Blog de Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Jamais digas...

Não...Não digas que não me amou...
Soaria falso, incoerente com o que se passou,
com o que senti ao ter-te em meus braços,
com teu calor e frenesi, suores e abraços,
Com o pulsar descompassado de teu coração
batendo num ritmo de entrega e emoção...

Não...Jamais digas isso...
Não sejas tão promíscuo...
Não haveria coerência ...nem prudência,
pois minha alma reflete teus sinais,
o meu corpo, marcas de teus desejos carnais...
Ousados momentos... que consideras banais.

Não...Dizeres isso nunca mais!
Se queres fingir, pois, faze-o então...
Se queres fugir, fujas se bem te faz...
Mas não mates em mim a ilusão,
a esperança de um dia ser feliz
dizendo a mim mesma o que teu olhar não diz.

(Carmen Lúcia)

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A um certo alguém...

Posto-me no chão a vislumbrar teu vôo,
a me imaginar bem alto, ter o teu consolo...
A me ver sorrindo e contigo indo...
Dois em um, colados, calados, como em vôo solo.

Vôo sem volta, eternizando um sonho,
por densas brumas, sobre oceanos...
Refletindo amor nas ondas mais noturnas,
invejando a lua, que se põe soturna.

Mas prevalecem a covardia e o medo...
Pássara sem asas, a voar não ouso...
Sem sequer começo, quebro nosso enredo,
E fico aqui no chão, ouvindo o teu canto...

... a sufocar meu pranto.

_Carmen Lúcia_

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Fim de caso...

Vai......
Segue teu rumo...
Aqui eu me arrumo...
A dor não me amedronta...
Sem mutreta, tiro de letra...
A partir dela eu construo,
se ruir de novo, eu reconstruo...
Ela não só enobrece, como também fortalece.
Amar é sofrer...Mesmo sem querer,
mesmo sem saber, mesmo sem perder...
Portanto, livra-te de culpas!
Tudo tem seu tempo certo...
Nascer, crescer, resplandecer...Morrer!
É a lei da vida...Que se há de fazer?
Assim é o amor, que chega de mansinho...
(como um dia tu chegaste)
Invade a alma, rasga o peito
feito um transgressor
que desconhece leis...
Qual um infrator!
Comanda nossos atos,
Sem escrúpulos, com desacato...
E como vem, se vai...
Sem aviso, sem recado.
Podes ir, partir, sumir, fugir...
Sem mesmo olhares para trás,
Sem mesmo olhares para o lado...
Esse filme eu já vivi...E aprendi.
Só te peço que ao sair,
feches a porta com cuidado!

_Carmen Lúcia_

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Desejos contidos...

Meus lábios molhados sorvem os beijos...
...que nunca te dei...
Meu peito ofegante reflete o calor dos teus braços...
...anseia teus abraços...
Meu corpo febril tremula com o orgasmo...
... prazer que nunca senti...
Em meu rosto o rubor da paixão que revela...
...desejos por ti...
O meu todo é loucura, é procura, é tortura...
Carência...sede de tua querência...
Os meus sonhos, suspiros e ais denunciam...
... fantasias sexuais...
E minh'alma vagueia aturdida, perdida, iludida...
...a te buscar...
...ansiosa...ociosa...
...pra me entregar...

(Carmen Lúcia)

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Ao entardecer...

O vento entoava sua canção;
Às vezes suave...
Balançando as folhas do trigal,
que encenavam lento bailado;
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo...
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformava-se num camaleão...

Era o entardecer em rebelião...
Negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol...

Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata... Beleza nua...
Das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar...
E os pisca-piscas a estrelar.

E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece...
Exerce seu mais inusitado gesto...
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão...
Coreografia única, ato final...
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!

(Carmen Lúcia)

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Se tu queres...

Se queres saber como estou
pergunta ao vento...
Que espalha no tempo
um triste lamento
saído dos lábios meus...

Se queres saber de mim
pergunta às flores...
Que já não encantam jardins...
Aos pássaros que já não gorjeiam
e choram baixinho o pranto que é meu...

Se queres saber onde estou
pergunta às estrelas,
que teimo em não vê-las
escondida em meu labirinto...
Guardando tudo o que sinto...
Elas sabem da dor longe dos olhos teus...

Se queres saber onde vou
pergunta à noite, aos becos, esquinas...
Por onde passa a sombra daquela que fui,
a vaguear em busca do que perdeu,
a implorar carinhos que já foram seus...

