Na noite em que me disfarcei de soletrar,
caíram-me as calças,....
fiz-me de tarado,
sorri, meti dois pingos
de solidão nas retinas,
e lá fui eu ao desvario,...
encontrei a vida deprimida a copiar
registos de plena realização da morte,....
abri o casaco e senti-me
gozado no meu sentimento de homem
que espera vícios do
ar que respira,...
ventou,
soprou tanto o bafo do
desprezo que só tentei
mais a criatividade,...
pintava sóis atrás de um
corpo em putrefacção da
criança mais adorável do mundo,....
apaixonámo-nos, e hoje
somos quem manda no mundo,...
eu, o fazer bem a olhar
para o quem cá de dentro,....
ela, gosta de comer
sonhos congelados para sobreviver.....