Água

Foto de Sirlei Passolongo

......................... "SE"........................

Tem dias que a gente se pergunta tantas coisas, se iremos atingir nossos objetivos, se vamos realizar nossos sonhos, se iremos continuar casados, solteiros... Se nosso trabalho irá satisfazer nossos ideais... e assim vamos colocando tantos “ses” em nossa vida que nunca paramos para agradecer o que já realizamos, os sonhos que conquistamos, o amor, o trabalho... a saúde...
E o tempo? O tempo passa tão rapidamente e quando nos damos conta já se passaram tantas coisas em nossas vidas e por bem poucas vezes nos lembramos de agradecer... Quase sempre nos lembramos de pedir, mas agradecer...
Agradecer pela manhã, pela oportunidade de recomeçar que nos é dada todos os dias quando acordamos...
Agradecer pela chuva que molha a terra, pelo sol que ilumina as plantações... Pela água que bebemos...
Não nos lembramos de agradecer por nossas pernas, nossos braços, nossos olhos, nossa boca... poucas vezes agradecemos por nossa saúde sem termos ficado doentes. Foi preciso que adoecêssemos para nos lembrar de agradecer pela saúde quando ela retornou...
E quase sempre passamos nossa vida a fazermos perguntas que demonstram nossa insatisfação com o nosso momento presente e os “ses” acabam permeando nossa existência,
Mas um deles é muito importante... se eu morresse amanhã? Certamente não teria me dado conta que poucas vezes agradeci por existir.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Dirceu Marcelino

O MAR - Meu salvamento - DUETO - VANESSA BRANDÃO e DIRCEU

(Vanessa Brandão )
Em um lado deserto
Daquela linda praia.
Sentada na areia,
Admirando o mar,
Avistei alguém dentro dele.
Que tentava sair,
Mais não conseguia
O mar que antes estava com as ondas tênuas
De repente se tornou agressivo.

Ao olhar bem percebi que era um lindo homem
Tentei pedir ajuda
Mais não havia ninguém
Fiquei sem saber o que fazer
E mesmo que eu quisesse
Não poderia salvá-lo
Pois não sabia nadar.

Me vi enloquecida
Pois queria muito ajudar
E nesta hora lembrei
Que existia em mim
Uma força muito poderosa
A fé em Deus.

E foi nela que me apeguei
Para retirar o homem do mar
Aquele homem que estava desesperado
E que aos poucos perdia as suas forças.
Percebi que as correntes marinhas,
Formavam um círculo na baía,
E com os braços fui indicando
E ele foi nadando,
De acordo com aquela orientação.
Foi da praia se aproximando
Até que no local em que as ondas se quebram
Seu corpo já entregue foi levado
Por uma das grandes ondas

Que o jogou na areia

Justamente aonde eu me encontrava
Olhei pra baixo e lá estava ele
Aos meus pés desmaiado...
Mas vivo...

(DIRCEU)

Poderá parecer mentira,
Um sonho de pescador
Ou delírio de um caipira.

Mas, foi realidade
Eras ainda uma menina,
Mas alguém como tu
Vi sentada na areia da praia,
Observando o mar de longe.
Estendi a minha esteira
Na areia.

Queria chamar-lhe atenção:
Fiz algumas flexões,
Olhei-a mas ela não me via.
Não deu bola.

Adentrei na água,
Passei os arrebentos das ondas,
Mergulhei.

Virei-me ná água
Não sei mais se ela me via
E aos poucos fui adentrando
Mar adentro.
Sempre eu fazia isso
Ia até o farol.

Mil metros, para um jovem
Na época era pouco.
Mas naquele dia,
Não percebera por encanto
Que o mar estava tenebroso
E fui adentrando,
Adentrando...

De repente
Vi que tinha passado o farol,
Era hora de retornar,
Desvirei-me do nado de costas,
E dei algumas braçadas.

De três ou quatro,
Avançaria dois metros,
Mas naquele instante recuei um metro.
Mais quatro ou cinco braçadas,
Avancei meio metro.

Ah! Já fiquei desesperado.
Olhei ao ser erguido por uma onda
Para a praia e vi ao longe só aquela morena.

Não podia gritar,
Nem adiantaria
O marulho do mar era intenso
E então fiz alguns gestos,
No padrão do S.O.S.

Noutro levantar das ondas
Vi que ela desesperada
Levantou-se da areia
E virava a cabeça para todo lado,
Talvez, pedindo ajuda,
Foi quando percebi.

Ela me fazia sinais,
Com os braços,
Em círculos
E comecei
Então,
A obedecê-los,
Seguia a corrente d’águas,
Que eu não podia vê-las
Tantas eram as fortes ondas.

Mas, com certeza, ela as via de longe
E assim, confiei nela,
E atendendo suas indicações,
Comecei a avançar,
Dois metros,
Em forma de um semi-círculo,
Dez metros,
No sentido dos ponteiros do relógio,
Cinqúenta metros,
E via a medida que avançava
Em cada onda que me erguia,
Que ela me seguia,
Andando pela praia.

