Mãe... Você que me deu a vida...
Deu-me afeto, ternura, exemplo e amor...
Com carinho tratou sempre as feridas,
enxugou minhas lágrimas de dor!
Sábia... Ensinou-me o reto caminho
e hoje, fragilizada neste momento,
preocupa-se ainda em arrancar os espinhos...
E anjo... adivinha todos meus pensamentos.
Tantos anos de estradas percorridas...
De luta, suor, trabalho e bravura...
Simples e singela como a margarida,
sol que ilumina a estrada escura...
Abrigo nos dias de tempestades...
Paciência, zelo, aconchego e perseverança...
Protege-me com afinco das maldades...
Olhar puro de mulher criança!
Nunca a vi reclamar de doenças...
Guarda em segredo sua dor...
De sua boca nunca ouvi sair ofensas,
seu nome deveria ser Amor!
Branca casa de pureza,
verde árvore enraizada,
porte altivo de princesa,
linda flor tão perfumada!...
Agradeço-lhe por tudo que sou...
Agradeço-lhe pela vida que enxergo com cor...
E se hoje sorrindo e lutando estou,
seus valores em mim você desenhou,
com a pura seiva do seu infinito amor!
Carmen Vervloet