Ar

Foto de poeta dionisio

Beijos

Abri toda a janela...
E ali coloquei uma tela...
Olhei para o céu...
E nas Estrelas eu vi...

Um olhar fascinante...
Que olhava para mim...
A mais bela Estrela...
Desenhei para Ti...

Peguei todas as cores...
E fiz uma aquarela...
Uma aquarela circular...
Com forma de estrela a rodar...

Com você dentro dela...
Um brilho ofuscante...
Espalhei pela tela...
Pairava ensima do Mar...
Todas as formas de Amar...

Era um Anjo voando...
Sobre as àguas do Oceano...
Eu fiz o reflexo no ar...

Enfeitei com borboletas...
Voando ao seu redor...
Que ia para lá e para cá...
Os cabelos esvoaçantes...
Com os ventos a todo instante...

Milhares de rosas...
Com todas as cores...
Espalhei pelo Mar...
Como uma chuva de pétalas...
Fiz o seu perfume exalar...

Ao meu Anjo,Meu Amor...
Minha canção mais bela...
É tudo que sinto por ti...
Um Amor sem Fim...

O brilho do seu olhar...
Se refletiu no mar...
Todo dia te sinto...
Menino lindo!

Não sei te deixar...
Mesmo na chuva...
Mesmo com frio...
Te busco meu rio...

Água doce meu calor...
Meu eterno amor...
Meu coração ganhou...

Um doce sorriso...
Encontro no seu olhar
Depois de me beijar
Em toda poesia...

Um beijo eu mando pra ti
Todo dia tem beijo
Não paro de te beijar
Em minha poesia eu decido

Quem não gosta de beijo
Vive a me criticar
Agora eu pergunto?
Quem não gosta de beijar?

Sonia Santos

Foto de ivaneti

Liberdade

MINHA LIBERDADE...

Sou eu, nesta gaiola
Com a porta aberta, olho para fora,
Preciso de ir embora!
Não tenho coragem…
Quando amanhece, bate forte o sol da liberdade!
Procuro o "EU" para voar,
Mas o peito parece falhar,
É tudo uma triste ilusão!
A garganta sufoca o medo de ser livre!
É o medo de ser feliz!...
Quando anoitece, o luar é meu companheiro.
vejo a energia da terra, mas a do ar.
Me faz fraquejar...
Fico aqui cabisbaixo... pensando na vida...
Enquanto muitos correm em busca da sua…
Amada... vejo a felicidade lá fora indo embora...
E minha gaiola livre com a porta aberta...
O sonho fica preso aqui dentro do peito.
Enquanto a coragem é a única chave da minha liberdade...
Vejo a solidão minha eterna companheira...
Porque as minha asa não têm vida para voar...
Sou mais um canarinho triste a cantar...

Foto de belladona1963

Escrevo Para Ti

Escrevo para ti, outro poema,escrevo para ti,com lagrimas secas nao te falarei do amor ,pois esse conhece me melhor que os sentimentos. Não queres ver nos meus suspiros. Escrevo te sem vontade, gostaria de te falar do inverno, das chuvas e do sol. Mas vou te escrever uma carta,será a unica, que escrevo algo para ti mil rascunhos,que depois rasgo em mil pedaços,pois tenho medo.Hoje vou te falar de uma mulher. Uma mulher que te amou respirou o ar que tu largas. o suor que traspiras e o amor que tu rejeitas. Não quero que penses que ja nao te amo, amo sim e gritaria mil vezes aos ventos, subiria mil degraus para te tocar, mas estou fraca.As lagrimas querem partir do meu rosto, sorriso triste, pois nao te tenho.Quero te falar de uma mulher que ama o impossivel, que chora pelo irreal, que grita e ninguem ouve.Quem queria ser amado assim? quem não queria ser adorado assim, acariciado quem nao queria retribuir um beijo. Espero sempre uma flor um convite para jantar, um beijo roubado ou um sorriso, espero de ti.Mas tu não vens.Quero-te escrever sem falar de amor, quero apenas que me digas não te amo, nao te quero. Mas não posso viver sem o teu amor, sem as tuas palavras, que me queimam a alma e me fazem sentir viva. Mas diz-me pois não quero viver. Quero escrever e falar-te de alguem que não pode dizer que já nao ama mas sim de alguem que precisa de alguem para amar.

