Blog de Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Sem você...

Mais um dia sem você...
E ter que encarar a vida.
Esconder essa dor tão doída,
seguir adiante,
mostrar-me confiante
mesmo sem você...

Traçar nos lábios um sorriso,
fazer de conta que ainda existo
e na verdade, apenas resisto,
nesse mundo do faz- de- conta...
Porém a partida é lei da vida!

Que se sangrem todas as feridas!
Que se encham de lágrimas os oceanos!
Que se trunquem, se desfaçam os planos!
Ou se ausente a presença mais querida...
Ela é irreversível, inexorável, imbatível ...
Incompreensível, inevitável partida...

Como era lindo o nascer do sol...
Que trazia manhãs numa alegre canção
anunciando em louvor uma nova estação...
E as flores surgiam... Etérea aparição...
Os pássaros embalavam nossa emoção,
O vento cantava soprando as folhas
bailando no ar, morrendo no chão...
E o outono chegava dourando as paixões.

Cenário que já não me traz sensação.
Que não me condiz...nada me diz.
Olho mas não vejo,
toco mas não sinto,
enche meu olhos,
mas não meu coração.
Música que ressoa
e não consigo ouvir.
Perfume que exala
e não penetra em mim...

Sem você...
Tudo ficou assim.

(Carmen Lúcia)

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Liberta-me!

Quero poder voar, levar-me pelas asas,
tentar ganhar altura planando pelos ares,
sentir a sensação de ter perdido o medo,
lançar-me a desafios, jogar-me em arremesso.

E aos pássaros que surgirem eu me bandear,
bailar lá nas alturas, contigo me encontrar
e ao cair da noite, no ninho, um acalanto...
Ter-te bem juntinho soprando o meu pranto.

Mas pesa-me o corpo, dói a minha alma,
sozinha não consigo...só tua paz me acalma...
Luto por sobrevivência, quero tua querência...

Vem...serra essa gaiola...Liberta-me! Vem agora...
Solta minhas asas...Conduze-me com carinho!
Voemos lado a lado, menino-passarinho...

_Carmen Lúcia_

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História banal

Façamos de conta que nada acabou...
Recomecemos do instante em que tudo parou,
congelemos a história banal de nós dois,
mudemos o enredo, o cenário, o depois...

Demos a ela o melhor colorido
e nas cenas de amor, efeito especial!
Uma música suave...fundo musical...
Refeita a história, só falta o final...

Mudando "as externas", surge o essencial,
difícil mudar sua alma, seu eu...
Impossível acordar um amor que morreu.

Que a história prossiga em seu curso normal...
Me dou por vencida!Proponho afinal,
outra protagonista no papel principal.

(Carmen Lúcia)

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Meio-dia

Algumas horas já se transcorreram...
Rápidas, quanto os segundos que as precederam...
Horas vazias, tempo ocioso, momentos vadios.
O que fiz está sacramentado...
O que chorei deixou o chão molhado...
O que errei ficou errado...
O que pequei se fez pecado.
Transformei-me em meus erros...
Desviei-me por caminhos incertos
encobertos pela lama que me mascarou...
Mas ainda resta a tarde...
Ela está por vir... A me sacudir...
Um erro na vida contundida
não há de ser uma vida de erros
e desacertos...Há consertos...
Ainda tenho o resto do dia
pra tentar acertar o que não fui capaz
nessa manhã que não deu certo...
Coloco a minha frente a esperança
que havia ficado pra trás...
E abandono o passado, soterrado...

Meio-dia! Ainda resta a tarde...
Quero o amor ressuscitado
dessa manhã de destruição...
Quero devolver-me a mim mesma,
ser minha tábua de salvação...
Quero vida nova, absorver seu significado,
fazer de meus erros, um aprendizado,
e quando surgir a noite
ver meus sonhos concretizados!

(Carmen Lúcia)

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A um lindo poeta...

"A um lindo poeta..."

Teus versos despertam manhãs...
Têm olores de mato, maçãs, hortelãs...
Desfilam descalços, passo ante passo,
da mansidão à imensidão...
Desfazem mandingas, fetiches...
Rastreiam faceiros pelo ar
cheiros de guiné e arruda...
Teus versos me fazem lembrar
Um trecho de Neruda:
“Escrever é fácil...
Você começa com uma letra maiúscula
E termina com um ponto final.
No meio você coloca as idéias.”
E tu colocas, em escuras lacunas,
idéias brilhantes, luzes esfuziantes,
encantamento, cores e emoções!

