Água

Foto de Carmen Vervloet

VERSOS COM PERFUME

VERSOS COM PERFUME

Na fragrância mais provocante...
Com seu jeito insinuante...
Inebria-me seu lindo poetizar...
Sacudindo a poeira das palavras...
Buscando no fundo da sua lavra...
Versos límpidos... Diamantes puros...
Um som... Um canto...
Sublime acalanto...
No seu versejar seguro...
Vaga-lumeando o escuro...
Borbulhante emoção...
Em ebulição... Mágica invocação...
Água fervente... Que verte do coração...
Devaneios alados
Que pousam calados
E tocam suavemente minha alma...
Que calma...
Solfeja a beleza e a paz
Que o poeta me trás
Em versos com perfume
De violeta lilás!

Carmen Vervloet

Foto de Dirceu Marcelino

LARA - DUETO = RESPOSTA DA MUSA ENCANTADA DE MEUS SONHOS

*
*
*
Eu sou feliz por que tenho você para amar,
Eu sou feliz, pois tenho você para ver,
Choro só com a sensação de ter perder,
Imploro, fiques, preciso sempre te olhar.

Sem você não sei como fazer para viver,
Sinto-te como o sol, a água e o ar,
No vento e na luz que ilumina o meu querer
E traz na flor o teu perfume para eu cheirar.

“_No sopro deste teu corpo, vivo em teu amor”

‘_Minha face em teu peito, ouvindo tua dor,
Capturando cada lágrima tua em minha boca,
Gotas de cristal deslizando sob a minha alma
No meu silêncio, carregando teus suspiros.”

Vejo o brilho de teus olhos cintilantes,
Num buque de rosas champagne, emoldurando
Tuas faces coradas e magnetizantes

Expelir do fundo de tua alma e elevando
Aos céus a força de teu espírito contagiante,
O ânimo apaixonado deste que te está amando.

“_Meus olhos... tua eterna sinfonia, teu destino
Vago docemente entre teu corpo e nosso amor
Te envolvendo no manto do meu ser incandescente
E, juntos, bebemos o embriagante soro do nosso ardor”

“_Em ti me desfaço, me alimentando desta tua paixão,
Percorrendo as trilhas do teu ser, na mais leve carícia,
Levada pelo som das nossas almas, nossa melodia,
Esse nosso infinito nascido do mais puro amor...”

" Live for today as yesterday is gone and tomorrow is yet to come..."

Foto de Inês Santos

Carta....

Ao abrires esta carta...
fá-lo com todo o jeito...
Vai o meu coração remetido...
Ao teu peito...

Toma lá esta cartinha...
Atada com um fio...
Abraços vão no meio...
Beijos mandas tu....

-Subi ao céu e sentei-me...
numa nuvem abri o beijo...
a terra ficou apensar...
que eu a nuvem estava amar...
Mas amo-te a ti...
desde que te vi...

Quem me dera ser gente...
Puder pela água correr...
Para os teus lábios beijar quando....
Lá fores beber...

Queria amar-te eternamente...
Fazer amor,constantemente...
sentir o suor do teu corpo...
Completarmo-nos completamente...

Pensa nisto....Amas-me até ao fim?
senão,trocarei-te pela nuvem...
Assim aterra terá ciumes de mim...
E tu ficarás com outrém...
Se isso te convém...
Segue além....
Eu também...
estarei bem...

Foto de Sirlei Passolongo

Saudade

.

Posso sentir
o cheiro da sua pele
no ar que respiro
posso sentir
o gosto da sua boca
até na água que
mata minha sede
sonho com você
me amando na rede.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Inês Santos

Viajem inconstante

A viagem,nem correu bem nem mal...
Foi correndo...
como as ondas do mar....
para cima e para baixo...
para a frente e para trás...
trouxe água no olhar...
Foi o rebento final...

o mar é a minha alma....
nas pedras vai batendo...
Numa noite escura e calma...
Que constante viagem...
por vezes pacifica e fugaz...
Foi um momento de viragem...
que levou no imenso a minha paz...

Foto de Sirlei Passolongo

Menino do Agreste

.

Lá vai o menino
Lata na cabeça
Em busca de água
Pra matar a sede
Antes que anoiteça

Lá vem o menino
Com calos nos pés
poeira nos olhos
Ele olha pro céu
Vê longe a fumaça
Numa chaminé

Reza pra Deus
Pra ser de sua casa
Que ao menos tenha
mandioca assada
na brasa

E segue o menino
No dia seguinte
A fome lhe aperta
Ele mal pode andar
Mas sabe que a água
É pra sua família salvar

Em seu cruel destino
Ele jamais se rende
A fé nunca perde
Uma vela
Pra Deus acende
Pedindo chuva
Pra toda sua gente

E lá vai o menino...

(Sirlei L. Passolongo)

.

