Trovões chegam a galope
Chicoteiam o horizonte
Com raios flamejantes
Assustam o povo em pânico
Com a grande velocidade
Com que arrastam tudo.
A água e o vento.
Água e vento.
Trovoada de vento.
Por onde passa a galopar
Varre, lava, revolve,
Tira tudo do lugar,
Enquanto nos varremos,
Revolvemos e choramos.
O amado abraçamos,
Os queridos beijamos.
Neste momento
Sou somente Amor,
Amor a todos,
Amor e medo,
Medo por todos.
E por longo tempo
Não quero dormir,
Não posso dormir.
Mas o abraço dos queridos
E o beijo do amado
Afastam-me do medo
De não amanhecer.
Comentários
Fernanda Queiroz/Marilene
Todos os dias há manchete da força das águas, do delírio dos vulcões.
A terra estremece, como que desejasse chacoalhar teus habitantes ainda em um último grito.
O medo povoa a mente, e esta muda e calada não faz nada.
O descaso é norma, a irresponsabilidade a forma.
Preciso acreditar que posso acordar, para que a conscientização seja um dia a meta que desperta todas as manhas, em todos os lares e lugares.
Não posso viver sem sonhar.
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Marilene/Fernanda Queiroz
Boa noite, Fernanda! Grata pela visita e instigante comentário. Sim, Fernanda, estamos acordando aos poucos. Embora os insetos e animais entrem em nossas casas, em meio as roupas que se salvam, em meio ao mofo que permeia tudo, acordamos, sim, com o amor que temos uns aos outros. E aqueles que ainda preferem desviar dinheiro e outras doações, que preferem voar em seus helicópteros em vez de aplicarem o dinheiro do povo para o povo, quem sabe um dia o universo lhes dê a chance de sentir e saber o que é o Amor, e de viver o amor. Quem sabe... Abraço de luz. Marilene
Marilene
EDSON PAES/FERNANDA/MARILENE
Não poderia eu deixar de observar alem do poema o comentario da Fernanda, realmente estamos em um mundo que há de ter paralelo, pois se não houver nossos sonhos, projetos, serão utopias, serão comedias.
Credito a meus país o meu exacerbado poder de indignação, não sei ainda se fui bem ou mal educado.
O que vejo aqui em meu País é um descalabro, homens eleitos pelo povo, homens com a procuração de uma população inteira e apenas legislam em causa propria, ladrões confessos, estelionatarios registrados, criminosos inescrupulosos, são meus e nossos representantes.
Não existe ética, não existe decencia, não existe honestidade.
81 Senadores, 503 Deputados Federais e alguns milhares de Deputados Estaduais, sem falar dos Vereadores, Prefeitos, Governadores e Ministros, uma grande e poderosa quadrilha a deserviço do povo, me enoja.Não há solução, a moral não mais existe pois homens de bem estão revendo seus conceitos e ja se declaram idiotas frente a este sistema que incentiva a fraude, motiva o crime.
Estou com 58 anos de idade, tarde demais para reaprender conceitos de ética tendenciosos e cedo demais para desistir do que meus pais ensinaram.
Sinto nojo desta quadrilha, acho que ficaria satisfeito se pudesse ir no Palacio do Planalto e vomitar Billis no carpete azul em que ladrões tramam contra o povo.Talvez defecar tambem, pois seria a prova do meu desprezo por estes arremedos de seres humanos que se dizem Parlamentares.
VIDA LONGA
p/ Edson Paes/Marilene
Boa noite, Edson!
Também estou perto dos 58 e demasiado triste com toda essa corja. Corja esta que estuda, come, dorme, viaja e faz muito mais às custas do povo. Também tenho nojo de tudo isso. Às vezes creio que não cobramos o suficiente e que deixamos o barco rolar. Em outras vezes, creio que de nada adiantaria, uma vez que sempre haverá um advogado corrupto para defendê-los, um juiz corrupto para absolvê-los, e brasileiros (desculpem a expressão!) masoquistas e idiotas para votar novamente neles. Creio que nem deveriam noticiar sobre esses infelizes, pois assim desanimam os homens e mulheres de bem, e que realmente fazem algo pelo povo.
Enquanto eles sobrevoam o país com seus aviões e nem tocam o chão de barro, enlameado, deslizado ou com enchentes, nós pisamos este chão triste, mas voamos nas borboletas que pousam em nossas mãos, dividimos o que temos, em sorrisos, em abraços, em palavras, em pão.
Uma vez que cada um colhe o que planta, eles ou os filhos e descendentes um dia vão colher a urtiga que estão plantando, em vergonha, doenças, e coisas que o dinheiro não compra. Enquanto nós colheremos as flores e frutos, polinizadas por nossas borboletas.
Sendo assim, faço o possível para manter a minha serenidade. Já fiz a minha contribuição social, ao trabalhar por 33 anos, em inss, fgts e outros tantos impostos. Se eles "comeram" tudo, isso é responsabilidade deles, eu fiz a minha parte. Irrito-me e muito, com todas as leis que se voltam a favor dessa corja, mas tento levar minha vidinha de aposentada e aproveitar tudo o que puder, do jeitinho que der e no tempo que, porventura, ainda tiver, sem envenenar-me com tanta sacanagem e deserviço que contratamos.
Querido Edson, desculpe-me se escrevi demais. Muito, muito grata por teus maravilhosos comentários e tua visita. Um grande e afetuoso abraço.
Marilene
Marilene