Vivo a sonhar
E me encanto com o luar,
Deixei meu sonho dependurado na barra do horizonte,
É mais fácil, quando vou sonhar
E de tua mulher passei ser amante.
Vivemos gostosa fantasia em nosso amor,
Doce poesia que paira no ar e encanta,
Amar em noites de luar, madrugada afora
E tendo o orvalho como cúmplice...
Brisa macia à beira do lago.
Dou passagem livre aos pensamentos que voam
E vou ouvindo suave canção dos pássaros,
Sonho, sonho, e vivo o meu sonho
E o meu quarto coberto de luar, a cama desfeita
Denuncia o amor dos amantes.
Não há gesto e nem barulho, não necessita
E eu por um instante na beira da janela
Olho, contemplo deus de mitologia grega
Dormindo, suave como o rio que dorme
No fundo do quintal, a brisa entrando no quarto
Inebria, extasia, e tudo começa outra vez!
Marta Peres