Foto de Sonia Delsin

O VÔO DA ÁGUIA

O VÔO DA ÁGUIA

A tempestade a castigava
e a águia
o seu fim pressentia.
Abrigar-se como a
céu aberto?
Fria a água que caía
e insistente
o vento.
Um verdadeiro
tormento.
Ela sabia
que se permanecesse ali
morreria.
Voar
era preciso
e ela sabia.
Abrindo suas longas asas
ela empreendeu vôo.
Venceu
a tempestade.
Voou, voou
e muito acima das nuvens
encontrou
paz e tranqüilidade.

Foto de Swiftwind

Eterno!

Foi um dia de sol e um banco de jardim,
um cotejo de almas que nao oferta fim,
um aperto de mão, um abraço, um beijo,
que nem a penúria abdica jasmim.

Esse pedaço que encaixou,
essa força que afastou
todas as peças estragadas,
também foi a que levou

a apreciar leveza debaixo da catarata.
Cobiçar essa água em ti, que mata
tudo o que subsiste de dor em mim.
Que nem a espada mais sensata,

julgue sentenciar um fim.

-dedicada a J.-

Foto de CARMEMMARQUES

Simplicidade

A simplicidade parece ser uma parte das pessoas e coisas, ela pode estar no néctar das flores, no olhar de uma criança, em fim, em tudo que há de bondoso no mundo. As cores parecem todas muito nítidas, cobertas de vidas e esperanças.
Cada inseto miúdo que pousa numa flor deixa o ar mais purificado e encantador, mas às vezes rouba sua fragrância deixando-a sem vida. Mas nem por isso, elas tiraram o verde do campo e do gramado, que ali existe. O lugar parece parado mesmo avistando um pássaro cantor que vem de um lugar distante a procura de algo para comer, parecendo estar exausto, vindo do norte para o sul, com expectativas de ver tudo o que lá deixou.
Mesmo com a poluição o lugar recebe um pouco de luz que o olhar das pessoas deixam quando passam por lá. De repente, aparece uma gota de água caindo numa única rosa, o barulho calmo da chuva passando entre as aves que o verde das folhagens daquele jardim.
Às vezes é doloroso a gente falar que não é fácil ver as verdades claras no meio de um cidadão. Com o dinheiro na mão, o homem pode comprar tudo o que vê nas vitrines, aparelhos sofisticados. Quem o dinheiro faz ficar rico, mas nunca traz a felicidade das pessoas seja ela qual for.
A simplicidade nasce no coração limpo daqueles que sabem o seu significado por isso ela deve ser conservada e dita livremente sem nenhum temor. Ela deve ser observada nas flores que vão expondo o seu perfume e plantando a paz no mundo e no coração de quem não conhece o seu significado.

Foto de Carmen Vervloet

CHUVA DE LEMBRANÇAS

Chuva de Lembranças

Como é bom ter olhos para ver o mundo!
O céu nublado olhado de um jeito profundo!
Escoando chuva miúda, límpida, fina...
Regando meu amado jardim, com água tão cristalina!
O verde relaxante das folhagens que vem e vão...
Contrastando com flores coloridas que gratuitamente se dão...
Flores e folhagens unidas num perfeito casamento,
Embalando sonhos lindos, trazendo a tona latente sentimento.

Volto ao tempo de infância...
E a chuva, as flores, o cheiro de terra molhada...
Trazem a saudade, o perfume, a fragrância...
Dos tempos felizes de criança,
Vividos na casa caiada...

Vejo-me a caçar borboletas...
O riso fácil, os pés descalços pisando a lama macia!
Ouço a voz de mamãe: “Menina sem juízo, vais ficar doente”!
E a voz de papai, que para ouvir novamente tudo daria!...
“Velha, deixe a menina, isto faz bem, ela está contente”!

E nas noites bordadas de chuva,
Papai, velhas histórias de família, a contar...
E eu agachada a seus pés, excitada,
Com os olhos qual um sol a brilhar...
Queria saber de tudo, queria eternizar o momento,
Para sentir da sua voz o calor...
Que no frio da minha terra me aquecia com amor.

E em cada gota de chuva que cai no meu jardim...
Lembranças de momentos vividos...
Brancos, imaculados como o jasmim.
Momentos de ternura que voaram ligeiros...
Como os pássaros que agora da chuva querem se abrigar...
Momentos de aconchego
Que só o calor de uma família feliz pôde dar!

Momentos que no tempo passaram...
Mas em mim eternamente ficaram...
Momentos do passado, mas que em mim estão presentes...
Momentos que me questionam,
Quando num futuro ameaçador penso estar ausente.
Tantos momentos felizes,
Incontáveis como as gotas de chuva
Que agora o céu escoa...
Momentos cristalizados no coração da menina
Que continua correndo atrás da borboleta esperança que voa...

Carmen Vervloet

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