_Carmen Lúcia_

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O que sou...Se sou!

Perdida em meu labirinto
não vejo porta ou saída...
Sombra que vaga o recinto,
parte de um emaranhado.
Sou fio de linha partida
sem ter começo nem fim...
Enredo iniciado no meio,
trama oriunda de mim.
Bifurcação de caminhos
pra confundir os destinos

Sou grito que não acha eco...
Brado que eu mesma renego...
Não volta, nem segue adiante,
rodeia seu som trepidante
e perde-se ao léu...
Morrendo, sem ver o céu.

Esboço mal delineado,
sou fruto do pecado.
Arquivo corrompido,
amor não desejado...
Sonho interrompido,
plano inacabado.

Que façam pouco de mim...
Que meus dias passem batidos...
O que sou não importa a ninguém,
nem mesmo o meu tempo sofrido.

(Carmen Lúcia)

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Mesmo assim...

Mesmo que eu me violente
e por dentro me arrebente,
vendo meu mundo cair
e minha vida fugir...
Fingirei estar contente,
morrendo...ao te ver partir!

Mesmo que meu coração implore...
Fica! Não vás embora!
Que meu pranto extrapole
e eu tente disfarçar...
encenarei um sorriso
molhado de tanto chorar,
te acenarei um adeus
forjando os sentimentos meus.

Mesmo que leves minh’alma
e tua paz que me acalma,
desviarei do teu, meu olhar
que poderá me trair...
(ele não sabe mentir...)
Silenciarei o que diz
só pra que sejas feliz!

(Carmen Lúcia)

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Coração vazio

Esvaziei meu coração...
E vazio há de ficar
por tempo indeterminado,
pra se desapaixonar...
Limpei fuligens da dor,
varri resquícios do amor
tão desgastado como o tempo que se foi,
levando sonhos, vincando amargura
em simetria com a moldura da aventura...
Só aventura...Nada mais!

Vasculhei as teias da paixão
que perduram só até o amanhecer
e se desvinculam, partem em outra direção,
em busca de uma nova emoção
e à luz do sol tendem a se desvanecer...

Abortei do coração o teu sorriso
que me alegrava, mas era fingido...
E as promessas que me foram feitas,
todas falsas...Já estão desfeitas.
Agora trago o coração vazio...
Porém isento de tuas mentiras,
sem os vestígios de teu desamor,
como um gládio a me proteger da dor.

(Carmen Lúcia)

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Ao meu pai...

Volto ao passado...
Tão distante e tão presente...
Tão gravado em minha mente...
Nem o passar da vida inteira
O distanciará de minha lembrança,
De meus tempos de criança...
Tempos idos e vividos...
Clareados de esperança...
Pai!...
Palavra que em meus lábios emudeceu,
Mas que em meu coração nunca morreu...
Que minh’alma fala olhando pro céu,
Pois sei que agora é lá sua morada
E que de lá ele me vê,sua filha amada!
Que aqui na terra ficou,tão pequenina,
Mas que guarda uma saudade tão grande,
Que nem sei como pôde um coração de menina
Carregá-la tanto tempo,sem apagá-la um instante...
Meu pai,tão cedo foi levado de mim...
Mas seu pouco tempo foi tanto
Que mesmo deixando rolar o meu pranto,
Ainda sorrio por ter tido um pai assim...
Que foi Papai Noel,Super Homem...e mais...
Traçou em minha infância tudo o que hoje sou capaz.

_Carmen Lúcia_

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O homem de minha vida

(Homenagem a todos os pais)

Há um cara dentro de mim
que mexe com meu coração...
Deixa-me feliz quando choro
e me abala quando se cala...
Faz cara feia, se amolo,
sorri, quando lhe peço colo...

Há um cara dentro de mim
que roubou meu coração...
Estereótipo de homem e ação...
Às vezes leão, coragem, bravura...
Por outras, menino-passarinho...
Repleto de brandura,
doando-se inteirinho.

Há um cara dentro de mim
que é parte de meu coração...
Aos meus apelos, diz sim,
mas também sabe como dizer não!
Em doses certas... Razão e emoção!
A esse cara que eu amo demais
desejo um "Feliz Dia dos Pais”!

(Carmen Lúcia)

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