Água

Foto de Dennel

Pesca submarina

Na água, a garça
Brinca de mergulhador
Alimento no bico

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Sonia Delsin

CANOA FURADA

CANOA FURADA

Ela mal colocou o pé e sentiu que se molhava.
É, a água entrava.
A mãe tentara alertar.
Lembrava um pouco tarde que a mãe tentara lhe mostrar.
Coração de mãe sempre pressente, sente.
Canoa furada.
Ela que já fora tão magoada.
Era o rio ou a canoa.
Uma opção era ruim e a outra não era boa.
Voltar? Retroceder?
O problema ela tinha que resolveu.
E resolveu.
Se jogou no rio.
Arriscou.
No grande rio como barco soçobrou.
Mas tentou.

Foto de Dirceu Marcelino

LARA - TEMA MÚSICA DE MEUS SONHOS

Eu sou feliz por que tenho você para amar,
Eu sou feliz, pois tenho você para ver,
Choro só com a sensação de ter perder,
Imploro, fiques, preciso sempre te olhar.

Sem você não sei como fazer para viver,
Sinto-te como o sol, a água e o ar,
No vento e na luz que ilumina o meu querer
E traz na flor o teu perfume para eu cheirar.

Vejo o brilho de teus olhos cintilantes,
Num buque de rosas champagne, emoldurando
Tuas faces coradas e magnetizantes

Expelir do fundo de tua alma e elevando
Aos céus a força de teu espírito contagiante,
O ânimo apaixonado dos que te estão amando.

Foto de Sirlei Passolongo

Eu Acredito!

Por mais que o mundo diga não
Eu acredito!

Acredito no ser humano
Que ele é capaz de amar
De construir
Que ele é capaz de repensar o futuro
E um ao outro se unir

Eu acredito!
Que há esperança para nossas crianças
Que o mundo que elas irão encontrar
será melhor que este
Que haverá água para toda a humanidade
Que a paz irá reinar de verdade...

Eu acredito!
Que o homem irá repensar o presente
Olhar a natureza... Valorizar o verde
Que vale a pena lutar
Mas não em guerras por petróleo
Em guerras por poder...
Mas lutar de mãos dadas
para vencer a fome
Para viver a PAZ.

Eu acredito...
A Fé é Capaz de realizar nossos sonhos
que parecem mais impossíveis
Acredite!

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Caue Presoto

Amar!

Como quero te achar aqui onde estou, sem graça, sem ação para fazer o certo e o errado. Por que você não mostra o que temos a oferecer, porque somos assim eu e você. Temos o amor, temos a paixão, loucura e temor da solidão e da paixão.
Temos o que queremos, vamos nos divertir neste mundo sem diversão.
Vamos nos amar onde não tem amor.
Quero Ter você quando não posso ter, mas quando tenho não quero nem saber de te esquecer. Não posso dizer nada, mas você verá que o silêncio já não é mais o mesmo, porque: há tantas palavras que dizemos calados, há tanto brilho nos olhares fechados, e tantos beijos sem nos encostarmos e um amor sem nos expressarmos.
Não quero uma lua sem estrelar, um peixe sem água e um pássaro sem asas, não quero amar e depois desencantar, quero só estar com você para que tudo isso não aconteça, e sim que cada segundo a te olhar seja perfeito e inesquecível como as ondas do mar, a vela e o vento a soprar, a abelha e o pólen a pegar, o crepúsculo nos encantar e um pássaro na brisa sobrevoar, cada detalhezinho da vida é perfeito, e você é um detalhe que surgiu para ainda mais embelezar o que já é perfeito

Foto de S3NI-TCHEKA

O meu pequeno leãozinho

Eu tenho um cão
Que está sempre comigo
Ele é muito brincalhão
E é como um amigo
Fica triste quando eu estou triste
E quando choro ele também chora
E são nesses momentos
Que parece que me implora
Deita-me os seus olhos doces
A implorar para eu ficar bem
E quando me vê a sorrir
Sente-se alguém
Ele tem um coração de mel
E uma alma pura
Chama-se scooby
E é uma doçura
É transparente como a água
E fofo como o algodão
Pode ser muito meiguinho
Mas parece-se com um leão

Foto de Sónia A. Silva

O Amor...

O Amor...
É fogo,
Para arder...
Tem que se alimentar,
Para não morrer,
Tem que contra tudo pugnar.
O Amor...
É como uma flor,
Que no jardim nasce,
Por vezes mucha
Mas quase sempre renasce.
O Amor...
É como um vulcão,
Quando menos se espera
Entre em erupção
E tudo supera.
O Amor...
É nunca parar de amar!
É como a água que nasce no rio...
E desagua no mar.
O Amor...
É como um passáro,
Voa, voa sem parar...
Ao mesmo ritmo o meu corarção...
Não cansa de te amar...

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de CarmenCecilia

SENTIMENTOS

SENTIMENTOS

Sentimentos que afloram...
Misturam
Curam
Que rivalizam. Dualizam!

Um diz vem pra mim
O outro que não
Um só chão... Razão
O outro só emoção

Um leva-me pra direita
O outro pra esquerda
Um que me estreita. Espreita!
O outro me inquieta!

Desarticulam... Simulam...
Que tudo aturam...
Fruta madura...
Que avizinham e afastam...

Sentimentos de alegrias...
De água nos olhos
Que fantasiam nos meus...
Os teus olhos...

Sentimentos momentâneos. Instantâneos!
Ingênuos e às vezes estranhos...
Miscelâneas sensações
Invasões da alma. Ilusões!

Que unem corações...
E margeiam nossa calma
Que inflamam...
E a toda hora nos clamam

Sentimentos que nos movem...
Locomovem... Loucos movem...
Toda sorte de sentimentos!

Foto de Sonia Delsin

UMA SIMPLES ALMA DE POETA

UMA SIMPLES ALMA DE POETA

Meus parentes daqui da terra pensam que me conhecem a fundo.
Ó, não!
Eu sou um ser de outro mundo.
Meus parentes reais me cederam por um tempo para enfeitar um pouco a vida de algumas pessoas.
Meus parentes reais moram em outras esferas.
Eles me disseram: Vá, leve a alegria, um pouco de tristeza e principalmente poesia.
Quando eu aqui cheguei minha mãe daqui da terra me recebeu com tanta dor e tanto amor.
Ela pensou.
Esta menina, esta menina, é diferente.
Eu cresci em meio ao verde, a natureza, a beleza.
E a simplicidade.
Tive uma infância feliz de verdade.
Veio a adolescência.
Precisei passar por tantos dissabores, tantas e tantas dores...
Precisei não só da minha. Mas da paciência de todos.
Me recuperei. Daí conheci o amor e me casei.
Fomos felizes, eu sei.
Mas eu era diferente, com minha intensidade.
Com meu voar com tanta facilidade.
Uma sonhadora, uma voadora, uma poetisa.
Ele não entendia minha sensibilidade.
E fiquei sozinha.
Numa vida mais minha.
Aí passei a refletir muito nas minhas noites vazias.
Vazias?
Por que vazias se vôo, se encontro outras paragens, se sou um ser de passagem?
Esta poetisa sonhadora sente que não é daqui. Tem horas assim que se sente um peixe fora da água, um filhote fora do ninho.
Tem horas assim que sou apenas e tão só um passarinho.
Demorei um pouco para entender, mas por fim compreendo o meu caminho.

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