(soneto decassílabo)
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Ao enganar-me , em fim, um sorriso.
Ilusão sutil por sumir teu brilho.
Envolto em razões de tantas lembranças,
Cheguei a achar atos de criança.
Como que de outro mundo remoto,
Refulgem-me de novo estando mortos:
Reflexos do teu olhar meio turvo,
Que, das muitas dúvidas, é o fruto.
Restando aceitar tal triste emoção,
Que me aprisiona e desfalece-me,
Esperarei perder minha visão.
Antes olhos cegos ou negras órbitas,
Que permanecer a inebriar-me
Em tua luz, deitando-se à fria cova.