Foto de belladona1963

Escrevo Para Ti

Escrevo para ti, outro poema,escrevo para ti,com lagrimas secas nao te falarei do amor ,pois esse conhece me melhor que os sentimentos. Não queres ver nos meus suspiros. Escrevo te sem vontade, gostaria de te falar do inverno, das chuvas e do sol. Mas vou te escrever uma carta,será a unica, que escrevo algo para ti mil rascunhos,que depois rasgo em mil pedaços,pois tenho medo.Hoje vou te falar de uma mulher. Uma mulher que te amou respirou o ar que tu largas. o suor que traspiras e o amor que tu rejeitas. Não quero que penses que ja nao te amo, amo sim e gritaria mil vezes aos ventos, subiria mil degraus para te tocar, mas estou fraca.As lagrimas querem partir do meu rosto, sorriso triste, pois nao te tenho.Quero te falar de uma mulher que ama o impossivel, que chora pelo irreal, que grita e ninguem ouve.Quem queria ser amado assim? quem não queria ser adorado assim, acariciado quem nao queria retribuir um beijo. Espero sempre uma flor um convite para jantar, um beijo roubado ou um sorriso, espero de ti.Mas tu não vens.Quero-te escrever sem falar de amor, quero apenas que me digas não te amo, nao te quero. Mas não posso viver sem o teu amor, sem as tuas palavras, que me queimam a alma e me fazem sentir viva. Mas diz-me pois não quero viver. Quero escrever e falar-te de alguem que não pode dizer que já nao ama mas sim de alguem que precisa de alguem para amar.

Foto de Leonildo

No Azul Do Céu

No azul do céu, nós brilhamos novamente, para que um anjo nós abençoasse diante dos olhos dos céus azuis, como a brisa dos trêmulos pensamentos que irradiavam nossa louca paixão.
Nossa paixão estava se expandindo, por todos os corações, de todos os planetas que ali estavam, mas queríamos mais e mais, que a paixão acabou virando obsessão, este amor ambicioso e cheio de ciúmes se acabou.O amor foi perdido como uma folha ao se quebrar do galho e o vento a levou tão rápido, que não deu nem pra ver o seu vulto ao passar pelo ar.
Ficamos sós, se separemos por todo o tempo que podíamos dar um ao outro...

Foto de Naja

O AVESSO DAS PALAVRAS

O AVESSO DAS PALAVRAS

Hojer preciso escrever, é imperioso
escrever sobre esse vazio em
minh´alma .
Sem saber o que dizer, o que narrar...
pois estou ôca, estou só, sem ter com quem falar, conversar...
Alguém que entenda o que digo
nessa minha confusão de pensamentos,
transtornos que parecem levar o meu sentir,
deixando-me no ar, sem sentido, sem razão,
sem eu mesma, sem meu ser.
Penso que cheguei ao avesso da vida
sem nexo, sem sentido, sem nada...
vazia.
Não sei mais como comunicar-me; tudo mudou e eu fico aqui,
no reverso da medalha,
a procura de um sentido para a vida,
de palavras coerentes, mas nada sai...
Vivo ocmo num sonho, percorrendo caminhos por onde andei, por sonhos
que não realizei, pelo amor que perdi.
Me perdi...e não mais me achei!

ANDARELA

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de Cecília Santos

O AMOR É NADA SEM VOCÊ

O AMOR É NADA SEM VOCÊ
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Ouço a chuva caindo, batendo no telhado
Ouço soluços abafados.
Não sei se é da chuva
ou é do meu coração entristecido.
Nesse momento uma doce saudade.
Me invade a alma, e é como se eu
sentisse novamente.
O perfume das flores que você me dava.
Sinto o calor do sol, vejo o brilho das estrelas
Sinto o gosto do seu beijo.
Ouço a cantiga do vento entoando
nossa canção.
Lembranças apunhalam meu coração.
Tudo relembra você.
O ar que entra pela minha janela,
tem o seu cheiro.
O orvalho da manhã, tem sua maciez.
Tenho saudades de você.
Tenho saudades do seu amor.
Tenho saudades do seu sorriso.
Tenho saudades da sua voz,
cheia de carinho e ternura.
Um vazio ocupa seu lugar.
O amor era tudo com você.
O amor é nada sem você...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/2007*

Foto de angela lugo

Amor meu vem logo

Amor meu vem logo para meus braços
Vem adormecer ao meu lado
A saudade bateu forte no meu coração
Não queria abrir esta brecha
Mas de nada adiantou...
Senti o teu perfume correndo no ar
Inalei-o e não consegui mais esquecer
Este cheiro que somente você possui
Ele é especial tem cheiro de amor
Que faz incendiar o meu corpo
Faz com que minha alma delire
E que meu corpo peça pelo teu
Amor meu vem logo...
Não me deixe aqui a te esperar
Não vou suportar mais tempo
Sem ter você nos meus braços
A me amar, acarinhar...
E esquecer o tempo que fiquei
Aqui sozinha morrendo de saudade
Deste amor que somente você sabe dar

Foto de tadeu paulo

DE BROA E CHÁ DE JASMIM . . .

DE BROA E CHÁ DE JASMIM . .

senti no ar
o cheiro de
chá de jasmim;
do forno, assando,
o aroma genuíno
de frescas broas;
saudades de vovó;
manhã de inverno;
eu, saudades
de mim, menino...

(Tadeu Paulo -- 2007-09-12)

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