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Sem tocar os pés no mesmo chão
Sem mais os mesmos
Sem mais palavras
Apago dissilábicas que
A marram
M altratam
O bscurecem e
R asgam o peito de quem se atreve a acreditar.
Deixo-as apagadas para não destilar os vícios da velha linguagem
Que impregnam canções e poemas.
Agora escolho redestinar meus olhos
Redesenhar as curvas do caminho
Pintar o céu de outra cor
Pois me cansei do azul.
E faço a hora de sem mais ou menos
Sem incertezas
Sem tropeçar em letras que
A marram
M altratam
O bscurecem e
R asgam o peito de quem se atreve a se entregar
Resistir ao ópio de toda linhagem humana
Que em quatro letras escraviza.
Xaverloo