Velocidade

Foto de Ivone Boechat

Liberdade

A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.

A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.

A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente.

A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade.

A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta.

Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!

Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso provisório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.

"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." Cecília Meirelles.

Ivone Boechat

Publicado no livro Por uma Escola Humana, pág.141-Ed. Freitas Bastos, RJ 1987

Foto de Fernanda Queiroz

Fugindo de mim

A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho como flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....

Fernanda Queiroz
Direitoa Autorais reservados

Foto de Carmen Lúcia

A quinta estação

Não me importa o passar do tempo,
nem a velocidade com que passa.
Já me acostumei a olhar pela vidraça
as cirandas das estações em arruaça
atropelando-se umas às outras
deixando ao vento uma folha seca,
uma flor desidratada,
doce fragrância de pouco cheiro,
uma nesga de raio solar,
um sopro de frio a acenar:
“Um dia hei de voltar,
no outono ou verão.”
Talvez na quinta estação...

Nada disso mais importa
já que não cabe a mim mudar.
Sigo nessa carruagem torta,
vazia de sonhos, sem saber onde chegar.
Alguma emoção na bagagem
ainda teima em perdurar.
A cor me confunde a visão,
não sei se está viva ou apagada
ou em que matiz ficou estagnada.

Que me importa se o tempo é veloz?
Se é algoz, pau mandado, adestrado?
Se está sob o comando... de quem?
Ou se corre a procura de alguém...
Já plantei, semeei , vi florir
e colhi o que mais cultivei,
já sorri, já dancei, poetizei,
e amei, e sofri, e chorei...
Que me carregue com ele, o tempo,
e me entregue ao fadário que me cabe,
bem ligeiro antes que impeça a saudade
ou o próprio tempo se acabe.

_Carmen Lúcia_

Foto de cafezambeze

CARTAS COM ESTÓRIAS DE ÁFRICA (I/VII)

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU/O DIA EM QUE SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Belém, 27/01/2006

Cara sobrinha

Faz tempo me perguntaste se não tinha fotos do teu pai quando em África, pedido que encaminhei para os meus imãos e que creio, devem ter dado uma de baianos. Amanhã... Amanhã...

Esta semana pegaram uma sucuri, prima da anaconda, com uns 4 metros, que passeava no galpão da empresa onde trabalho. Houve comentários e estórias e me lembrei d'algumas onde o teu pai foi a personagem. Não são fotos... mas tentarei enviar-te de vez enquando alguma estorieta.

O DIA EM QUE TEU PAI LEVITOU

Eramos garotos. Eu com uns 10 anos e teu pai com uns 13.
Moravamos em Vila Pery, mais ao menos no centro geográfico de Moçambique.
A alguns quilômetros da vila, destacava-se no horizonte uma formação rochosa conhecida como a Cabeça do Velho.
Não sei mais de quem foi a idêia, acho que dele, mas resolvemos escalar a Cabeça do Velho. Menos temerário, me lembro de atentar para o problema das cobras que eram uma praga. Que nada, argumentou, vamos levar o cavalo marinho do pai (um chicote feito de couro de hipopótamo com um metro e meio mais ou menos), uma chicotada na cobra que aparecer e quebramos-lhe a espinha.
Pegamos um lanche, cantis com água e um caixote kodak e, lá fomos a pé.
A escalada correu bem e em poucas horas chegamos ao topo. Depois de algumas fotos (que ainda devem existir) começamos a descida.
Seguiamos por uma espécie de trilha ladeada por capim seco. Teu pai caminhava uns 5 metros à minha frente quando duas cobras resolveram atravessar a trilha.
Eu gritei e, instintivamente, talvez alertado pela restolhada das cobras no capim, teu pai pulou. Como em câmara lenta e com o coração querendo sair pela boca, vi as cobras de cabeça levantada passarem por debaixo das pernas dele.
Devem ter sido talvez frações de segundo, mas ele ficou parado no ar, de pernas encolhidas. Só caiu depois das malvadas terem passado.
Do susto, me vinguei por uns tempos aconselhando-o, todas as vezes que saíamos, a não esquecer o cavalo marinho para o caso de aparecer alguma cobra.

O DIA EM QUE TEU PAI, SEU SANGUE FRIO E SUA INEGUALÁVEL PONTARIA SALVARAM UM AMIGO

Teu pai, desde pequeno, sempre foi um exímio atirador, tanto à bala como com arma de cartucho.

Devia ele ter uns 14/15 anos, quando fomos fazer uma caçada na farm de um amigo. O Aguiar.
Fomos de bicicleta, eram só 14 km. Na propriedade nos reunimos com o Aguiar e os irmãos, e lá fomos nós. Além das fisgas e pressão d'ar, a arma que levávamos era uma 410 (cartucho) de 5 tiros. Uma adaptação feita com uma culatra de fuzil Mauser.

Depois de matarmos algumas rolas e galinhas do mato (cangas), já de volta para a sede da farm, um dos funcionários que nos acompanhava começou a gritar:
Inhoca! Inhoca! (Cobra)
Era uma senhora Mamba Negra (veneno suficiente numa mordida para matar 10 pessoas em pouco tempo), bem grossa, que serpenteava rápido. Enquanto ela corria, teu pai fez quatro disparos e, embora depois constatássemos que todos a tinham acertado, eles não a pararam.