Passei o farol,
E sempre em círculo,
Seguindo suas indicações
Fui avançando,
Quinhentos metros
E, já podia ver
Que para trás o farol foi ficando
E fui avançando,
Novecentos metros,
Até quando
Sentia
As ondas me elevando,
E quando passavam
Meus pés ia roçando
A areia do fundo,
E não sei quantos metros
Faltavam.
Mas já era praia
E continuei,
Remando...
Não sei
E
Só acordei,
Recobrei os sentidos
Quando a minha frente vi duas pernas
D’uma linda morena e
Ela me olhava
Sorrindo.
Vivi.
E vi que ela caminhou vários quilometros
Pela areia da praia
E foi assim que me salvou.

Se não fosse ela,
Não estaria agora aqui poetando

Por isso te peço, continues,
A vida é assim...

Até hoje agradeço a Deus!

NB. Ontem indicastes o caminho,
Hoje poderei indicar o teu
E, aqui temos muitos amigos,
Vamos nos encontrar
Na Escolinha da Fernanda. Uai!

Foto de Marcelo Roque

Café da manhã

Quando você foi embora, levou todo o açucar do meu café ...
Guardou tão bem guardados os potes de sal e pimenta, que hoje, nem sinto mais o sabor de minha comida ...
Levou também o meu canário do reino, e com ele, todo o lindo canto que ecoava por nossa casa ...
E aquele tapete, bordado com os nossos nomes dentro de um coração, que ficava bem ao lado da cama, também se foi ...
E agora, quando acordo de manhã e piso no chão, sinto o quanto o nosso quarto é frio sem a sua presença ...
Por onde anda você ? ...
Sei que não está tão distante assim, porque eu ainda posso sentir seu perfume ...
Volta ... e traga consigo o meu bom dia e a minha boa noite ...
E não se esqueça do açucar, pois, a água para o nosso café, já está no fogo ...

Foto de Ludwig Plateau

Confusão

Só queria descobrir, de que jeito você ama?
Mesmo querendo e não entendendo,eterno confuso!
Ame-me do seu jeito!
Ame-me de qualquer jeito,
Apenas ame-me!
Pois te amo do meu jeito!
Diferente, mas igual em tudo que nos tormenta!
E mesmo parecendo que tudo que eu faça,
Seja pouco pra te fazer crer e ver claramente,
Inclino a morte, antes da solidão!
Nos preocupamos em demasia com o que nos enfraquece,
e esquecemos de nos fortalecer!
Coisas grandes que nos passam despercebidas;
O que é isso então, que temos por dentro?
É tão forte quanto o sol?
É tão intenso quanto um raio de sol nascente?
É tão claro feito a água do mar?
Até onde é forte o bastante?
E se não for?
Se me levares até o céu, não me soltarás lá de cima?
Ainda assim, eu não sei; eterno confuso!
Então, tento segurar o raio de sol com as mãos,
Abraçar a onda e sentir ela passar..
Precisaria mais tempo para aprender com isso!
Mesmo tendo isso todos os dias..
Asas curtas não me tiram do chão..
Alguém precisa de um novo lugar no céu
Um novo lugar na beira da água..
Um lugar pra cair livremente
E ser catado pela brisa leve,
E ser levado por uma estrela que o leve pro começo,
Por favor, leve-nos pro começo
Leve-nos pro começo;
Ó, eterno recomeço!"

Foto de DAVI CARTES ALVES

POETISAS EM FLOR

Há flores que a rega
não é com água,
mas com o frescor da brandura,
com cálida ternura, sublime doçura

Tal é a sua graciosidade, encanto
qual primor de formosura
em suas pétalas
das nuvens,
a alvura

da seda a textura
da ambrósia,
ou pêssego em caldas
a gostosura

meliflua fragrância, suave perfume
exalado dos seus versos,
entre musicas de riachos,
entre ternas madeixas em lindos cachos,

submergindo a alma,
em serena candura
criando no coração apaixonado,
indelével ruptura,

linda flor?
Ou maviosa tortura?

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Dirceu Marcelino

O MISTÉRIO DA VIDA - II (CISTERNA DE POESIAS - minha neta LAURA )

Tu és tudo para mim!
Fonte de grande brandura,
Taça a transbordar sem fim,
Versos de tanta ternura.

Idéias me fluem assim,
Como água de terra dura,
Doce água que chega enfim,
Caindo nesta brochura.

És minha neta menina,
Vejo tua desenvoltura:
De fio d'água cristalina,

Tornarás bela criatura,
Como manancial da mina.
Hás de conservares pura.

Foto de Rosita

DITADOS POPULARES EM POESIA

“A voz do povo é a voz de Deus”
Mas “toda regra tem exceção”
“Andando sem eira nem beira”
“Uma andorinha só não faz verão”

“Conselho e rapé toma quem quer”
“Quem está na chuva é para se molhar”
“Quem pergunta quer saber”
“Antes quebrar que dobrar”.

