhas lágrimas
arrepia minh'alma, minuano
esparrame-se em rimas

vento do sul a espreguiçar
Em tão gélidos movimentos
clarifica o céu cinzento
risca o azul deixando-o cintilar

Assovia minuano...

Soninha Ferraresi Porto®

Foto de Soninha Porto

ORAÇÃO SEM PIEDADE

me vejo em oração
as feições contraídas
sobrevida da vida remexida
descida íngreme do ser
se aperceber do nada
saravaidas de tristezas
incertezas
só na firmeza da fé
é o que é
não adianta...
sacripantas é como sou
vou e vôo...
e enjôo da vida vulgar
só a pensar no que não dou
do que não sou
e peço e imploro
no meu choro quente deslavado
abafado dentro do peito
sem jeito de saber
nos trejeitos do fazer...
está a anoitecer
lá fora o clarão da lua
rua deserta
e os meus murmúrios
murmurantes de perdão
correm pelo ar
a me acusar
a entornar sobre a cabeça
e antes que eu ensurdeça
me ajoelho
e me aconselho com as estrelas
elas brilham pra mim
mas não me tocam
me olham,
me ignoram
enquanto o meu choro
e a minha dor
me defloram

Soninha Ferraresi Porto®

Foto de Soninha Porto

C O M P A R T I L H A R !

dormi leve
na sensação dos teus olhos em mim...
espantados
gulosos
me tocando no ar
quase deu pra sentir
tua ânsia de me ter
a tua voz rouca
indecente a tecer
finos acordes do tesão
da paixão
desfrutei ...
vistes ... sentistes...
o meu escorrer
vertedouro de minha loucura por ti
começaste em versos
tocando o meu ser
invadistes meu eu...
ah, poeta...
belas alegorias
nas alas da minha existência
tão suavemente!...
terminas por ter o meu corpo
esfogueado
amante
a enfeitiçar teus desejos
exibes teu cerne
de homem impetuoso
sedento...
fragmentos desvendados
de tuas vivências
assim..tão encantadoramente...

Soninha Ferraresi Porto®

Foto de LordRocha®

Lembranças...

Busco nas lembranças um alento para minha alma:
Alma turbada pelos dias que se passa com sua ausência;
Lembro-me de um dia de sol, com uma suave brisa;
Um lindo dia, horas perfeitas, inesquecíveis, incomparáveis;
A natureza parecia nos embalar em seus braços;
O rio em conjunto com o ar conspiravam ao nosso favor;
Os pássaros pareciam a maior e mais linda das orquestras;
A grama era como um ninho nos acolhendo, nos embalando;
Seu cheiro me embriagava, com o perfume natural do amor;
Seu corpo transmitia ao meu, um calor que me dominava;
Sua voz soava como o som do mar, suave e majestosa;
Conversávamos sobre tudo e tudo estava perfeito;
Tudo nos fazia sorrir, sorriamos de corpo e alma;
Lembro-me do seu sorriso lindo, espontâneo, sincero, único;
Lembranças... Doces e Inesquecíveis Lembranças;
Sinto que vivo delas, são como a seiva, como o orvalho;
Como a luz; a água, o ar, fonte da minha existência;
Sem elas sou livro sem história, história sem início, meio e fim;
“Você meu amor.”
História da minha vida, vida para minha história.
“Meu eterno amor.”

Foto de Jósley D Mattos

TU

Corpo, alcova e carne
além da língua o suor
alento pelo estreito de teus poros
acolhe sereno gozo
afoito ar na asfixia do silêncio...
Chamar-te-arei Lirio
Cultivar-te-arei mulher
abrigo simples das caricias
dúctil, íntima
Segredosa flor das retinas
Véspera das horas amiúde...

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