A bicha se arrastou para um grupo de arbustos, e esse nosso amigo Aguiar correu com um pau para afastar os arbustos à procura da cobra. Logo que ele se chegou aos arbustos, vimos a cobra levantar-se à altura da cabeça dele. Tudo se passou na velocidade de um raio. Um tiro e a cabeça da cobra voou... O susto veio depois quando nos apercebemos de como a morte nos rondou.

O Aguiar ficou branco como papel e sem conseguir falar por um bom bocado.

Foto de cafezambeze

DA VARANDA DO MEU COLÉGIO

OBS: A VELOCIDADE DA SUA INTERNET PODE AFETAR A QUALIDADE DO VIDEO

Foto de William Contraponto

Anoiteceu na Cidade

Anoiteceu na cidade
Renascendo um brilho
E um charme especial
Permita essa alegria
Estamos vivendo bem
No centro da capital

Anoiteceu em várias cores
Filhas nobres e elegantes
Que fazem a diferença
Sumir das avenidas
As tornando felizes, coloridas

Vão ser nessas horas
As melhores do dia
Vamos nos encontrar
Naquele bar de esquina
E festejar sem pressa
A parceria que não cessa

Entre buzinas e motores
Uma loucura sedenta
Estendendo vozes ao movimento
Da velocidade do apartamento

Entre buzinas e amores
A verdade sem pudores
Do que acontece
Depois que anoitece na cidade

Foto de Maria silvania dos santos

Timidez....

Timidez....

_ Escondido por trás da timidez....
Há um calor, um desejo que me consome...
Sinto cheiro de amor, que exalou do meu corpo que de desejo já está louco...
Sinto uma ansiedade que foge do meu controle...
Transbordo-me de imaginação, quero alcansar seu coração, preenche-lo de ilusão, faze-lo pulsar com a velocidade de um vulcão, quero ganhar seu coração...
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Gracivaldo

Amor nos dias atuais

O amor nos tempos atuais tudo acontece tão rápido com a velocidade de uma conexão e se desconecta tão facilmente, hoje uns se apaixonam por uma foto de perfil e outros por uma frase inteligente de descrição, no tempo de nossos veteranos não existia internet, e nenhum sms, ficavam escrevendo em tirinhas de papel os seus mais puros sentimentos, com poucas linhas se diriam as milhares de coisas que estavam para ser ditas na primeira chance que tinham, outros guardavam as emoções para si, um emotion de sorriso não e o mesmo como um de verdade, naqueles tempos, eles sabiam como amar , eles descobriram como falar e expressar as questões do coração e por isso que muitas histórias de amor são para sempre. Mas podemos remodelar e recriar historias de amor virtuais e as torna reais , e o que mais esta ocorrendo nos dias atuais...

Foto de Maria silvania dos santos

Por-te a DEUS eu peço todos os dias.

Por-te a DEUS eu peço todos os dias.

Tudo na vida tem um propósito...
Por mais simples que possa
parecer, e que você nem possa ver,

nada acontece por acontecer, nem é assunto que possa perder nem muito menos o
esquecer. Tudo tem um sentido, tem uma busca, uma luta com certeza. E sem
duvida tudo pertence à natureza.

Seja o vento que sopra, uma flor que seu suave perfume o alança, um galho que
balança, uma folha que cai, ou ate mesmo uma lagrima,

ou um simples pássaro que voa, nunca é atoa

tudo tem uma razão, e nos traz grandes emoções, muitas das vezes, nosso coração
agi com a velocidade de um vulcão, mesmo parecendo que não. Mas ah sim, um
enorme motivo, uma grande conquista em nosso coração, um propósito, uma
realização... E sabe qual o meu propósito, minha realização, minha grande
emoção deste momento?

Tentar te dizer, e fazer-te entender, com poucas e sinceras palavras, tudo que
sinto por-te, o quanto sua amizade significa pra mim, não só para mim, mas
para muitos que te considera assim como eu te considero, para todos que te tem
amigo de verdade, e vê sua enorme especialidade, sei, e não tenho a menor duvida
que você seja um amigo (a) de verdade e quero sua amizade para toda eternidade.
Deus é minha maior família, mas sem tua amizade não sei o que eu faria.
Por-te a DEUS eu peço todos os
dias, e te desejo toda a alegria, você faz parte da minha família, não quero te
perde nem se quer, por um só dia!

AUTORIA; MARIA SILVANIA DOS SANTOS

Foto de Maria silvania dos santos

Abas umidecida

Abas umidecida

A lembrança daquela noite de amor em minha memoria ficou, a lembrança de seus dedinhos passeando em meu corpo, nun toque de vai e vem ainda não acabou e me alucina, me sinto uma puta menina.
Teus dedinhos no sobe e desce entre as abas umidecida de meu corpo me facina.
Seus beijos quente e salientes me faz sentir saudade, por isto estou carente e quero senti-los novamente.
Quero sentir seus beijo, os quais ao me lembrar me faz de desejos afoguejar.
Teu cheiro me faz delirar, parece que estou a sonhar, estou louca para transar.
Venha me amar, me abraça, me beija sinta meu calor, a estenção de um forte tesão.
Sinta o pulsar do meu coração, ele pulsa na velocidade de um vulcão.
Percorre em meu corpo suas mãos, quero senti-las sobre mim despida.
Possua-me por inteira, ocupa-te com o meu corpo, esse abrigo que calorosamente te chama.
Aproveita o desejo de quem te ama!

Autora; Maria Silvania dos santos
silvania1974@oi.com.br

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