Blog de Sonia Delsin

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PONTO E VÍRGULA

PONTO E VÍRGULA

Respeite esta parada.
Respeite esta pausa.
Se for preciso dance uma valsa.
Reinvente o dia.
Faça uma poesia.
Entregue-se a uma fantasia.
Qualquer coisa que te leve a caminhos que não sejam feitos de tédio e mesmice.
Se devanear é burrice?
Não.
Devanear é escapar daquilo que pode te matar.
Talvez um pequeno sonho possa te salvar.

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TALVEZ AMANHÃ

TALVEZ AMANHÃ

Talvez amanhã eu te conte o meu segredo.
Se eu tenho medo?
Não há o que temer.
Eu posso enfrentar.
Bater de frente.
O que é urgente?
Viver?
Antes que chegue o morrer?
Amanhã talvez eu abra meu peito.
E mostre o que tem lá dentro.
Se vou te surpreender?
Tenho certeza que sim.
Eu creio que vou te assombrar.
Nem tens idéia do que eu possa te mostrar.
Talvez eu mostre.
Talvez não.
Tem coisas que é melhor guardamos no fundo do nosso coração.

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ROLDANA

ROLDANA

Tem dias que eu penso.
Até quando?
Até quando vou agüentar?
Penso nesta roldana a girar...
Penso nos pés a pisar.
Nas asas.
Na fragilidade de um anjo.
Na suavidade de um lepidóptero.
Penso no pássaro no parapeito da janela a aguardar.
O que ele espera?
Um vento bom?
Volto os olhos para o chão.
Pra terra ressequida.
Penso no valor da minha vida.
E espero.
Como o pássaro silencioso.
Eu espero.
Voar é tão gostoso.

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“UM RESUMO DE NÓS”

“UM RESUMO DE NÓS”

Não quero o tédio das horas certas.
Das linhas retas.
Não quero o tédio dos porquês tão explicados.
Quero vitrais onde eu possa redesenhar.
Mosaicos onde eu possa criar.
Figuras outras.
Somos o quê nesta incompreensão de nós?
Criaturas sós?
Somos como anzóis.
A pescar nas multidões.
Somos pedacinhos de todos os corações.

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COISAS DO VENTO

COISAS DO VENTO

O vento entrelaça meus cabelos.
Arrepia minha pele, meus pêlos.
Reclamo.
Digo ao vento que amo.
Amo alguém que vive distante de mim.
O vento sai correndo.
Vai gritar no ouvido do meu bem.
Ele responde que me ama também.
O vento com a resposta vem.
Fico comovida.
Acho linda a vida.
Nossas mensagens o vento quer espalhar.
Quer contar.
As coisas do amor o vento gosta de alastrar.

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IGUAL HERA

IGUAL HERA

Eu me agarro igual hera.
Eu me agarro às tuas paredes.
Fujo das redes.
Me agarro a teus braços bons.
Me agarro a teus serenos olhos.
Ao teu falar.
Porque igual a ti outro nunca vou encontrar.

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ONDE EXISTE AMOR

ONDE EXISTE AMOR

Nunca vou te esquecer.
Nem vais esquecer de mim.
Somos assim.
Lindos.
Lindos.
As mais puras flores do jardim.
Somos brancos.
Lírios.
Tem dias que eu penso.
Somos duas pombas tão brancas.
Somos dois anjos.
Somos.
Por que nos encontramos?
Pra sofrer?
Não. Pra entender o viver.
Sei que vives longe.
Sei que não me esqueces.
Não te esqueço.
O que somos afinal?
O bem?
O mal?
Nunca o mal.
Onde existe amor não existe maldade.
E nós dois nos amamos.
De verdade.

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TENTATIVA VÃ

TENTATIVA VÃ

Tentei.
Te esquecer, eu tentei.
Tentativa vã.
Nós mordemos a maça.
A maçã do amor.
Onde existe amor não pode existir dor.
Só alegria.
Poesia.
Eu pensei que ao teu lado sofria.
Eu pensei.
Mas longe de ti é que eu morro.
Quando eu penso que nunca mais vamos nos falar sinto que vou despencar.
Do último andar.
Sinto que nada mais vai me encantar.
Morro quando imagino que tua voz nunca mais vou escutar.
Nem tinha a coragem de te perguntar.
Se estavas disposto a me perdoar.
E tu, com teu jeito bom, foi logo dizendo que estava tudo bem.
Aí eu fiquei bem também.

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Ainda é tempo

Ainda é tempo

Tire esta máscara da cara.
Tire.
Tire esta máscara que me fere.
Este ar de escárnio.
Este esbravejar.
Tu brigas com algo que o tempo quis enterrar.
Ensaie um sorriso.
É preciso.
Antes que chegue o nunca mais.
Antes que o último navio ancore no teu cais.

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ETERNO ENTARDECER

ETERNO ENTARDECER

Meus olhos baixos estão presos às minhas pernas.
Presos a um fato.
Presos a um longínquo fato.
Meus olhos baixos se prendem à lembrança.
Eu era pouco mais que uma criança.
Estou presa.
Irremediavelmente presa à recordação.
Quanto tempo! Quanto!
Os pássaros é que me fizeram baixar os olhos e encontrar este tempo antigo.
Eles revoam.
E eu aqui.
A voar pra tão distante.
No tempo.
Fui eu mesma que tudo aquilo vivi?
Fui eu?
O passado morreu.
Minhas pernas são tão bonitas agora.
Que dor eu sentia outrora.
Queria andar e não podia.
Eu chorava todo dia.
Aquele entardecer ficou guardado.
Lacrado.
Existem fatos que nunca vamos esquecer.
Eu valorizo cada instante do meu viver.
Valorizo minhas pernas, meus pés, valorizo a estrada que caminhei, que caminho.
Não sou um ser sozinho.
Trago comigo tantas lembranças.
Tantas... tantas... tantas...
Naquele tempo eu estive presa a um leito.
A uma cadeira de rodas.
Agora estou presa apenas a uma lembrança.
Ainda bem que naquele tempo eu não perdi a esperança.
Posso erguer os olhos agora.
Posso agradecer e agradeço.
Sei, meu Pai Eterno, eu agradeço.

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