“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”
“Panela no fogo é sinal de barriga vazia”
“Uns com tanto, outros com tão pouco”
Enquanto para mim “casamento é loteria”

“Quem canta seu mal espanta”
“A boca fala do que está cheio o coração”
“Mal com ele, pior sem ele”
“Palavra fora da boca é pedra fora da mão”

“Águas passadas não movem moinhos”
“Os incomodados são os que se retiram”
“Quem mal começa, mal acaba”
Pois “as aparências enganam”

“Os olhos são as janelas da alma”
“A água corre para o mar”
“Mais devoção e menos coração”
“Quem oferece não quer dar”.

“Quando um não quer, dois não brigam”
“Mais vale vergonha no rosto que mágoa no coração”
Uma “paixão cega a razão”
“A pressa é inimiga da perfeição”

Rosinha Barroso
03/02/2008

Obs.: Estes ditados populares foram copiados de sites da internet, apenas os transcrevi conforme estão escritos entre parênteses.

Foto de Rosita

M A R

Mar, se estas tuas espumantes ondas
Pudessem meu triste coração lavar
Deixando-me livre deste soluçar.

Mar, se eu pudesse navegar
Ou por estas ondas deixar-me levar
Distanciando-me desta lembrança que me faz chorar

Mar, faz-me sobre ti adormecer
E ao docemente ser embalada
Conseguir este amor, que pouco durou, esquecer.

Mar, ajuda-me a caminhar
E este alguém que não teve coragem de aparecer
Junto com suas palavras da minha mente apagar

Mar, se teu espelho de água pudesse mostrar
As pessoas que são falsas e que procuram enganar
Não haveria tanto sofrimento ao amar.

Rosinha Barroso
28/01/2008

Foto de Carmen Vervloet

VÁ... SEJA FELIZ!

VÁ... SEJA FELIZ

Toma jeito, coração...
Bate calmo... Devagar...
Não me deixe demonstrar
O que meus olhos
Insistem em confessar...

Não posso entregar meu segredo...
Já sofri e tenho medo...
Ele vem... Promete... Promete...
E a velha estória se repete!

Um dia de céu anil...
Suave lua a deslizar...
Palavras de amor... Toque sutil...
E depois, só tristeza a chorar...

Chega de decepção...
Tenho que usar a razão...
Detesto desilusão...
Quero a rosa felicidade...
Não suporto mais insanidade...

Vá... Siga seu caminho...
Busque outros carinhos...
Encontrarás outro sorriso...
Outra boca... Outro riso...
Novo porto... Quiçá o paraíso...

Deixarás comigo uma grande mágoa...
Meus olhos rasos d’água...
Busque auroras inebriantes...
Deixe comigo a dor deste instante...

Busque uma nova companheira...
Eu fui um sonho que acabou...
Abra portas... Janelas... Ultrapasse fronteiras...
Olhe o sol que ilumina um novo caminho...
Inspire este puro ar marinho...
Guarde o pouco que restou!...

Não olhe para trás
Eu te peço, por favor!
Fui apenas o curinga do seu ás
E não quero nunca mais
Sofrer a dorida frustração...
Ferir o meu coração...

Siga em frente... Busque outra aurora...
Ouvirás meu adeus na voz do vento...
Esqueça o meu amor... Vá embora...
Quero ficar só com os meus sentimentos...
Quero passear pelo nosso jardim...
Quero regar a nossa roseira...
Quero poder respirar enfim...
Quero lavar a acumulada poeira...
Que me cegou... Que me anulou
E me fez uma triste prisioneira...

Vá... Seja feliz!
Agora sou mestra...
Mas fui, um dia, aprendiz!

Carmen Vervloet

Foto de ivaneti

Filhos da Terra

Os Filhos da Terra

A noite agarrada ao travesseiro adormeceu chorando!
A terra ouviu o grito de dor no coração da floresta
O dia veio raiando trazendo na cara o sorriso dos pássaros
Enquanto a chuva se escondia atrás de uma nova vida.

Nas matas apenas gemidos de um velho calejado carregando seu cajado
A perversidade dos homens a cada dia aumenta mais na tua ira contra os rios
Matando em teu leito o que mais lhe dá vida! Que vida sentida!
É o fim das nascente com tanto desmatamento sem fim, não faz sentido!

Na terra a raça humana disputa espaço com a raça animal!
Sem saber qual delas é a irracional, não vê o presente!
Muito menos o futuro, mata sem saber que esta se matando!
Não tem endereço nem fonte de saber só o instinto animal

È sábio muitas vezes mais lhe falta a única sabedoria que é viver
O aprendizado não lhe chega a alma, conseguiu chegar a lua
Mais não atravessou o arco íris para saber que um dia seca tudo!
Não teremos água natural e a artificial ainda não foi inventada!

È assim o fim de tudo, de um homem que nasceu para ser o rei
Pai da inteligência! e só conseguiu acabar com a natureza!

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