Se queres saber se morri
pergunta ao meu coração...
Que não mais corresponde
aos sonhos que um dia já cri...
Aos apelos da alma que clamam por ti...
E só ele responde
o que já não sei...
O que não vivi...

(Carmen Lúcia)

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Arco- íris...

Vi a oitava cor...
Revelada por um fictício véu...
Eu, em estado de graça...
Corpo e mente em sintonia com o céu.
Imaterializada...
Alma transcendente ao irreal...
Condição pra que se possa ver...
...E crer...

Mais visível que as outras sete,
Pelo brilho, magnitude, indefinição...
Momento inaudito, bendito, erudito...
Luzia entre tons...
Moldava o violeta-azulado,
Refletia sobre o laranja-amarelado,
Incandescia o vermelho-afogueado,
Tocando brandamente o lilás-arroxeado,
Pousando no esmeralda-esverdeado...

Foram segundos de perplexidade
marcando uma eternidade...
Instantes de insanidade
que subitamente se apagaram,
empobrecendo as outras tonalidades,
como toda raridade,
num misto de miragem e verdade...

E o arco, sem essa luminosidade,
Mesmo irisado, viu-se apagado.
Inconformado, circunda o horizonte,
como ponte, espera que aponte
a luz incandescente da oitava cor.

(Carmen Lúcia)

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Boa Noite, Tristeza!

Boa noite, Tristeza!
Tens a chave da casa...
Entra! Tu a conheces tão bem!
E sabes da saudade que me arrasa...
Cada canto, cada espaço, cada pedaço
tem tua marca...E a dele também!

És personagem de nossa história,
apesar de chegares no fim...
Senta-te comigo à mesa,
falaremos do amor que ainda ficou,
saborearemos o prato da dor que restou
regado à bebida de tua tristeza...
Tudo à rigor, sem esquecer a cereja,
tão amarga quanto à amargura que me marcou.
Dá-me tua mão! Dancemos aquela canção...
A mesma que nunca parou!
Se o sorriso surgir em meus lábios
e a alegria resplandecer o meu rosto,
não te vás! Ainda há o mesmo desgosto...
São instantes de lembranças adormecidas
que teimam em acordar!
Fica, por favor!
Sem ti não posso chorar!

_Carmen Lúcia_

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"Em algum lugar, do futuro..."

Conheci-te numa outra vida,
numa alameda florida
margeada de sonhos
onde a suavidade das cores
encobria nosso abandono
e de música erudita
coroava-se nosso encontro.

Conheci-te em tempo futuro.
Nosso amor não é marcado
de presente, nem passado...
É bem mais avançado...
Onde o falar é dispensado
e a sonoridade é captada no olhar
que traduz o que é amar...
No pulsar de corações...
Carradas de emoções...

Conheci-te numa longínqua estrela
de uma outra era.
Outra galáxia
coberta de cósmica poeira...
Brilho intenso nos envolvera...
Nos unira... Almas paralelas...
Desígnio que a nós coubera
Nessa doce entrega numa outra esfera.

(Carmen Lúcia)

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Passando a limpo...

Ousei ver o que não via...
Ou não queria...
Minha própria realidade
mantida calada...
Atravancada por mim mesma...
Enganada...
Mordaças apertadas pelo meu eu
emudecido pelo medo...
Por tudo que se perdeu
(minha própria identidade).
E que doeu...Ah, como doeu!
Medo de mais experiências,
novas vivências...
Amores mal sucedidos,
mágoas não passadas a limpo...
Que ainda doem...corroem,
por mantê-las escondidas,
reprimidas...
Latentes feridas...
A dor da alma é corrosível,
é invisível, imprevisível...
Não manda recado...
Desaba feito um temporal
sem qualquer razão prevista...
Sem noticiário em jornal
ou coluna em revista...
Mas, calar-se é admitir,
consentir que ela se instale...
Sair da condição de silêncio
é o que vale...
E enfrentá-la, cara a cara...
Fazer de cada experiência
uma lição de vida,
tendo sempre em mente
que o melhor de nós
ainda está em nós mesmos...
Ao munirmos de esperança,
da coragem que mata o medo
que alimenta fantasmas...
Ao darmos vazão aos sonhos,
olharmos para o novo dia,
que ao renascer
nos traz poesia...
Amenizando a dor...
A nos falar de Amor.

(Carmen Lúcia)

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